02/02/2013 22h25 - Atualizado em 02/02/2013 22h25
De agressão a 3 pessoas em São Carlos...
Além dela, a filha e o sobrinho teriam sido vítimas da violência dos PMs.
Corporação disse que vai investigar as denúncias de irregularidades.
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O caso aconteceu na madrugada de sexta-feira (1), no Jardim Paraíso. O sobrinho dela, um adolescente, estava sentado na calçada em frente de casa com um primo, por volta das 2h30, quando ambos foram abordados pelos policiais militares.
“Um policial foi e liberou meu primo. Aí o outro subiu correndo. Ele me levou para uma casa no fundo do beco. Aí chegou um monte de policial e falou: aí, cadê a droga, cadê a droga? Você é o traficante aqui. E começou a dar tapa na minha cara. E eu falava que não sabia de nada, aí eles deram um chute no meu peito”, contou o menor.
O irmão dele ligou para a prima e pediu ajuda. Segundo a jovem, ela também apanhou. “Eu liguei para minha mãe ligar para o meu tio, aí ela já subiu também. Nisso que a gente chegou lá, a gente foi perguntar para o policial se tinha achado alguma coisa com o meu primo ou se tinha pego ele com alguma coisa, porque ele não tem nada. Aí um policial gentil disse que não tinha achado nada. Mas aí esse baixinho veio do nada e disse: ‘é ninguém bateu nele não’; e já deu um tapa na minha cara, que meu óculos caiu no chão, e um soco na minha cabeça que está inchada”, relatou a jovem.
A mãe dela questionou a atitude do policial e também foi agredida. “Nem eu bato na minha filha, você vai bater na minha filha? Aí ele gritou: ‘aqui eu que mando’. Aí eu peguei o telefone para ligar para o meu advogado e ele pegou o celular da minha mão com muita agressão, jogou no chão, pisou em cima. Eu falei: ‘deixa eu ver seu nome que eu vou procurar meus direitos’. Ele pegou e já começou a me agredir com socos. Da casa do meu irmão até a ponta do beco, onde eu moro, veio ele, um policial branco baixo e mais um moreno magro alto me espancando de socos e pontapés”, falou indignada a faxineira, que não quis ser identificada.
Após ser atendida em Hospital Escola, faxineira
registrou o BO (Foto: Adriano Ferreira / EPTV)
Quando o pai do menino chegou, o garoto já estava algemado na viatura. O homem só teve tempo de acompanhá-lo até a delegacia e ele só foi liberado na manhã deste sábado (2). “Onde estão os direitos dos adolescentes, se a própria polícia espanca o moleque assim? Meu filho não tem passagem na polícia, não tem envolvimento com nada e eles querem dar tapa na cara do moleque?”, questiona o homem que também não quis ser identificado com medo de represália.
A família está inconformada com a violência da polícia. Todos esperam que os PMs sejam punidos. “Dois homens espancando uma mulher no meio da rua não são policiais. Eu trabalho, não tenho passagem pela Justiça, ele é um covarde”, desabafou a faxineira.
Investigação
Apesar de a família ter registrado boletim de ocorrência, a PM pediu que a denúncia seja feita também no Batalhão da Polícia Militar. Em nota, a corporação informou ainda que todas as denúncias de irregularidades serão investigadas.
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