Seis policiais militares estão afastados do trabalho operacional, sob suspeita de terem agredido manifestantes que estavam sentados e rendidos na rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, no último domingo (7), após dispersão do protesto contra o racismo, o fascismo e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Por meio de nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que os seis PMs "respondem a um procedimento apuratório que é acompanhado pelo Comando de Policiamento da Capital e pela Corregedoria. Todos os envolvidos serão reorientados e retreinados, de acordo com os procedimentos operacionais padrão da instituição".
O tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da PM, explicou que "eles foram encaminhados para receberem treinamento e reinstrução, conforme determinou o governador [João Doria]. Logo, estão fora das atividades operacionais". A SSP complementou que "a PM não tem compromisso com o erro e não compactua com desvios".
Na segunda-feira (8), após as imagens das agressões dos policiais terem repercutido nas redes sociais, Doria (PSDB) classificou "cerca de 60" manifestantes como "baderneiros" e afirmou que "a polícia agiu de forma correta, evitando danos ao patrimônio privado e público e a ação de vândalos".
"Algumas imagens que circularam hoje [segunda-feira] de PMs de São Paulo estão sendo analisadas. A orientação dada pelo governador é que, se houve erro, que sejam punidos", acrescentou Doria.
Ouvidor das polícias no ato
O ouvidor das polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, foi até a manifestação, na noite de domingo, ajudar na negociação entre manifestantes e PM, para que o ato fosse encerrado no metrô Clínicas sem conflitos. Enquanto ele cedia entrevista ao UOL, houve um conflito entre manifestantes e PMs atrás do ouvidor.
Enquanto barulhos de bombas ecoavam na rua dos Pinheiros, onde cerca de 200 manifestantes permaneciam no início da noite de domingo, o ouvidor dizia que os barulhos não eram de bombas e que a PM havia agido de maneira totalmente correta.
Após visualizar as agressões ocorrendo ao seu lado, o ouvidor afirmou que os PMs apenas haviam reagido. Questionado sobre como ele soube da dinâmica do ocorrido, já que estava de costas para a confusão, Lopes não soube responder. Na mesma noite, porém, novas imagens forçaram o ouvidor a mudar seu posicionamento.
Após imagens mostrarem PMs agredindo manifestantes já rendidos e sentados em ruas próximas de onde o ouvidor estava, ele pediu que a ação fosse investigada pelos órgãos competentes. Segundo a Ouvidoria das Polícias, "uma vez identificados os policiais envolvidos, que eles sejam afastados pelo menos até o fim das apurações".
Segundo nota da SSP divulgada na noite de domingo, ao menos 32 pessoas foram detidas em manifestações que ocorreram no decorrer daquele dia. A pasta afirmou que PMs "atuaram para proteger as pessoas, manifestantes ou não, e cumprir a lei", mas não mencionou os vídeos que flagraram agressões de policiais.
Questionado, o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) afirmou que vai acompanhar as investigações.
27 Comentários
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Uma pena o trabalho de democratização da PM feito desde o fim da Ditadura Militar ser perdido em menos de um ano por causa de Bolsonaro. Nunca um ocupante da Presidência da República causou tanto mal ao Brasil. Claro que tivemos o Médice, a Junta Militar formada pelos Três Patetas, Geisel etc., mas Bolsonaro supera a todos
Policial que erra tem que ser punido sim. Agredir gente detida é rendida segundo a lei é tortura...... esse país tem que mudar. Policias tem que deixarem de ser militares.
Vocês não entendem... o " chofvem “, ele quer brigar com os mais fracos mas é só para fortalece-los, ele quer roubar mas também é só um pouco, ele quer consumir só um ” tiquinho “ de droga, quer quebrar banco, ele quer saquear lojas, ele quer pichar muro de todos os vizinhos, mas também quer estar seguro que não vai levar safanão do " poliça "... isso gera insegurança para ele e sua mãe; quando era pequeno foi difícil arrumar uma vaga na creche ninguém queria ele pois fazia muita arte, cresceu um pouquinho mais e foi expulso de duas escolas por aqueles professores malvados e cruéis, precisamos protestar... vamos chamar isso de racismo, violência contra o menino negro, vamos para a rua leve sua namorada, seu namorado, seu tio e o cachorro também, vai ser muito legal, muita alegria, faixas, cartazes e diversidade juntos, é como se fosse uma parada... quem sabe a gente até sai no jornal da Rede Funerária de Televisão ou no Bombástico !
Que falta faz o antigo Ouvidor das polícias, esse é da turma que não vê nada.
Se é lá em Alphaville a PM ouve xingamento calado. Só falta chamar de senhor. Manifestantes contra o governo rendido, leva porrada .... Brasil bom
1 minuto Só no Brasil: pobre de direita defende polícia violenta e acusa manifestante. Vai Brasil!!
nao foi só isso, inconsistente, tocaram as sirenes também. Preste atenção da proxima vez e aprenda a tratar os apoiadores de nosso amado presidente com o respeito merecido.
Policiais "envolvidos" nas agressões aos manifestantes "serão reorientados e retreinados". Ora, as agressões não foram "erros" e "desvios"? "Retreinamento" não é punição, no caso, é lucro para esses policiais.
Triste foi assistir os policiais batendo continência para os bolsonaristas.
Parabens ao Doria, cuja boca está ficando igual à do Gilmar Sapo.
é isso aí Dória. Muito bem. Dê uma medalha aos marginais, afaste os policiais e tome um vinho com o Gilmar.
Tinham que ser expulsos sumariamente, são uns privilegiados que tem uma jornada de trabalho de 24 (se é que trabalham as 24 horas) e depois folgam 72 horas ou seja dividindo por 8 que é o que trabalha normalmente um operário, eles trabalham 3 dias (3 x 8 = 24) e folgam 9 dias (9 x 8 = 72). E na maioria das vezes fazem bico nas 72 com outro salário.
Fui na passeata pelos Cem anos da abolição da escravatura décadas atrás. A delegação da nossa cidade levou muitas bandeiras do Brasil. Agora esse povo vai de vermelho. Cadê as BANDEIRAS DO BRASIL, torcida e povão? Fomos em outra passeatas. Dilma, isso, aquilo. Somos a favor desses protestos. É DIREITO, está na Constituição, apesar das besteiras que os supostos pacifistas Dória, Bolsonaro & cia pregam. Vamos nos apropriarmos dos símbolos nacionais. Mais BANDEIRAS nas manifestações hein grupos dos 26 estados e DF. Elas não pertencem aos bolsonaristas neofascista. Verde e Amarelo hein!!! A bandeira do Brasil não é vermelha lideranças, caramba. Acorda meu!!!
Enquanto militares e PMs não forem submetidos às mesmas regras da população que paga suas mordomias, será assim. Por enquanto existem apenas para garantir os próprios privilégios.
Que pena que a polícia militar está tomando partido e agredindo os manifestantes. Está muito difícil viver em segurança no Brasil. Como se não bastassem os bandidos, agora tem os bolsonaristas armados, esses políciais apoiadores do Bolsonaro e o coronavírus ameaçando as vidas do povo brasileiro. Que Deus proteja as pessoas de bem!
Essa é a triste realidade de São Paulo, violência sem fim.
Quem é bandido ? Não aguento mais o jeito tucano de passar o pano.
Dai a César o que é de César. É preciso mais imagens, essas que aparecem na reportagem, apesar de fortes, não parecem que os policiais estavam agredindo no sentido da palavra, estavam sendo intimidadores, forçando os indivíduos a se deitarem, revistando a procura de armas, mas, depois disso, por essas imagens aqui apresentadas, parece que não fizeram mais nada. Polícia é força de coação, foi o que fizeram, coagiram os manifestantes com força, isso eles podem.
Bandidos de farda, que sejam afastados e condenados.
Sem perdão!
Eu sempre falo aqui, sou de família de militares e sempre estou com ela em qualquer circunstâncias nos B.O.s,agora abuso eu não compactua com algumas atitudes de alguns policiais que ficam nervosos quando confrontados e que não é fácil, tem alguns folgados que merecem uma ação mais forte, mas nesse caso aí as pessoas estavam sentadas e já rendidas,agora que o Mariano saiu e entrou o outro Corregedor é um Negro como eu tomara que ele faça como seu antecessor puna com rigor esses maus policiais, não dá pra defendê-los, vendo esses vídeos.
O UOl está conseguindo formar um clima de guerra no Brasil.