Policial indiciado por morte de professora recebe alta em Uberlândia
Homem compareceu para depor, mas optou por falar somente em juízo. Mulher foi morta com 13 tiros; inquérito finalizado na quinta-feira (5).
06/11/2015 17h26 - Atualizado em 06/11/2015 18h39
Durade se apresentou nesta sexta-feira (6) à Polícia
Civil (Foto: Divulgação)
Civil (Foto: Divulgação)
O policial militar Clóvis Durade Cândido, de 46 anos, indiciado pela morte da professora Veridiana Rodrigues Carneiro teve alta médica e se apresentou à Polícia Civil nesta sexta-feira (6). Ele estava há 11 dias internado na unidade de psiquiatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), sob escolta. O policial era ex-namorado da vítima e, segundo a Polícia Civil, atirou 13 vezes contra a professora no dia 27 de outubro, no Bairro Santa Mônica.
De acordo com o advogado Júlio Antônio Moreira, o policial teve alta nesta manhã e, mesmo muito abalado, quis se apresentar. Ao chegar à Delegacia Regional da Polícia Civil, o policial estava escoltado por três militares, sem algemas e optou por falar apenas em juízo.
De acordo com o advogado Júlio Antônio Moreira, o policial teve alta nesta manhã e, mesmo muito abalado, quis se apresentar. Ao chegar à Delegacia Regional da Polícia Civil, o policial estava escoltado por três militares, sem algemas e optou por falar apenas em juízo.
Moreira contou que defende o policial desde quarta-feira (4) e acrescentou que o cliente ainda não falou sobre o crime e nem sobre a possível motivação. "Ele está se recuperando, pois ficou internado desde o dia do ocorrido passando por tratamento e recebendo medicações", afirmou.
O advogado garantiu que o próximo passo será entrar com o pedido de liberdade provisória. "Durade não tem antecedentes, sempre teve conduta exemplar, atuava há 29 anos na Polícia Militar. Ele pode sim responder o processo em liberdade e vamos tentar isso até, se preciso, no Supremo Tribunal de Justiça (STJ)", acrescentou.
Em virtude da alta do policial, o comandante da 9ª Região da Polícia Militar (9ª RPM), Cel Volney Halan Marques, irá conceder entrevista coletiva, na próxima semana para falar da situação jurídica do sargento no âmbito da Corporação.
O inquérito que apura o crime foi concluído na quinta-feira (5). O delegado de homicídios Matheus Ponsancini, que é quem acompanha o caso, indiciou o policial por homicídio duplamente qualificado. Os qualificadores foram feminicídio (por razões de relações domésticas) e falta de chances de defesa para a vítima. A pena é de 12 a 30 anos de prisão.
Ponsancini disse que foram ouvidas seis testemunhas e solicitado laudos periciais, inclusive de imagens. "Avaliamos momento a momento o ocorrido por meio das imagens. Constatamos que 13 tiros atingiram Veridiana. O primeiro foi nas costas e o restante na região do tórax. A motivação, a princípio, é passional", afirmou.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público e a Justiça comum para avaliação.
Professora foi morta no início da semana passada com 13 tiros (Foto: Reprodução/Facebook)
Crime
No dia dos fatos, Veridiana saiu da escola onde lecionava em direção a casa dela. Ao estacionar o veículo na via, ela foi abordada pelo policial. Os dois discutiram e imagens de câmeras de segurança flagraram o policial correndo atrás da mulher, atirando e fugindo em seguida. O policial foi preso em um bar, onde teria feito uso de bebida antes e após o ocorrido.
A mãe da vítima afirmou, em exclusiva ao G1 e ao MGTV, que a filha e o militar namoraram por um ano e estavam separados há dez meses. Segundo Sueli Matias Rodrigues, de 63 anos, o homem não aceitava o fim do relacionamento com Veridiana, que chegou até a procurar a polícia para registrar Boletim de Ocorrência (B.O) por ameaça.
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