De acordo com a PF, há indícios de que está em curso um movimento dos investigados "para retomar o poder que possuíam" no Rio
A família Jerominho, alvo de uma operação da Polícia Federal às vésperas das eleições, teve um desempenho eleitoral fraco no Rio de Janeiro. Carminha Jerominho, filha do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, que ficou uma década preso por chefiar uma milícia na Zona Oeste do Rio, teve pouco mais de 4.200 votos e não foi eleita para uma vaga na Câmara de Vereadores.
Carminha concorreu pelo PMB, partido que lançou sua prima, Jéssica Natalino, como vice na chapa de Suêd Haidar. Jéssica é filha do ex-deputado estadual Natalino Guimarães, irmão de Jerominho, e que também ficou preso por uma década por comandar uma milícia.
A PF chegou, na semana passada, a cumprir mandado de busca e apreensão na casa de Suêd Haidar, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Na ocasião, agentes apreenderam dois celulares, documentos e material de campanha. A candidata do PMB teve apenas 3.833 votos e foi a antepenúltima dos 14 que disputaram as eleições no Rio.
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Na semana passada foram apreendidos R$ 350 mil em locais ligados aos irmão Jerominho e Natalino. O primeiro se lançou pré-candidato à prefeitura pelo PMB, mas desistiu em julho, alegando problemas de saúde. Suêd Haidar, que entrou em seu lugar na disputa, é presidente nacional do PMB, partido registrado na Justiça eleitoral desde 2015.
De acordo com a PF, há indícios de que está em curso um movimento dos investigados "para retomar o poder que possuíam na zona oeste da capital fluminense”.
Em nota, o PMB afirmou que o partido é ficha limpa e que está à disposição da Justiça. "O Partido da Mulher Brasileira (PMB) é um partido ficha limpa e democrático nas suas filiações, nominatas e candidaturas, desde que sejam validadas e aprovadas pelo TRE. Estamos a disposição da Justiça para apuração de fatos que envolvam candidatos da nossa legenda. Hoje já somos mais de 1.050 candidatos em todo Brasil e lutamos pelo combate à corrupção”, diz a nota.
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