O Globo
SÃO PAULO — Os oito policiais que participaram da agressão de um homem de 27 anos na região do Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, foram presos preventivamente pela Corregedoria da Polícia Militar nesta segunda-feira. As informações são da TV Globo.
O caso, que é investigado pela Corregedoria e pelo Ministério Público, ocorreu na madrugada do sábado. De acordo com um vídeo gravado anonimamente por uma testemunha, os policiais cercaram e espancaram um homem já rendido na Rua das Flores.
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A vítima tinha acabado de sair do trabalho e seguia para a casa da namorada. Ele contou que passava pelo bairro Jardim Felicidade no momento em que os policiais começavam a bater em pessoas na rua para dispersar uma aglomeração.
"Ele (PM) não disse nada, só chegou me batendo. Eles me batendo, eu falava: sou trabalhador", afirmou à reportagem.
O rapaz disse que os policiais agressores queriam que mentisse ao delegado sobre o ocorrido. Ele deveria contar que seus machucados, provocados pela agressão, tivessem sido causados por um tombo, e que os PMs tinham-no socorrido.
Ele ainda diz ter recebido ameaças dos policiais depois que o vídeo das agressões foram parar nas redes sociais. Familiares e vizinhos da vítima relataram que estão sofrendo intimidações de policiais no bairro, segundo a TV Globo, e que os agentes querem descobrir quem fez as gravações.
Protesto na Zona Sul
Outro caso envolvendo possível violência policial aconteceu na Zona Sul de São Paulo. Moradores do bairro de Americanópolis protestaram contra a morte de Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, nesta segunda-feira. Segundo relatos, o jovem teria desaparecido no fim de semana após uma intervenção policial.
A investigação da morte de Guilherme foi encaminhada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Secretaria de Segurança Pública informou que "a Polícia Militar também acompanha a apuração" e que "se comprovada participação policial, medidas cabíveis serão adotadas".
A manifestação acabou com ônibus incendiados. A secretaria informou também que sete viaturas do Corpo de Bombeiros foram deslocadas ao local para conter os focos de incêndio. Uma testemunha que não quis se identificar afirmou ao GLOBO que "era protesto pacífico até a polícia chegar, a população só reagiu".
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