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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Policial é presa em operação contra roubos de cargas e carros

Agente é investigada por suspeita de fornecer informações privilegiadas a quadrilha

Vinte pessoas foram presas na operação
Foto: Paulo Rocha / Rádio Gaúcha
A Polícia Civil confirmou na manhã desta terça-feira (29) que entre os 22 presos emoperação para combater quadrilha especializada em roubos de cargas, carros e residências em Porto Alegre está uma policial militar. Raila Graciele Ferraz Saraiva foi detida na manhã de hoje em Santana do Livramento.
De acordo com a polícia, ela é suspeita de colaborar com as ações da quadrilha, fornecendo informações privilegiadas ao criminosos. O companheiro da policial, que seria um dos líderes do grupo, está foragido.
"A participação dela está vinculada a ele, fornecendo dados que auxiliavam a quadrilha no cometimento dos roubos", explica o delegado Luciano Peringer, da Delegacia de Repressão ao Furto e Roubo de Cargas do Deic.
A Corregedoria da Brigada Militar colaborou com a prisão da policial e disse que só vai se pronunciar sobre a suposta participação dela no esquema quando tiver acesso à investigação. A soldada, que atua no Departamento de Comando e Controle Integrado (antigo Ciosp), deve ser transferida ainda hoje para Porto Alegre.
"A corregedoria foi convidada a participar da prisão da soldado. A partir daí, quando tomarmos conhecimento do teor da investigação, teremos outros desdobramentos sobre o que faremos com a policial militar", afirma o corregedor-geral na Brigada Militar, coronel Jairo Martins.
Operação
A quadrilha era investigada desde o começo do ano por participação de ocorrências de roubo a residências, carros e de cargas, sobretudo na zona sul de Porto Alegre. Nos ataques a residências, testemunhas relataram que o bando atuava há mais de um ano.
De acordo com a polícia, a quadrilha é responsável por mais de 100 roubos de carros e 15 de residências no último ano, em bairros como Assunção e Tristeza. A Delegacia Especializada em Furtos de Cargas do Deic investiga ainda o envolvimento de uma policial militar na quadrilha.
O delegado Luciano Peringer, responsável pela operação, disse no Gaúcha Atualidadeque o perfil o bando era constituído de jovens, a maioria inexperientes, alguns sem passagem pela polícia ou com registro de pequenos delitos. 
Segundo o delegado, o grupo costumava agir com violência no roubo de cargas e de residências. "Em qualquer movimento da vítima, eles atiravam. Temos três registros de tentativas de latrocínio". 
A investigação começou a partir do roubo de uma carga de cigarros na zona sul da Capital e descoberta de dois carros roubados. O bando também atuava na clonagem de veículos. 

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