Do comércio e do uso de drogas no país...
Do UOL, no Rio
Karam, juíza que atuou na área criminal durante oito anos, afirma ter sido sempre favorável à "inconstitucionalidade das leis que criminalizam a posse de drogas para uso pessoal", pois elas se referem, na versão de Karam, a uma "conduta privada que não atinge concretamente os direitos de terceiros". Na tentativa de promover o debate, juntou-se a homens como o delegado da Polícia Civil do Rio Orlando Zaccone e o ex-chefe do Estado Maior da PM coronel Jorge da Silva.
Os apelidos mais bizarros de traficantes do Rio
Foto 1 de 9 - O acusado de tráfico de drogas Marcos Paulo Moreira, vulgo "Marquinhos Sem Cérebro", ganhou este apelido depois de ser reformado na Marinha por problemas psiquiátricos, em 2004. Desde então, tornou-se especialista em tiro prático esportivo, e optou por usar sua habilidade para fins criminosos. Moreira, que atuava na região de Bangu, na zona oeste do Rio, também é acusado de matar proprietários de lojas de gás para comandar a distribuição de botijões. Sem Cérebro foi preso pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil em abril de 2012 Fabiano Rocha/Agência O Globo
"Em toda a minha carreira, eu sempre declarei a inconstitucionalidade das leis que criminalizam a posse de drogas para uso pessoal (...) o Estado não pode intervir nessas condutas. Mas compreendi também que não basta declarar a inconstitucionalidade, que não basta afirmar o direito de cada um colocar em seu corpo o que bem entender. É preciso avançar para repudiar essa política de proibição, produção e comércio dessas substâncias proibidas, pois é exatamente na proibição da produção e do comércio onde os maiores danos dessa política estão presentes", completou.
Criada nos Estados Unidos, a Leap tem atualmente cerca de 15 mil membros espalhados por mais de 70 países. A luta pela legalização irrestrita das drogas, segundo a juíza, diz respeito a um objetivo maior: criar uma metodologia "racional e respeitosa" de controle e regulação da produção, comércio e consumo de entorpecentes.
Presidente da Leap Brasil defende legalização das drogas
FHC, no Esquenta, defende a legalização das drogas.Senador Magno Malta critica FHC sobre Legalização de Drogas - Completo!
A maconha é porta de saída de outras drogas!
Enviado em 15/06/2009
Debate realizado pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto na PUC-SP com o tema "Legalização, Descriminalização da Maconha, Repercussão na Sociedade e Efeitos no Usuário".
"Quando se joga determinadas atividades econômicas no mercado clandestino, é impossível qualquer controle. Essa é uma das grandes falácias da proibição", diz. "O controle só é possível com a legalização. A legalização virá possibilitar a regulação dessas atividades de produção, comércio e consumo dessas substâncias que não são diferentes de outras substâncias igualmente psicoativas como álcool e tabaco", afirma.
A juíza também aborda a questão da superlotação dos presídios brasileiros e dos homicídios praticados por policiais nas favelas da capital fluminense. Segundo ela, em 1995, o Brasil tinha uma média de cerca de 100 pessoas encarceradas por cem mil habitantes; quase 17 anos depois, esse índice teria sido elevado para 300 pessoas por cem mil habitantes.
"Uma das grandes causas é a criminalização da produção e do comércio dessas substâncias ilícitas", disse.
Secretaria da Justiça de SP leiloa carros e motos apreendidos do tráfico de drogas
Foto 15 de 24 - 4.dez.2012 - Audi A3 apreendido em poder de traficantes vai a leilão esta quarta-feira (5), em Guarulhos (SP). A Secretaria de Justiça de São Paulo vai leiloar 203 lotes de carros, motocicletas e até barcos apreendidos pela polícia, que estavam em poder de criminosos ligados ao tráfico de drogas Mais Leandro Moraes/UOL
Letalidade
De acordo com o delegado Orlando Zaccone, titular do distrito policial da Praça da Bandeira (18ª DP), na zona norte do Rio, a atual política de combate às drogas é "resultado de uma guerra que tem potencial letal muito mais potencializada do que uma guerra entre Estados", citando como exemplo a guerra das Malvinas, entre Argentina e Inglaterra.Em sua apresentação na 5ª Conferência Internacional de Direitos Humanos, em Vitória (ES), realizada em agosto de 2012, Zaccone afirmou que, enquanto o confronto entre argentinos e ingleses deixou cerca de 600 mortos, a violência no Rio de Janeiro provocou, em média, pelo menos 8.000 óbitos no período entre 2005 e 2010. Com o início da política de pacificação, por outro lado, esse índice vem caindo nos últimos anos.
"Se não tivéssemos a mudança de política, em algum momento teríamos a polícia matando mais do que prendendo. Estamos diante da exceção que virou regra. E se a exceção vira regra, nós temos um problema. Esses são os resultados reais do que se chama de combate às drogas. Uma letalidade imensa desse sistema penal", disse.
Veja mitos e verdades sobre drogas
Foto 23 de 24 - Maconha queima neurônio? PARCIALMENTE VERDADE: estudos comprovam que fumar maconha antes dos 15 anos de idade diminui o QI, mas essas mesmas pesquisas mostram que, após os 20 anos, a maconha não traz problemas cognitivos. "Essa diferença tem a ver com a maturação do cérebro, porque na adolescência ele ainda está terminando de se formar. Entre os 15 e os 20 anos é uma faixa nebulosa, onde não foi possível comprovar qual o impacto. Ainda assim, consideramos uma idade de risco", explica Thiago Marques Fidalgo, psiquiatra do Hospital A.C.Camargo Mais Getty Images
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