O vereador de São Gonçalo Geiso do Castelo (Solidareidade) verificou recentemente uma cabine da Polícia Militar no município em que o policial de plantão estava dormindo em plena luz do dia. Preocupado com a situação, soube que a escala de serviço da PM na cidade tem sido de 24 horas trabalhadas por 24 horas de folga, o que não permite o descanso do policial. Fato que denunciou no plenário da Câmara.
“Com reduzido contingente e elevado número de crimes, não há como descansar, principalmente porque a folga inicia ainda dentro do quartel, assim como seu término. Só o deslocamento entre casa e quartel, além de estressante, toma tempo e reduz o período que seria de descanso do militar, aumentando seu nível de tensão, podendo reduzir sua eficácia em serviço, pelo acúmulo de horas trabalhadas. Caso o policial more longe, o problema se agrava”, afirmou o parlamentar, que é policial militar reformado.
Geiso reconhece que a culpa não é do comandante do Batalhão local, mas que caberia à Cúpula da PM rever tal escala, que a seu ver, é maléfica não só para o policial, mas para toda a sociedade. Hoje, São Gonçalo, que tem cerca de um milhão de habitantes, tem menos de 700 policiais nas ruas – inferior até ao efetivo do 12º BMN, de Niterói, cuja população é de cerca de 500 mil habitantes. No final de setembro deverá receber reforço de 260 policiais, o que ainda é pouco.
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