Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

 
O FILTRO

Após denúncia de corrupção, governo de SP muda comando na Corregedoria da Polícia

Vídeo em que promotores são enganados por policiais civis que facilitam a fuga de dois investigadores acusados de corrupção é a principal prova do MPE

21/12/2015 - 17h02 - Atualizado 21/12/2015 1
O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (21) a troca do comando da Corregedoria da Polícia Civil diante da investigação do Ministério Público de um suposto esquema de cobrança de propina por agentes da Corregedoria a policiais investigados pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic), que apura o crime organizado. Com a troca, Nestor Sampaio Penteado Filho é substituído pelo delegado Domingos de Paula Neto, apesar de Penteado não ser suspeito de corupção.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, todos os citados na investigação serão afastados. "Há indícios contra vários investigadores que atual na Corregedoria. Não há indícios em relação ao corregedor atual, o Dr. Nestor", disse Moraes, segundo o G1. "Em nenhuma das gravações que nos foram enviadas, mas entendi por bem trocar a corregedoria por motivo simples: não é razoável que o próprio corregedor investigue a atual equipe."
Secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes (Foto: Rodrigo Paneghine/Polícia Civil)
Segundo a investigação, membros do Deic receberiam até R$ 50 mil por mês para proteger policiais e passar informações sobre o planejamento de operações do Ministério Público Estadual (MPE) e sobre o recebimento de denúncias feitas por vítimas de extorsões de policiais. Em reportagem divulgada nesta segunda pelo jornal O Estado de S. Paulo, um vídeo gravado por câmeras do Deic mostra a suposta facilitação de fuga de suspeitos que seriam presos. Um inquérito será instaurado para apurar a participação de oito policiais no esquema.
Dois investigadores que aparecem no vídeo, Mario Capalbo e Raphael Schiavinatto, tiveram prisão decretara pela Justiça em novembro por suspeita de exigir pagamento de propina de R$ 300 mil de uma empresária, dona de uma academia de ginástica na zona norte de São Paulo, para não investigá-la por supostas irregularidades tributárias. Eles trabalham na 3ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, declarou que "todos os policiais envolvidos responderão a processo. Se for confirmado, serão expulsos da polícia e responderão civil e criminalmente". Todos os citados na investigação serão afastados.
A Secretaria de Segurança  Pública informou que o chefe de investigadores do Deic será afastado e investigado por suposto vazamento de informações no cumprimento de dois mandados de prisão de policiais, solicitados pelo MP.

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