Em Ilhéus, Exército oprime mais que protege os Tupinambá
Depois de 4 meses da chegada do exército no território Tupinambá de Olivença seis indígenas já foram assassinados por produtores rurais, que tiveram suas “propriedades” retomadas pelo povo e ou por aqueles que tem fazenda dentro das delimitações da TI que espera a homologação da presidente Dilma.
As tropas do exército presente na região, não estão impedindo os assassinatos e outros atos de violência contra a população indígena, somando 3 espancamentos, 9 casas e 4 veículos incendiados, 5 tentativas de assassinatos, dos quais 3 indígenas saíram feridos a tiro. Ainda contabilizam aos atos de violência atropelamentos e injurias contra o povo Tupinambá.
Ninguém das 23 comunidades Tupinambá na região se sentem seguros dentro do território e poucos se arriscam ir até as cidades. “Mesmo com o exército passando pra lá e pra cá, a gente não fica confiante que nada vai acontecer”, desabafa T.S.A., de 32 anos. O indígena revela que já foi abordado por soldados do exército, que espalhou sua compra pelo chão, supostamente a procura de armas e drogas. “Nunca passei por tanta humilhação como neste dia”, afirmou.
Segundo os indígenas o exército está mesmo é para oprimir o povo Tupinambá, os atos de violência e assassinatos continuam. “Nenhum pistoleiro ou fazendeiro são parados por eles, não sabemos de casas deles revistadas. Já as casas dos parentes sempre são revistadas. Nós que estamos sob risco eminente de morte e somos nós que somos revistados, enquanto somos humilhados, pistoleiros e fazendeiros transitam armados livremente”.
Sabe-se quem faz os disparos e quem é o mandante, como no caso de Antonio Pretinho, que foi assassinado ontem, a mando de Araújo, que quer a qualquer custo entra no território indígena para colher cacau. José Araújo é apontado como um dos organizadores de milícia que está especializando na execução de lideranças indígenas. Outros fazendeiros da região também estão participando do consócio, que recebe ajuda e infraestrutura da organização dos produtores rurais do Mato Grosso do Sul, a FAMASUL, que é responsável pelos assassinatos dos Guarani Kaiowá.
Os pistoleiros também são conhecidos, mas não vamos citar os nomes ainda para não atrapalhar nas investigações. Os fazendeiros recrutam aqueles que tem ficha na polícia, foragidos, sem família e sem nada a perder. São oferecidos veículos, armamentos, munições, drogas, salário e comissão por indígena assassinado. Se o exército está no território Tupinambá para proteger os indígenas, os soldados devem começar a revistar as casas dos fazendeiros e de seus funcionários, com certeza irão encontrar drogas, munição e armas.
E Dilma, se tem um mínimo de dignidade, não lave mais as suas mãos com o sangue indígena. Ela como presidente da republica tem o dever de cumprir a Constituição Federal, que manda DEMARCAR todas as Terras Indígenas.
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