Mesmo antes dos discursos da última segunda-feira (14) do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, nos quais ambos voltaram a pregar a “tolerância zero” à corrupção nas polícias Civil e Militar, o ano de 2013 já apresenta a maior média de prisões e demissões durante a gestão do tucano.
Dados oficiais fornecidos pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) e analisados pela reportagem do R7 apontam que, somente nos primeiros oito meses deste ano, 237 policiais foram presos e 398, demitidos. A média mensal — de 29,6, no primeiro caso, e de 49,7, no segundo — supera a dos três anos anteriores.
No ano passado, durante todo o ano, a secretaria demitiu 511 policiais, o maior contingente anual desligado de suas funções em toda a atual gestão tucana no Palácio dos Bandeirantes. Esse número corresponde a uma média de 42 policiais a cada mês, ou seja, inferior à média de 2013.
O ápice do número de policiais das duas corporações presos se deu em 2011, quando 298 foram parar atrás das grades. Ainda assim, a média mensal foi menor que a deste ano (quase 25 detidos/mês).
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Os números de policiais civis e militares presos ou demitidos tendem a subir até o fim deste ano, uma vez que uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo — cujos dados devem ser compartilhadores com a SSP nesta terça-feira (15) — apontou a colaboração de policiais com a facção criminosa PCC nos últimos três anos.
Desde o início do atual governo de Geraldo Alckmin, em 2010, 1.053 policiais (636 militares e 417 civis) foram presos, enquanto 1.730 (1.086 militares e 644 civis) foram excluídos dos quadros da polícia em todo o Estado de São Paulo.
Medidas severas
O secretário Fernando Grella disse na última segunda que, tão logo a pasta tenha acesso às investigações da promotoria, passará a analisar caso a caso o possível envolvimento de policiais. Ele prometeu medidas severas e rápidas, uma vez que se constate a colaboração de agentes da lei com o crime organizado. O afastamento e demissão podem levar entre seis meses, no caso dos civis, e mais de um ano, caso envolvam militares.
— Se for policial civil, será instaurado o processo disciplinar. Lá foi implantada a chamada “via rápida”, que permite que em até seis meses exista um desfecho do processo disciplinar. No caso da Polícia Militar, também há mecanismos que permitem um afastamento de um policial em atividade. Nós estamos propondo, até através do comandante geral (Benedito Roberto Meira), uma agilidade nos processos disciplinares, mas o que não impede a responsabilização e o afastamento cautelar.
Fonte http://noticias.r7.com
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