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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Polícia para quem precisa de polícia

Polícia para quem precisa de polícia

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Uma coisa ficou bem clara nas manifestações desta terça-feira (12), em São Paulo: a Polícia Militar não faz a menor questão de ser guardiã da democracia. Tudo indica que jamais nos orgulharemos daqueles que deveriam ser os soldados da ordem e da paz. Eles se confundem com baderneiros na primeira oportunidade.
Basta que um único inocente seja vítima da truculência policial para que todos e quaisquer outros atos de contenção supostamente legítimos sejam desqualificados. Agentes da repressão precisam ser treinados para exercer seu papel em condições previsivelmente extremas. É da natureza de seu trabalho enfrentar situações de crise. Se não entenderem isso, que arranquem seus uniformes e se juntem aos vândalos.
Não cabe aqui discutir se os cidadãos que vão às ruas protestar contra o aumento de tarifas de ônibus estão certos ou errados nas suas reivindicações. Muito menos é delegado à polícia esse tipo de julgamento. Ela só deve agir quando a ordem for rompida.
E, convenhamos, a ordem provavelmente será rompida nessas circunstâncias. Ou alguém aqui acredita que é possível enfrentar os poderes constituídos sem gerar tensão? Passeata de cordeiros? Greves que não causam danos à população? Melhor fazer um abaixo-assinado e publicar no Facebook, então. Não é o caso, como temos visto.
É óbvio que esse tipo de aglomeração atrai as melhores a as piores pessoas. Oportunistas, desocupados e até bandidos se sentem à vontade para atear fogo em carros, quebrar bens públicos e agir de forma violenta. Mas não vamos nos esquecer, por gentileza, que esse tipo de barbaridade acontece todo dia, com grau muito maior de crueldade. Esses moleques não estão inventando o caos no trânsito, a insegurança e a balbúrdia.
A polícia trabalha com isso (e coisa bem pior) diariamente.  Não por acaso, podemos agora testemunhar, é uma das mais violentas e despreparadas do mundo. Se quisermos separar as coisas ainda mais um pouquinho, perceberemos que os principais responsáveis por essa esculhambação são nosso governantes — que não equipam, não treinam, não remuneram e não punem decentemente nossos soldados.
Vivemos em um estado que garante deveres e direitos. Se algum manifestante passar dos limites da lei, que este seja identificado, imobilizado e levado à próxima delegacia. Ninguém está dizendo que isso é fácil. Mas basta que um inocente pague pelos culpados (e exemplos disso não faltaram em São Paulo) para que toda essa parafernália repressiva mereça as mais severas críticas.
Temos muito que aprender em matéria de repressão. Quem diria. Está achando complicado? Imagina na Copa.

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