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domingo, 24 de fevereiro de 2013

Corregedoria da PM investiga Policial

19/02/2013 15h18
Acusado de agressão
  Policial Fabionei responde a denúncia de espancamento contra um office boy; PM diz que militar terá direito à ampla defesa e ao contraditário


Janaina Ribeiro

O policial militar identificado, até agora, apenas como Fabionei, lotado no Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), será investigado pela corregedoria da corporação. Será publicado no boletim interno da Polícia Militar desta quarta-feira (20) o procedimento administrativo que vai apurar a conduta do acusado de espancar um office boy, no último dia 02. A vítima fez uma denúncia formal contra o militar à Polícia Civil, à Corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público Estadual.
No procedimento que será instaurado neste dia 20, um capitão, de uma unidade diferente daquela à qual serve o cabo Fabionei, será designado para investigar a denúncia de agressão formalizada pela família de José Carlos da Silva Santos. Ele terá 30 dias para realizar a apuração, prazo que poderá ser prorrogado por igual período.

De acordo com o corregedor-geral da PM, coronel Louvercy Monteiro de Oliveira, Fabionei terá direito à ampla defesa. “A Constituição Federal garante ao acusado o direito à defesa e ao contraditório. Então, vamos ouvir o militar e avaliar até que ponto a suposta conduta dele como pessoa civil tem relação com a sua postura como policial. Ainda não se pode afirmar que o comportamento do militar interfere nas funções dele no exercício de seu trabalho. É para isso que a investigação vai acontecer”, explicou o oficial.

Segundo o corregedor, até que o procedimento administrativo ordinário seja concluído, o cabo Fabionei deverá permanecer trabalhando normalmente no Batalhão de Trânsito. “Isso só não ocorrerá caso o comandante do BPTran ou o relator do procedimento entenda que a permanência do militar na sua atividade vai comprometer o trabalho policial ou o nome da corporação”, disse Louvercy Monteiro de Oliveira.

O caso
José Carlos da Silva Santos acusa o policial Fabionei de ter sido agredido pelo militar no início da manhã do último dia 02. A briga teria sido provocada porque o office boy pedira para que o militar não deixasse seus dois cachorros fazerem necessidades fisiológicas no estacionamento da empresa onde a vítima trabalha.

Segundo a esposa de José Carlos, o militar não teria gostado da interferência do office boy e, não só deixou os pit bulls urinarem no estacionamento, como ele próprio também teria feito o mesmo e, em seguida, ido até a direção da vítima, espancado-a.

José Carlos sofreu fraturas de mandíbula e no nariz, tendo vários dentes quebrados. Ele foi socorrido para o Hospital Geral do Estado e depois permaneceu internado no Hospital Arthur Ramos, só recebendo alta quatro dias depois. No dia 06, ele registrou um boletim de ocorrência contra Fabionei e realizou exame de corpo delito.

Nessa segunda-feira, José Carlos e a esposa procuraram a Corregedoria da PM e o Ministério Público Estadual para formalizar a denúncia. 

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