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terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Depen investiga morte de detento na Casa de Custódia em Piraquara

SINDICÂNCIA

Depen investiga morte de detento na Casa de Custódia em Piraquara

Presos relataram colega morreu por falta de atendimento médico. Polícia Civil também vai apurar as circunstâncias da morte

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O Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen-PR) instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias da morte de um detento, ocorrida nesta segunda-feira (21), em uma cela da Casa de Custódia de Piraquara (CCP), na região metropolitana de Curitiba. Um agente penitenciário e um advogado dizem que o preso morreu por falta de atendimento médico e que, mesmo após o óbito, o corpo teria permanecido por mais de dez horas na ala do complexo penitenciário.
O detento tinha 35 anos, mas o nome dele não foi divulgado. O interno teria passado mal no sábado (19) e recebido atendimento na enfermaria da CCP. Mesmo sem estar com quadro clínico estabilizado, ele teria sido reconduzido à cela. Um advogado de outros dois homens que estão presos na mesma ala disse que seus clientes relataram que o detento vomitava bastante e que todos gritavam, exigindo que o colega de cela fosse atendido. Apesar disso, o homem teria passado o domingo agonizando e acabou morrendo. Um agente penitenciário lotado na CCP também contou a mesma versão.


“Foi negligência exclusiva da Casa de Custódia, que negou atendimento. Os outros presos estão inconformados, porque o detento que morreu era um homem de bom comportamento, muito benquisto por todos”, disse o advogado. Outro preso também passou mal e, depois da morte do colega, foi atendido.
Além de determinar instauração de uma sindicância, o diretor do Depen-PR, delegado Luiz Alberto Cartaxo Moura, pediu à Polícia Civil que também investigue o caso. Ele destacou que o primeiro passo nas apurações é descobrir qual foi a causa da morte do preso.
“O maior interesse na apuração desta morte é do Depen. Vamos ver como as coisas se desenrolaram e se houve qualquer negligência, qualquer ilicitude, os autores serão responsabilizados”, garantiu Cartaxo.
Segundo as denúncias, apesar de a morte ter ocorrido na madrugada desta segunda-feira, o corpo só foi recolhido pelo Instituto Médico-Legal no início da tarde. A situação também teria revoltado os presos, segundo o agente penitenciário e o advogado consultados pela reportagem. O Depen-PR disse que não tem informações relacionadas a essa demora, mas assegurou que vai investigar essa informação.
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