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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Tenente do caso Isabella se mata após suspeita de pedofilia

30/05/08 - 18h57 - Atualizado em 30/05/08 - 21h51

Tenente do caso Isabella se mata após suspeita de pedofilia


Foto: Reprodução/TV Globo

Alexandre Nardoni e Fernando Neves no dia da morte de Isabella (Foto: Reprodução/TV Globo)


Ele foi descoberto como um dos 600 clientes de agenciador de crianças.
O policial atendeu a chamado para socorrer a menina Isabella Nardoni.
Do G1, com informaçoes do SPTV e do Jornal Nacional
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Uma operação policial teve desfecho trágico nesta sexta-feira (30), em São Paulo.  A investigação da Polícia Civil era sobre uma rede de pedofilia. 

Veja o site no SPTV 

Um dos integrantes da quadrilha foi preso na semana passada. O outro,  um oficial da Polícia Militar, se matou em casa, no momento em que um mandado de busca e apreensão era cumprido em seu apartamento.

No computador do chefe da rede de pedofilia, o operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo, de 36 anos, a polícia encontrou uma lista com 600 nomes que agora serão investigados. Segundo as investigações, o tenente Fernando Neves era cliente da quadrilha que agenciava encontros de pedófilos com menores de idade.

Foto: Reprodução/TV Globo
Alexandre Nardoni e Fernando Neves no dia da morte de Isabella (Foto: Reprodução/TV Globo)
O rosto de Fernando Neves foi visto várias vezes nos últimos dois meses. Ele foi um dos policiais militares que atenderam à ocorrência do crime que chocou o país, o da menina Isabella. É ele quem aparece ao lado de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, em frente ao Edifício London, logo depois que a menina foi jogada do sexto andar.

O tenente era comandante da Força Tática da área. E chefiou a busca de um suposto ladrão no prédio. Dias depois, o próprio tenente detalhou a operação. "Foi feita uma varredura minuciosa nos mínimos detalhes, foi feito cerco no quarteirão, nos travamos elevadores, ninguém entrou, ninguém saiu e varremos todo prédio", disse ele, à época.

Apesar de ser acusado de pedofilia, todos os dados oficiais do processo do caso Isabella mostram que o tenente Neves não teve nada a ver com a autoria do crime. Ele estava a serviço, em outro lugar, com três policiais, quando recebeu o chamado pelo rádio do carro avisando que a menina tinha sido atirada pela janela.

E, quando chegou ao Edifício London, vários colegas já se encontravam no local. Em um relatório reservado feito a pedido da delegada que comandou as investigações, o coronel comandante da Polícia Militar João dos Santos de Souza, informa que os soldados Jonaldo Ramos de Almeida e Josenilson Pereira do Nascimento foram a pé ao edifício porque estavam na corregedoria da PM, que fica ao lado do prédio.

Pouco mais de um minuto depois as viaturas da área chegaram ao local. No depoimento que prestou, o PM Josenilson confirmou que, no dia do crime, ele e Jonaldo correram até o edifício, e ele pôde perceber que não havia policiais ainda por ali. O corregedor da polícia, Marcelino Fernandes da Silva, descarta qualquer possibilidade de envolvimento do policial com a morte da menina. " Em hipótese nenhuma, porque ele estava de serviço e qualquer tipo de abandono de posto é facilmente retratado e denunciado", afirmou.

 Rede de pedofilia


A prisão do operador de telemarketing Márcio Aurélio Toledo foi feita depois que uma testemunha procurou a polícia assustada com os diálogos que presenciou em salas de bate-papo sobre sexo na internet. As investigações, que começaram há três meses, levaram a uma casa em Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo, onde mora Toledo.

A polícia encontrou no computador e no aparelho celular dele fotos que mostram sexo explícito envolvendo crianças. Também foram encontrados bichos de pelúcia e outros brinquedos, como bonecos de super-heróis, além de roupas infantis e preservativos.

Com base em escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça, a polícia diz que o operador de telemarketing aliciava crianças e marcava encontros entre elas e os pedófilos na casa dele. Ele foi preso no último fim de semana.

A polícia pretendia prolongar o tempo de investigação sobre o caso, mas ficou apreensiva ao perceber que outras crianças corriam risco de cair na rede de pedofilia. Alguns clientes já foram identificados.

histórico de pedofilia

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