Quinta-feira, 8 de julho de 1999 17:39
Em Maceió..
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O eletricista aposentado José Joaquim Araújo, de 45 anos, torturado pela polícia para assumir um crime que nao cometeu, foi morto nesta madrugada em sua casa, no bairro de Ponta Grossa, em Maceió. Ele foi atingido por 15 tiros de pistola 380. Araújo havia sido libertado do presídio Sao Leonardo quarta-feira (07) à tarde, por ordem judicial, depois de ter sido preso e acusado de matar o policial civil José de Melo Santos, de 48 anos, no dia 1º de julho, em um bar perto do centro da cidade. Ao sair do presídio, José Joaquim se disse feliz de ter conseguido a liberdade, mas temia ser morto por ter denunciado que foi torturado na Delegacia do 1º Distrito. Para o delegado Egivaldo Lopes de Messias, diretor do Departamento de Polícia de Maceió, o eletricista pode ter sido assassinado pela própria polícia. José Joaquim iria depor no início da próxima semana na Corregedoria de Polícia e apontaria os policiais que lhe torturaram.
A juíza da 5ª Vara Especial Criminal, Elizabeth Carvalho do Nascimento, responsável pela libertaçao de José Joaquim, vai pedir intervençao da Polícia Federal, "porque a Polícia Civil nao tem autoridade para apurar esse caso". Ela decidiu libertar o eletricista depois que o verdadeiro assassino do policial civil se apresentou e assumiu o crime, no início desta semana. O funcionário público municipal Iranir Salustriano confessou o crime à juíza e disse que o eletricista era inocente.
Para o delegado Mário Pedro, diretor Central de Polícia, José Joaquim deveria ter recebido proteçao especial da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, ao ser libertado. "O secretário de Segurança Pública deveria ter sido avisado que este senhor iria ser solto", disse, culpando o advogado do eletricista por nao ter tomado essa iniciativa.
O promotor de Justiça Carlos Jorge Bezerra lamentou a distraçao das entidades de direitos humanos que apoiaram o eletricista nas denúncias contra a polícia. "A Ordem dos Advogados do Brasil, em Alagoas, que pediu a presença de um pelotao de choque da PM para acompanhar o exame de corpo de delito a que José Joaquim foi submetido no Instituto Médico Legal, deveria ter solicitado garantias de vida para o eletricista", disse o promotor. Bezerra foi responsável pelo parecer favorável à libertaçao do eletricista, que viveu apenas sete dias depois de ser preso e torturado por um crime que nao cometeu.
A juíza da 5ª Vara Especial Criminal, Elizabeth Carvalho do Nascimento, responsável pela libertaçao de José Joaquim, vai pedir intervençao da Polícia Federal, "porque a Polícia Civil nao tem autoridade para apurar esse caso". Ela decidiu libertar o eletricista depois que o verdadeiro assassino do policial civil se apresentou e assumiu o crime, no início desta semana. O funcionário público municipal Iranir Salustriano confessou o crime à juíza e disse que o eletricista era inocente.
Para o delegado Mário Pedro, diretor Central de Polícia, José Joaquim deveria ter recebido proteçao especial da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, ao ser libertado. "O secretário de Segurança Pública deveria ter sido avisado que este senhor iria ser solto", disse, culpando o advogado do eletricista por nao ter tomado essa iniciativa.
O promotor de Justiça Carlos Jorge Bezerra lamentou a distraçao das entidades de direitos humanos que apoiaram o eletricista nas denúncias contra a polícia. "A Ordem dos Advogados do Brasil, em Alagoas, que pediu a presença de um pelotao de choque da PM para acompanhar o exame de corpo de delito a que José Joaquim foi submetido no Instituto Médico Legal, deveria ter solicitado garantias de vida para o eletricista", disse o promotor. Bezerra foi responsável pelo parecer favorável à libertaçao do eletricista, que viveu apenas sete dias depois de ser preso e torturado por um crime que nao cometeu.
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