Polícia e MP fazem operação para prender PMs do Bope no Rio
Quatro policiais tinham sido presos até as 9h50 e um ainda era procurado. Agentes recebiam propina em troca de informações sobre ações policiais.
11/12/2015 09h02 - Atualizado em 11/12/2015 11h32
A Polícia Militar em parceria com o Ministério Público realizam na manhã desta sexta-feira (11) a operação Black Evil para cumprir cinco mandados de prisão preventiva contra agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) suspeitos de receber proprina de traficantes. Até as 9h50, quatro policiais tinham sido presos e um estava foragido. Segundo a polícia, o PM que ainda não foi preso está fora do país.
Segundo a denúncia do Ministério Público, entre os meses de agosto e dezembro deste ano, os policiais investigados receberam propina de traficantes de uma facção criminosa em troca de informações sobre operações realizadas pelo Bope nas comunidades Faz quem Quer, Covanca, Jordão, Barão, Antares, Vila Ideal, Lixão, Conjunto de Favelas do Lins e Conjunto de Favelas do Chapadão. O grupo ainda negociava com traficantes armas apreendidas em outras ações para uso da quadrilha.
De acordo com a corporação, Maicon Ricardo Alves da Costa, vulgo Preto 1; André Silva de Oliveira, vulgo Preto 2; Raphael Canthé dos Santos, vulgo Preto 3; Silvestre André da Silva Felizardo, vulgo Corintians; e Rodrigo Meleipe Vermelho Reis são suspeitos do crime de corrupção passiva. A ação também cumpre 15 mandados de busca e apreensão.
De acordo com as investigações, as atividades policiais foram monitoradas 24 horas por dia, durante todos os dias da semana, e vazadas detalhadamente aos criminosos. Os valores recebidos pelos policiais variavam entre R$ 2 mil e R$ 10 mil por comunidade.
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