Guilherme Paranaiba -
Publicação: 07/02/2012 06:00 Atualização: 07/02/2012 06:41
Palio com grupo de seis jovens ficou crivado de balas. Militares foram detidos e transferidos para BH |
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Militares são suspeitos de atirar em menino de 12 anos em Valadares Policial militar é suspeito de atirar em mulher durante briga em bar de Juiz de Fora Policial civil suspeito de envolvimento na morte de jovens presta depoimento em Valadares Ainda segundo Fábio Sfalcin, as investigações preliminares apontam que o soldado Kewem já tinha um histórico de desavenças com alguns integrantes do grupo de jovens, alvejados pelos disparos. Quando todos se encontraram na festa, segundo a PM os policiais começaram a ostentar armas de fogo. “Nós apuramos que eles mostravam as armas com o objetivo de intimidar as pessoas e provocar um confronto. Não temos informações de uma possível discussão ou fato que explodiu nos tiros”, conta o delegado. Outro grupo de jovens, que estava em um terceiro carro, um Palio Weekend, acabou seguindo os policiais e presenciou o crime, prestando informações à polícia.
Um dos ocupantes do veículo onde estavam as vítimas, Aldeson Marcelino de Oliveira, de 20, disse nessa segunda-feira que os dois soldados fazem policiamento no Bairro Santa Terezinha, onde moram as vítimas. Segundo ele, é comum os militares intimidarem os jovens. Já o primo do menor que morreu na manhã dessa segunda, Leandro Coelho da Costa, de 19, afirmou que o alvo dos tiros era um rapaz conhecido como Celo. A Polícia Civil informou que um dos ocupantes, que saiu ileso do carro, foi identificado apenas como Cerlon, de 21 anos, mas ainda não há informações oficiais dizendo se ele era o mais visado.
Militares
Segundo o tenente-coronel João Lunardi, comandante do 6º Batalhão de Polícia Militar, os dois soldados que serviam há quatro anos no batalhão foram transferidos para Belo Horizonte, de acordo com as vagas disponíveis para os presos militares. “Eles estão à disposição da Corregedoria da Polícia Militar e inicialmente negaram a participação no crime. O argumento deles é de que a acusação é falsa e partiu de traficantes do Bairro Santa Terezinha. Por orientação de advogados, já manifestaram a vontade de permanecerem calados durante o inquérito, através da assinatura de um termo”, diz o comandante.
Ainda segundo o chefe do 6º BPM, toda a assistência às famílias das vítimas será dada pela Polícia Militar e, se comprovada a participação dos soldados, a punição será exemplar. “Se as investigações mostrarem que os dois agiram para matar os jovens, vamos expulsá-los dos quadros da Polícia Militar”, conclui o comandante. Se acordo com a PM, nenhum dos dois tinha autorização para andar armado fora do horário de serviço.
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