Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

 

Internautas pedem identificação de policial que apontou arma contra estudante em ocupação na Zona Leste; leia manifesto de professores

publicado em 30 de novembro de 2015 às 21:15
da TVT, via @serbretas e @Tatilobatto
sugerido pela Maria Salete Magnoni
Nós, educadores, educadoras e cidadãos abaixo-assinados, manifestamos nosso apoio às/aos estudantes que ocuparam centenas de escolas do estado de São Paulo, em protesto contra a “reorganização escolar” e o fechamento de 94 escolas, que está sendo imposto pelo governador Geraldo Alckmin.
Não é de hoje que o governo paulista age de forma autoritária. Vamos recordar a história para entender o presente, e tentar evitar uma tragédia.
Trata-se de um estado governado pelo PSDB desde 1995. Em outubro desse ano, o governador Mário Covas e a então secretária de Educação, Rose Neubauer, anunciaram uma reorganização similar a que vemos em 2015.
Um mês depois, tudo estava pronto.
Houve muita resistência da população, mas a secretaria de Educação foi rígida, sem diálogo algum.
Resultado: cerca de 150 escolas fechadas, 60 mil docentes demitidos, salas de aula com mais de 55 alunos, desorganização e transtornos nas famílias dos estudantes e uma série de outros prejuízos à educação pública estadual.
À época, anos de crise, o governo ressaltava que a reorganização permitiria economizar recursos.
Hoje, os argumentos são:
(1) escolas de ciclo único têm melhor desempenho nas avaliações do Saresp e Prova Brasil;
(2) é preciso um novo modelo de escola que se adeque à redução da população em idade escolar (segundo a Secretaria Estadual de Educação, entre os anos de 1998 e 2015, a rede estadual de ensino teria perdido cerca de 2 milhões de alunos.)
O primeiro argumento não é acompanhado de demonstração. Quanto ao segundo, além da motivação demográfica, a carência de sustentação estatística permite nos perguntar: será que a redução do número de alunos não é justamente resultado da má qualidade da educação oferecida a eles?
O governo do estado insiste, há 20 anos, em ignorar a necessidade de reverter dois fatores causadores da péssima qualidade da educação oferecida às crianças e jovens:
(1) o baixo investimento em educação pública e
(2) a desvalorização dos profissionais da educação.
Atualmente, o governo investe entre R$ 300 e R$ 400 por mês por aluno na educação básica (valor que inclui gastos com salários, contas, livros, merenda, manutenção, etc). Que escola conseguiria oferecer educação de qualidade a um custo tão baixo?
E que professor é capaz de educar de forma desejável centenas de alunos, dando mais de 50 aulas por semana, em duas ou mais escolas, nas condições de trabalho e de salário a que está submetido?
Felizmente, nem todos baixaram a cabeça perante decisões tão descabidas como a de fechar escolas públicas, quando é evidente a necessidade de construir mais, de cuidar adequadamente das já existentes, de equipá-las e destrancar seus laboratórios e bibliotecas empoeirados, etc.
Jovens capazes de seguir a razão vibrante em seus cérebros e a coragem pulsante em seus corpos, se uniram no enfrentamento de um governo acostumado a, diante do primeiro imprevisto relacionado a direitos sociais, recorrer à sua tropa da polícia militar. Nem todos saíram ilesos nessa história.
Até que a liminar da Justiça impedindo a reintegração de posse acontecesse, e mesmo após ela, jovens e profissionais da educação, em pleno exercício de cidadania e do diálogo, foram gravemente feridos, fisicamente, psicologicamente e moralmente.
Pior, feridos pelo mesmo estado que afirma, tanto em suas leis quanto em suas cartilhas escolares, a importância da democracia e da cidadania, do diálogo, da ética e da autonomia, da participação social, do protagonismo juvenil, para a “construção e ampliação de uma sociedade mais justa, posicionada contra as desigualdades sociais e a qualquer forma de opressão, que garanta a todos as mesmas oportunidades de desenvolvimento de suas potencialidades” (Resolução SE 52, de 14-8-2013).
Será que esses valores só importam na hora de responder ao Saresp? Que nota será que o governador Geraldo Alckmin e seu secretário de educação, Herman Voorwald, obteriam? Talvez tivessem um bom desempenho, se antes frequentassem as salas-de-aula de algumas das centenas de escolas hoje ocupadas, graças a eles e em protesto contra eles.
“Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar a todas por todo o tempo”.
Essa frase de Abraham Lincoln cabe aqui. Hoje, sabemos que a reorganização escolar por ciclos não passa de uma reforma administrativa que visa reduzir gastos com educação e abrir espaço para parcerias com o setor privado, sobrepondo-se interesses empresariais (privado) a direitos da população (público).
Lembremos que em Goiás, luta semelhante está acontecendo. Marconi Perillo, governador de Goiás, também do PSDB, em seu quarto mandato, apresenta mais uma de suas propostas para dilapidação da educação pública e precarização dos direitos trabalhistas, através da aprovação de leis que autorizam a privatização da educação.
Goiás seria a cobaia da gestão da educação por Organização Sociais (OSs) ou, mais diretamente, empresas.
Contrários a estas medidas, professores da rede estadual, junto com estudantes secundaristas e universitários, pais e toda a comunidade escolar se organizam para enfrentar a perversidade do governador e de sua secretária, Raquel Teixeira. E também o governador já enviou suas tropas militares para o “diálogo”.
Esperaremos que a Educação de todo um país esteja completamente infestada de “pragas”? Ou nos uniremos no enfrentamento e defenderemos a educação pública, de qualidade, igualitária e inclusiva?
“Toda esta política já foi utilizada em outros países pelos reformadores empresariais da educação e não resolveu a questão da educação por lá. Os Estados Unidos estão na média do Pisa há dez anos e não saem daí. Na Prova Brasil deles, pela primeira vez em muitos anos, as médias caíram em quase todas as avaliações e anos. A Suécia privatizou e caiu no Pisa. A adoção de políticas similares na Austrália resultou em queda no Pisa. O Chile está dando marcha à ré nestas políticas. Essas políticas destroem a escola pública e não produzem avanço. Portanto, não resolverá aqui também. Perderemos uma ou mais décadas para depois voltarmos ao ponto inicial, ou seja, ao que temos hoje piorado, pois teremos deixado de apostar em outras vias que poderiam nos levar mais longe”, diz o professor Luiz Carlos Freitas, diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Por fim, queremos alertar à sociedade paulista sobre a tramitação de três propostas do Plano Estadual de Educação (PEE) na Assembleia Legislativa, documento que norteará a educação paulista nos próximos dez anos.
Entendemos que o poder público tem o dever de informar a sociedade sobre essa lei, e possibilitá-la de participar diretamente de sua construção, não apenas por intermédio de representantes políticos, uma vez que afetará diretamente a ela.
Ora, é evidente que a Escola é o canal mais apropriado para promover o debate com a população sobre esse assunto, e que se a comunidade escolar não está esclarecida sobre isso, deve-se a uma omissão proposital por parte do governador e seu secretário. D
eploravelmente, ao contrário desse esclarecimento, o que vemos é o gasto de R$ 9 milhões com propaganda de uma “reorganização” que só nos sinaliza as intenções de um projeto sistêmico de venda da Educação Pública Paulista aos setores privados, com aparência de inovação. Será somente a educação paulista?
“Tenho dúvidas se o governo vai recuar. Está em jogo 2018. Alckmin não pode chegar lá sem nada. Além disso, a Secretaria da Educação está cercada pelos empresários que querem a adoção dessas políticas. Note que na negociação com os estudantes, Herman Voorwald, o secretário de Educação, disse que levaria a demanda dos alunos ‘para o governador’. Ou seja, a questão é de Estado para Alckmin e só ele poderia ordenar um recuo. Já não é o secretário que está conduzindo a implantação. Tudo depende do crescimento do movimento estudantil e do desgaste imposto ao governo.” (Luiz Carlos Freitas).
O caminho está aberto, chegou o momento de fazermos história. Não podemos permitir que uma reunião de domingo (29/11), com 40 dirigentes de ensino, onde o chefe de gabinete do secretário Herman anunciou que o decreto da ‘reorganização’ sai na terça (01/12), intimide estudantes e desmoralize nossas ocupações.
Nada apagará o discernimento, a coragem e a ousadia que as/os estudantes continuam a imprimir na história da educação.
Segunda-feira, 30 de novembro de 2015
Escrito por professores de Escola Estadual da zona oeste de São Paulo, unidos na luta por uma Educação Pública, Gratuita e Democrática.
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Alerta Geral!
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Hoje|Terça|1º/12|14h30
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Câmara dos Deputados
Conselho de Ética
Plenário 11
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! Cassação de Edu Cão !
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!!! PRESSÃO TOTAL!!!
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(http://www2.camara.leg.br/a-camara/eticaedecoro/reuniao.html)
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Nelson
01/12/2015 - 11:41
Alckmin quer cortar R$ 2 bilhões do orçamento da educação em 2016.

Esta é a razão porque tal governo quer fechar 94 escolas públicas. Por detrás deste fechamento, a intenção verdadeira de Alckmin é abrir mais espaço para a educação privada.

Se o Estado investir o que deve em educação, o que determina a Constituição, certamente a educação pública tenderá, em pouco tempo, a recuperar a sua qualidade. O efeito disso é óbvio.

Diante de uma educação pública que recupera sua qualidade, a reação da maioria dos cidadãos será a de matricularem seus filhos na escola municipal ou estadual.

Eles não vão querer pagar duas vezes pelo mesmo serviço. Afinal, ao pagarem seus impostos, estes cidadãos têm o direito de receber do Estado serviço público de qualidade, sem outro ônus qualquer.

Eles só se sujeitarão a pagar uma escola privada se não encontrarem qualidade na pública.

Então, o objetivo real, não confessado, de Alckmin, quando faz este enorme corte no orçamento da educação de seu Estado, é sucatear a escola pública para abrir espaço para
o lucro da escola privada.
Nelson
01/12/2015 - 11:28
Tudo bem anti-democrático e ditatorial. Tudo bem tucano, tudo bem PSDB.

Os tucanos nunca se deram bem com o povão. Os tucanos gostam mesmo é das altas rodas das elites endinheiradas. Eles têm ojeriza a cheiro de povo.
Wladimir
01/12/2015 - 10:45
É lógica neoliberal do Estado Mínimo cuja cartilha é seguida à risca pelo tucanato: Não se investe em formação, não se investe em infraestrutura das unidades escolares, não se constrói unidades escolares de forma adequada, trata-se a Educação Pública como gasto e não como investimento; com isso aumenta-se a evasão escolar e as famílias que dispõe de recursos transferem seus filhos para escolas privadas. Aí vem o discurso fácil: ” Vamos fechar escolas, pois não há demanda suficiente e transferi-las para a iniciativa privada”. Força-se o sucateamento para justificar a privatização!
    Nelson
    01/12/2015 - 11:36
    Tudo o que estiver sob controle público ou estatal e esteja dando lucro ou tenha potencial para tanto, deve ser entregue à iniciativa privada para que esta se assenhore desses lucros.

    Este é um dos lemas basilares, digamos assim, da ideologia neoliberal.

    Em tempo. Onde escrevi “iniciativa privada”, poderia ter escrito grande empresariado. A privatização é feita para que o grande empresariado privado possa amealhar mais e mais o excedente econômico gerado pelo trabalho alheio.
abolicionista
01/12/2015 - 10:18
Mas que essa luta está bonita de ser ver, isso está. A rapaziada está de parabéns. Esse caldo político ainda vai gerar muitos frutos.
abolicionista
01/12/2015 - 10:15
Alckmin só faz acordo com o PCC. O PSDB sempre foi inimigo do povo.
Alexandre
01/12/2015 - 02:40
Isso tudo só é possível porque o Ministério Público Paulista DE LONGA DATA fecha os olhos ao bacanal de arbitrariedades cometidas pela polícia militar paulista contra todo mundo que ouse a se manifestar no Estado de São Paulo contra o establishment instituído naquele Estado, que mais parece um Caveirão Jurídico em matéria de respeito aos direitos fundamentais.
Leo V
30/11/2015 - 23:53
ATAQUE À E.E. CORONEL SAMPAIO EM OSASCO!! ESSA É A ESTRATÉGIA DE “GUERRA” DO GOVERNO?
Logo após o Governo declarar que iniciaria uma “guerra” contra o movimento dos estudantes, começam ataques violentos contra as ocupações mais afastadas das câmeras da grande mídia. Em Osasco, a E.E. Coronel Sampaio foi invadida e destruída por pessoas estranhas. A Polícia Militar estava no local e jogou bombas nos estudantes, mas não impediu que os invasores ateassem fogo no colégio.
É essa a “guerra” que o governo anunciou? Coincidentemente, Fernando Pádulla, que fala no áudio vazado da reunião da Secretaria de Educação contra o movimento, compareceu imediatamente no local.
O que aconteceu? Na manhã dessa segunda-feira, a Diretoria de Ensino de Osasco convocou a comunidade escolar para uma reunião para incentivar a desocupação da E.E. Coronel Sampaio. Logo em seguida, à tarde, um grupo de pessoas de fora invadiu a ocupação e começou a quebrar toda a escola, roubando muitos materiais. Aterrorizados, muitos dos estudantes que estavam ocupando o prédio saíram. Logo em seguida chegou a PM jogando bombas dentro da escola.
Os estudantes que permaneceram tentavam se reunir no pátio para decidir o que fazer, quando a escola foi novamente invadida pelos fundos e incendiada – e a PM estava presente o tempo todo! Tentando ajudar os outros alunos, dois estudantes ficaram feridos, um cortado pelos pedaços de vidro no chão, outro que passou mal devido ao medo e a fumaça. Um estudante conseguiu recuperar um tablet que fora roubado e trouxe de volta à escola.
A quem interessa destruir uma escola? A quem interessa fazer os estudantes desocuparem uma escola? Será essa a tática “de guerra” do governo em ação, para colocar a população contra a luta justa e digna dos estudantes?
Nenhum passo atrás! Cercar as ocupações de solidariedade!
Força estudantes, força Coronel!
‪#‎OcupaEscola‬ ‪#‎RecuaGeraldo‬
Coronel 1
Coronel2
Coronel3
Coronel4
Fernando Pádulla, sub-secretário de educação, que conclamou diretores à “guerra”, chega ao local dos ataques pouco tempo depois do ocorrido.
Leo V
30/11/2015 - 23:22
As escolas estão sendo atacadas por forças parapoliciais.
Sendo invadidas e destruidas, Ocorreu ontem em Sorocaba, e agora há pouco em Osasco.
A guerra ás ocupações começaram, sem metáforas. A polícia assistiu passivamente em Osasco.
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Para quem ouviu o áudio vazado da reunião da Secretaria de Educação de São Paulo com diretores de ensino, não é difícil concluir que o governo de São Paulo usará suas ligações com os piores elementos (milícias, crime organizado, mercenários de todo tipo), para atacar as escolas ocupadas com menos visibilidade.
Eles não podem usar a PM por motivos táticos e judiciais. Quando isso não é possível governos sempre recorrem a ‘paramilitares’.
Por muito menos lembro que em Florianópolis em 2006 a prefeitura contratou brutamontes para acabar com uma manifestação do passe livre em plena luz do dia e que ocorria no canteiro da avenida em frente ao terminal principal da cidade.
C.Paoliello
30/11/2015 - 23:01
UNESCO: Educação em Cuba é exemplo para o mundo
Urbano
30/11/2015 - 22:11
Covardes é que não faltam…

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