São Paulo, quinta-feira, 22 de dezembro de 2011 |
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Justiça solta oficial da PM no Rio e critica investigação
'Estão brincando de investigar', diz desembargador sobre ação que levou à prisão de comandante de batalhão da PMCaso abriu uma crise entre as polícias Militar e Civil; tenente-coronel nega ter recebido propina de traficantes MARCO ANTÔNIO MARTINS DIANA BRITO DO RIOO desembargador Paulo Rangel, do Tribunal de Justiça do Rio, concedeu na madrugada de ontem habeas corpus ao tenente-coronel Djalma Beltrami, ex-árbitro de futebol e comandante do 7º BPM de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Ele foi preso pela Polícia Civil na segunda-feira, na operação Dezembro Negro, sob suspeita de corrupção e tráfico de drogas. Em seu despacho, o desembargador afirmou ter "medo deste tipo de investigação" e que "estão brincando de investigar". Ele critica o delegado Alan Luxardo, da Delegacia de Homicídios de Niterói, e o juiz de São Pedro da Aldeia pelo decreto de prisão emitido apenas com base em uma interceptação telefônica. No "grampo", um policial fala com o traficante Maicon Santos, o Gaguinho sobre dar propina ao "01". Segundo Rangel, o juiz se deixou "levar pela maldade da autoridade policial que entendeu que 01 só podia ser o comandante do 7º Batalhão". A Associação dos Delegados de Polícia do Rio disse que o desembargador tomou a decisão sem ter acesso ao inquérito. Rangel não comentou a afirmação. O delegado Luxardo também não fez comentários. Em entrevista à TV Globo, Djalma Beltrami disse que "nunca recebeu propina". "Nunca autorizei ninguém a falar em meu nome ou a pegar dinheiro para mim." De acordo com as investigações da Polícia Civil, o militar receberia propina para não reprimir o tráfico. "Tudo indica que se trata de uma guerra entre as polícias Civil e Militar", disse o advogado do tenente-coronel, Marcos Barros Espínola. O caso abriu uma crise entre as polícias. O comandante da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho, ficou revoltado ao saber da operação pela imprensa. Já a chefe de Polícia, Martha Rocha, pediu que o delegado Luxardo não dê mais entrevistas sobre a prisão de Beltrami. O governador Sérgio Cabral pediu "conciliação" às polícias. Beltrami assumiu o 7º BPM após o tenente-coronel Cláudio Oliveira ser acusado de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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