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segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Ex-ator pornô teve bom desempenho policial, diz advogada sobre decisão

07/02/2014 13h27 - Atualizado em 07/02/2014 13h41

Ex-ator pornô teve bom desempenho policial, diz advogada sobre decisão

Justiça diz que trabalho em 'A Musa da Borracharia' não impede carreira.
Ele foi denunciado por colega de curso, que apontou participação em filme.

Do G1 São Paulo

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A Musa da Borracharia (Foto: Reprodução/Brasileirinhas)Capa do filme "A Musa da Borracharia"
(Foto: Reprodução/Brasileirinhas)
A advogada do ex-ator pornô que conseguiu na Justiça o direito de ser reintegrado à Polícia Civil diz que seu cliente teve "conduta ilibada" durante o estágio para investigador. Ela explica que o afastamento foi justificado pela participação no filme "A Musa da Borracharia", no qual ele contracenava com a atriz Julia Paes. As gravações ocorreram em 2007, antes de o ator ingressar na Polícia Civil. “Ele participou de um único filme", afirmou a advogada Eliana Rasia.
"Durante um ano em que esteve na polícia, ele não cometeu nenhum deslize, fez tudo direitinho, participou de flagrantes. A conduta dele foi ilibada. O desempenho dele era ótimo”, disse a advogada.
O investigador não aceitou conversar com a reportagem do G1 por temer retaliações.
Na quarta-feira (5), por votação unânime, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), concedeu um mandado de segurança para anular ato do Executivo estadual que exonerou investigador de polícia por ter atuado em filme erótico e por responder por homicídio culposo por ter se envolvido em um acidente de trânsito.
O relator do recurso, desembargador Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende, entende que a avaliação de servidor nomeado deve se restringir ao período de três anos do estágio probatório e que comportamentos anteriores à entrada no serviço público devem ser analisados antes da posse.
“Reavaliar o comportamento do servidor por ter participado de gravação de filme erótico muito antes de se tornar policial também afronta o princípio da razoabilidade e da impessoalidade, pois nada indica que lhe falte aptidão para assumir os encargos de um policial”, apontou o desembargador.
Tanto a participação no filme e o envolvimento no acidente de trânsito aconteceram antes do investigador ingressar na carreira policial.
Denúncia de colega
De acordo com a advogada, a participação no filme foi descoberta por colega que participava do curso preparatório. “Foi um colega de trabalho que descobriu. Ele chegou na sala em que acontecia o curso de formação e disse: ‘Se eu pegar você conversando com minha mulher ou com a minha filha, eu acabo com você’”, contou a advogada. O investigador foi exonerado em 2013, um ano depois de ter sido aprovado no concurso.
Ao saber da decisão do Tribunal de Justiça, o ex-ator, que atualmente tem 28 anos, teve uma crise de choro. “Quando ele participou no filme, ele não pensou nas consequências. Fiquei muito feliz com a decisão do TJ”, contou. O investigador ainda aguarda a os trâmites judiciais para voltar a atuar como policial.

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