06/10/2015 15h10 - Atualizado em 08/10/2015 09h10
Policial de Medeiros Neto indiciado por estupro continua em liberdade
Por Sulbahianews/Petrina Nunes
No final da tarde desta segunda-feira, 5 de outubro, o delegado Sanney Simões, de Medeiros Neto, encaminhou à Justiça o Inquérito Policial que iniciou no dia 28 de setembro, sobre o caso do policial militar, jornalista e dono de site da cidade, Edelvânio Pinheiro, por estupro de vulnerável.
Após ouvir o acusado e também vítimas e testemunhas sobre o caso, o delegado indiciou Edelvânio e sua esposa, a senhora Eliene Rodrigues, pelo estupro de uma criança de 12 anos e outra adolescente de 14.
As meninas realizam exames no Departamento de Polícia Técnica de Teixeira de Freitas que comprovaram que elas foram abusadas sexualmente. Os depoimentos das meninas e das famílias, tanto para a imprensa, quanto para a Polícia tem sido coerente, apesar disso, o acusado ainda continua a negar o fato.
Apesar de indiciado, Edelvânio e a esposa não tiveram, até o momento, a prisão decretada, pois a Polícia acredita que ele não apresenta nenhum perigo para as investigações, apesar das crianças afirmarem terem sofrido também agressão moral e psicológica com ameaças do policial durante o período do estupro.
O caso está sob responsabilidade do promotor de Justiça, Dr. José Dutra de Lima Junior, titular da 5ª Promotoria de Justiça da comarca de Teixeira de Freitas e 1º substituto da comarca de Medeiros Neto.
Versão das meninas
Duas meninas, uma de 12 anos e outra de 14, foram chamadas para fazerem faxina na casa de Edelvânio, a pedido da esposa do policial, em troca de R$ 5,00 a R$ 10,00 em renumeração. Após alguns meses trabalhando para o casal, as crianças começaram a sofrer abusos, sendo que, algumas vezes a esposa de Edelvânio pedia para a mãe delas deixarem as meninas dormirem na casa do casal.
A menina de 14 anos contou tudo para a mãe da outra menina. Relatou detalhes do abuso e das ameaças que sofriam em troca do silêncio. Disse que todas as vezes que Edelvânio as estupravam ele mostrava o revólver e outros objetos supostamente utilizados para torturar as pessoas.
Versão de Edelvânio
O jornalista acusado de estupro negou todos os relatos. De acordo com depoimento da advogada dele, Kerry Anne Esteves Farias Santana, dado a um site de notícias local, a criança não tem comportamento de criança que é estuprada, mas ela não esclarece qual seria esse comportamento, apenas avalia a garota com base em redes sociais.
Edelvânio deu depoimento no dia 05 de outubro, segunda-feira, e contou que tal acusação está sendo feita por vingança por ele ter descoberto o assassinato de Gilvan de Souza Campos, o “Piau”, 53 anos, no último dia 19 de agosto e apontado às autoridades qual seria o suposto mandante do crime. De alguma forma Edelvânio ver a ligação entre as crianças que trabalhavam irregularmente na casa com o homicídio.
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