Policial Fabionei responde a denúncia de espancamento contra um office boy; PM diz que militar terá direito à ampla defesa e ao contraditário
Janaina Ribeiro
Matéria(s) relacionada(s)
18.02.2013 18h20
No procedimento que será instaurado neste dia 20, um capitão, de uma unidade diferente daquela à qual serve o cabo Fabionei, será designado para investigar a denúncia de agressão formalizada pela família de José Carlos da Silva Santos. Ele terá 30 dias para realizar a apuração, prazo que poderá ser prorrogado por igual período.
De acordo com o corregedor-geral da PM, coronel Louvercy Monteiro de Oliveira, Fabionei terá direito à ampla defesa. “A Constituição Federal garante ao acusado o direito à defesa e ao contraditório. Então, vamos ouvir o militar e avaliar até que ponto a suposta conduta dele como pessoa civil tem relação com a sua postura como policial. Ainda não se pode afirmar que o comportamento do militar interfere nas funções dele no exercício de seu trabalho. É para isso que a investigação vai acontecer”, explicou o oficial.
Segundo o corregedor, até que o procedimento administrativo ordinário seja concluído, o cabo Fabionei deverá permanecer trabalhando normalmente no Batalhão de Trânsito. “Isso só não ocorrerá caso o comandante do BPTran ou o relator do procedimento entenda que a permanência do militar na sua atividade vai comprometer o trabalho policial ou o nome da corporação”, disse Louvercy Monteiro de Oliveira.
O caso
José Carlos da Silva Santos acusa o policial Fabionei de ter sido agredido pelo militar no início da manhã do último dia 02. A briga teria sido provocada porque o office boy pedira para que o militar não deixasse seus dois cachorros fazerem necessidades fisiológicas no estacionamento da empresa onde a vítima trabalha.
Segundo a esposa de José Carlos, o militar não teria gostado da interferência do office boy e, não só deixou os pit bulls urinarem no estacionamento, como ele próprio também teria feito o mesmo e, em seguida, ido até a direção da vítima, espancado-a.
José Carlos sofreu fraturas de mandíbula e no nariz, tendo vários dentes quebrados. Ele foi socorrido para o Hospital Geral do Estado e depois permaneceu internado no Hospital Arthur Ramos, só recebendo alta quatro dias depois. No dia 06, ele registrou um boletim de ocorrência contra Fabionei e realizou exame de corpo delito.
Nessa segunda-feira, José Carlos e a esposa procuraram a Corregedoria da PM e o Ministério Público Estadual para formalizar a denúncia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário