Rede Democrática
URGENTE! Agressão policial durante a FLIFEA
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Na noite de domingo estava acontecendo um ensaio artístico, com a presença de em torno de 20 mulheres, e uma viatura chegou com dois policiais que vieram supostamente devido ao barulho. Eles filmaram e intimidaram as mulheres presentes que estavam falando com eles, o que gerou reações de proteção entre as mulheres, como se organizar para ir embora e filmar a situação. Em seguida chegaram outras viaturas com mais policiais que foram extremamente agressivos e marcadamente racista desde o início e tentaram deter uma de nós de maneira violenta, o que desencadeou uma série de agressões físicas por parte da polícia das quais nove mulheres ficaram feridas, sendo que quatro gravemente e precisaram de atendimento médico.
Em nenhum momento companheiras ficaram para trás, conseguimos nos reunir em segurança para escrever este relato e para chamar a solidariedade de todas as pessoas que possam nos apoiar neste momento. A feira está programada para continuar suas atividades na segunda feira (02/11/15), no mesmo local onde ocorreram essas agressões. Considerando que mulheres chegarão desavisadas do ocorrido, temos que nos fazer presentes e precisaremos de todo o apoio possível. Começaremos o dia com uma roda de conversa sobre essa situação. Precisamos da presença da maior quantidade de pessoas possível para garantir a continuidade da feira nesse último dia. É assim que a gente revida, não nos calando e resistindo juntas não apenas na disputa pela rua e o espaço público mas também contra um sistema que não admite a auto-organização de mulheres e que se sente ameaçado pela nossa existência insubmissa. Foi escancarado o acréscimo de ódio que a misoginia teve nesse episódio e sentimos que isso precisa ser enfrentado pela nossa sobrevivência, por todas nós que vivemos na guerra desse mundo contra as mulheres.
Feira do Livro Feminista promove diálogos, oficinas e discussão sobre mulheres e literatura
Débora Fogliatto
Paralelamente à tradicional Feira do Livro de Porto Alegre, iniciativas independentes surgem para propagar a produção de autores que não são normalmente encontrados nas livrarias e nos estandes do grande evento. Foi assim que foi criada a primeira Feira do Livro Feminista e Autônoma (Flifea), que acontece entre sexta-feira (30) a segunda (2). A partir de conversas realizadas em outro espaço alternativo, a Feira do Livro Anarquista, que já acontece há alguns anos na cidade, a Feminista agregou mulheres de diversos grupos e ideologias para debater questões relacionadas ao feminismo e sua relação com a literatura.
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