Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Delegado denuncia sucateamento de órgãos de proteção ambiental e falta de equipamentos

 Comissão Externa que acompanha a investigação das queimadas no Pantanal e na Amazônia, no ano passado, vai cobrar a compra de helicópteros para deslocamento das equipes de fiscalização

Delegado da PF aponta incêndios criminosos no Pantanal - 25/03/21



A comissão A comissão externa que acompanha as investigações das queimadas no Pantanal e na Amazônia ouviu, em audiência virtual, o delegado da Polícia Federal que comanda a Divisão de Repressão a Crimes Ambientais. Segundo Rubens Lopes, parte das queimadas que ocorreram em 2020 teve origem criminosa. Conheça nossos termos de uso: https://www.camara.leg.br/tv/562840-t...



Em reunião da comissão externa que analisa as causas das queimadas em biomas brasileiros nos últimos dois anos, o chefe da Divisão de Repressão a Crimes Ambientais e contra o Patrimônio Histórico da Polícia Federal, delegado Rubens Lopes da Silva, criticou nesta quinta-feira (25) o sucateamento dos órgãos ambientais. "Em 20 anos de combate ao crime ambiental, como delegado de Polícia Federal, eu nunca vi as agências tão desestruturadas, praticamente neutralizadas. A gente não pode mais contar com o ICMBio, com a Funai, com o Ministério do Meio Ambiente, com o Ibama, com praticamente ninguém", lamentou.

A Polícia Federal, segundo ele, é a única agência minimamente aparelhada, mas trata-se de uma exceção entre os órgãos que trabalham na região. Lopes da Silva informou que graças a novas tecnologias disponíveis, a Polícia Federal vai conseguir monitorar diariamente o foco de incêndio desde o início, o que permitirá a mobilização imediata do poder público.



Audiência Pública e Deliberação de Requerimentos. Delegado e Chefe da Divisão de Repressão a Crimes Ambientais e contra o Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Rubens Lopes da Silva


O delegado Rubens Lopes da Silva informou que celulares apreendidos durante a investigação mostram que incêndios no Pantanal foram propositais

Ele ressaltou, entretanto, que as dificuldades de deslocamento ainda são grandes e faltam equipamentos, como helicópteros para transporte das equipes na Amazônia e Pantanal.  "O modal aéreo, durante grande parte do ano, no bioma amazônico e pantaneiro, é a única forma para acessar o local onde está ocorrendo um crime ambiental", explicou.

O delegado disse que já solicitou a aquisição de helicópteros AW 139. "Só temos um deles. Com mais dois AW 139, resolveríamos a questão no Pantanal e reduziríamos em 50% o índice de desmatamento na Amazônia.”

A coordenadora da comissão externa, deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), disse que o colegiado fará uma cobrança oficial pelos dois helicópteros.

Investigação
Um dos objetivo da reunião da comissão externa foi acompanhar os resultados das investigações sobre os incêndios florestais no Pantanal ocorridos em 2020. O delegado Rubens Lopes da Silva explicou que foram instaurados quatro inquéritos policiais para investigar as causas dos incêndios que destruíram 30% do bioma do Pantanal. As quatro investigações tinham como alvo quatro fazendas e, com busca e apreensão, a polícia encontrou celulares que apresentam conteúdo com indícios de incêndios criminosos.

“Os incêndios foram propositais. Junto com a extração de dados dos celulares, onde havia diálogos que ainda estão sob sigilo de justiça, havia ‘coloque fogo ali’, ‘o Ibama está está próximo da fazenda vizinha, segure um pouco mais’. Então a gente tem fortíssimos indícios de autoria e materialidade do delito de incêndios provocados por essas fazendas.”




Audiência Pública e Deliberação de Requerimentos. Dep. Rodrigo Agostinho(PSB - SP)


Rodrigo Agostinho lamentou impunidade dos crimes ambientais

Impunidade
O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), que também coordena a Frente Parlamentar Ambientalista, lamentou a impunidade dos crimes ambientais. “Os processos se estendem por anos e anos até prescreverem.”

Agostinho exibiu dados do Mapiomas, o maior programa de monitoramento ambiental, depois do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que aponta que 17% do território brasileiro pegou fogo nos últimos 20 anos. Quase um terço da Amazônia (28%), sendo 68% vegetação nativa e 32% áreas destinadas à agropecuária.

O deputado afirma que é fundamental que a investigação aconteça, mas que a Polícia Federal tenha a estrutura necessárias para enfrentar o problema.

Ônus da prova
A coordenadora da comissão externa, deputada Rosa Neide, citou o Projeto de Lei PL 5269/20, sugerido pelo Ministério Público, que altera dispositivos do Código Florestal e muda o ônus da prova.

Segundo o projeto, deve caber à autoridade a comprovação do local do início do fogo, e, ao proprietário ou possuidor, a comprovação de algum fator que exclua sua responsabilidade.

O delegado Rubens Lopes da Silva sugeriu a elaboração de um projeto de lei que destine os produtos da apreensão de crimes ambientais para um fundo que se reverta em investimentos em meio ambiente na própria região. Atualmente, os recursos vão para o cofre da União. Como exemplo, ele citou R$ 200 milhões em ouro ilícito apreendidos no Amazonas, que poderiam ser investidos em preservação ambiental.

Reportagem - Luiz Cláudio Canuto
Edição - Geórgia Moraes



Reportagem - Luiz Cláudio Canuto
Edição - Geórgia Moraes

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Após denunciar ministro Ricardo Salles, delegado da PF no Amazonas é substituído

Alexandre Saraiva

Superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, será substituído (Foto: PF/Divulgação)

Da Redação

 


MANAUS – O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, decidiu trocar o chefe do órgão no Amazonas, Alexandre Saraiva. A demissão ocorreu após Teixeira levar ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por interferências indevidas no trabalho da Polícia Federal e por atuar na defesa de madeireiros flagrados praticando desmatamento na Amazônia



De acordo com o documento ao qual o ATUAL teve acesso, fatos coletados durante investigação demonstram a atuação dos três após a apreensão recorde pela Superintendência da PF no Amazonas de 226 mil metros cúbicos de madeira em toras extraídas ilegalmente por organizações criminosas. Nesta quinta-feira, 15, em entrevista à Globonews, Saraiva disse que Salles defende infratores ambientais.


“Não é todo dia que o superintendente faz isso (notícia-crime ao STF), mas também não é todo dia que um ministro de outra pasta se arvora a promover a defesa de infratores ambientais. A forma como nós trabalhamos com o Ibama sempre foi de parceria. Nunca o Ibama solicitou os laudos periciais para fazer análise”, disse Saraiva.

De acordo com o delegado, após a apreensão recorde, no âmbito da Operação Handroanthus–GLO, o ministro Ricardo Salles e o senador Telmário Mota apresentaram documentação tentando dar legalidade à extração da madeira, mas a PF constatou uma fraude na titulação de terras em nome de terceiros com a utilização de títulos de região distante mais de 500 quilômetros do local desmatado.


A notícia-crime diz que Salles resolveu adotar posição totalmente oposta à que lhe é devida em função do cargo, “de apoiar os alvos, incluindo, dentre eles, pessoa jurídica com 20 Autos de Infração Ambiental registrados, cujos valores das multas resultam em aproximadamente R$ 8,37 milhões”. Para Saraiva, o ministro patrocina diretamente interesses privados (de madeireiros investigados).


Na entrevista dada a Globonews nesta quinta-feira, Saraiva disse que não havia sido informado da demissão, mas que não havia feito concurso para ser superintendente de Polícia Federal, mas para delegado. “Eu não recebi nenhuma comunicação nesse sentido até agora. (…) Eu não fiz concurso para superintendente da Polícia Federal. Eu fiz concurso para delegado. Eu sou um policial”, disse Saraiva.


Maiurino escolheu o delegado Leandro Almada para substituí-lo. O policial foi o número 2 da gestão de Saraiva e comandou o grupo de investigações ambientais na superintendência.


O delegado também disse que continuará responsável pelo inquérito. “Nunca recusei missão e nunca tive moleza na Polícia Federal. Sempre abracei todas as missões e nunca me deram missão fácil. Eu as cumpri com o maior senso de dever possível. E se isso desagradar um ou outro, paciência. (…) Esse inquérito foi instaurado por mim e eu continuo como autoridade policial dele”, afirmou Alexandre.


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Após denunciar ministro Ricardo Salles, delegado da PF no Amazonas é substituído

Delegado Alexandre Saraiva fez denúncia-crime no STF

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Delegado Alexandre Saraiva fez denúncia-crime no STF
Cármen Lúcia será relatora da ação da PF contra Salles

Mourão elogia delegado que criticou Salles e diz que madeireiras precisam apresentar documentos

 Alexandre Saraiva disse em entrevista que na PF não vai passar boiada, em referência à frase dita pelo ministro do Meio Ambiente em uma reunião ministerial

Por Folhapress05/04/21 às 17H07 atualizado em 05/04/21 às 17H17

Vice-presidente da República, Hamilton Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão elogiou nesta segunda (5) Alexandre Saraiva, chefe da Polícia Federal do Amazonas, que está em atrito com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por causa da maior apreensão de madeira da história, realizada no Pará.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Saraiva disse que na PF não vai passar boiada, em referência à frase dita por Salles em uma reunião ministerial em abril do ano passado, ao falar da mudança de normas ambientais aproveitando-se do foco da sociedade na pandemia de Covid-19.

"Precisa haver um esforço nosso aqui, enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", disse ele, como registrado em vídeo.

Salles foi ao Pará na semana passada fazer uma espécie de verificação da investigação e disse que viu erros na ação da polícia. O delegado, por outro lado, afirma que as madeireiras não entregaram os documentos requisitados e que todo o material apreendido é produto de crime.

"Saraiva é um grande batalhador contra as ilegalidades, principalmente a questão da madeira", disse Mourão.

"Hoje a gente tem um imbróglio ali no Pará, já os recebi três vezes aqui. A questão está clara, precisa apresentar a documentação correta, é só isso aí", completou.

Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se disseram surpresos com as declarações do delegado e afirmaram que uma eventual saída de Salles do comando do Meio Ambiente não está em discussão.

Parlamentares pressionavam pela demissão do ministro, mas o clima arrefeceu depois que o então chanceler Ernesto Araújo perdeu o posto nas trocas feitas na última semana.

Mourão elogia delegado que criticou Salles e diz que madeireiras precisam apresentar documentos - Folha PE

Deputado diz ter nojo de almoço de Bolsonaro com 'gargalhadas festivas' em dia de recorde de mortes

 O Brasil registrou 1.726 mortes na última terça (2), maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia até agora

Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro


O deputado Fábio Trad (PSD-MS) escreveu em suas redes sociais que se enoja com o almoço organizado por Jair Bolsonaro nesta terça-feira (2), no Palácio do Planalto, com parlamentares da bancada mineira no Congresso e ministros.

O presidente foi descrito como "alegre" e "bem descontraído" pelos participantes. O Brasil registrou 1.726 mortes nesta terça, maior número diário de vidas perdidas de toda a pandemia até agora.

O cardápio, preparado pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), teve leitão, feijão tropeiro, linguiça e carne moída com quiabo.


"Não é tanto pelo leitão, mas pela descontração festiva da mesa farta de altas gargalhadas no mesmo dia em que os cemitérios brasileiros mais receberam corpos vitimados pelo vírus. É isto que choca. É isto que afronta. É isto que enoja", escreveu Trad.

"Sensação de abandono. A gente precisava de alguém pra unificar o país. Ele faz justamente o contrário, desagrega e fomenta intrigas. Defende posições anticientíficas. Não dá", completa o deputado à reportagem.

No mesmo dia, com a pandemia escalando para o seu pior momento no país, o grupo de governadores, que não se encontra com Bolsonaro há 286 dias, fez reunião com Arthur Lira (PP-AL) -oito deles presencialmente, em Brasília, e 14 à distância.

Em São Paulo, João Doria (PSDB-SP) fez encontro com 618 prefeitos ou seus representantes para discutir novas medidas de controle. O governador anunciou nesta quarta (3) que o estado entrará na fase vermelha a partir de sábado (6).

Deputado diz ter nojo de almoço de Bolsonaro com 'gargalhadas festivas' em dia de recorde de mortes - Folha PE


26 comentários
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Thomas Edison
Os eleitores do (des)governo genocida também aplaudem o negacionismo do MINTO!
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João Severino Do Nascimento Severino
Lembrando aos ingnorantes que: genocida é a esquerda, é só observa a trajetória. O último foi a facada em Bolsonaro.
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Glaydson Oliveira Silva
João Severino Do Nascimento Severino perfeito .
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Glaydson Oliveira Silva
Ninguém fala no número de recuperação !
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Bruno Pessoa
Esse e o pior Presidente de tofos os tempo: burro, ignorante e imbecil...1700 mortos ...ele rindo?
Safado ele e quem votou nele...a culpa e sua Cabra safado eleitor desse nojeto!!!
#FORABOLSONARO
#TEMER GOLPISTA...OUTRO BANDIDO
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Francisco Santos
Falou o que muita gente concorda.
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João Severino Do Nascimento Severino
Quem criou o vírus foi a esquerda, logo genocida é a China, bando de ingnorante.
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José Ayrton da Silva
Safado é quem defende político bandido e tem como estimação.
Alexandre Rodsz
FAZ ARMINHA QUE SALVA
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Eduardo Ferreira DE Souza
Fica em casa e só vai para o hospital quando tiver mal que salva!
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Vilmar Joao Correa
o cara é nojento==MALDITOS GADALHADAS E MINIOS==CLARO=====M. B. L
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Luiz Vieira
Mas Hitler também ria dos exterminados. Isso é próprio de um genocida facista. Essa vai pra conta dos diversos imbecis brasileiros que o elegeram.
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José Ayrton da Silva
Imbecil é quem defende político bandido e ainda o trata como objeto de estimação. kkk
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