Por Fernando Morais em 02 de junho às 12h53
Como o sabem até as arapongas paranaenses (atenção, revisão! É AS arapongas, não OS arapongas), o juiz Sérgio Moro é um homem cultíssimo.
Bacharel, mestre e doutor em Direito, o meritíssimo cursou também, entre outros, o programa de instrução de advogados da Harvard Law School e o Programa de Estudos sobre Lavagem de Dinheiro do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
Moro sabe tudo, mas não sabe português. Em dois despachos diferentes, por exemplo, ele insiste em chamar de “colheita” a coleta do depoimento do ex-presidente Lula. Repito, para que não se possa atribuir o erro à digitação: foram duas vezes, em dois documentos diferentes.
Se viva fosse, a dona Pité, que me ensinou as primeiras noções de português (na época se chamava Língua Pátria), faria com ele o que fez comigo dezenas de vezes: quebraria uma régua na cabeça do pequenino meritíssimo e ordenaria, severa:
– Sérgio Fernando, vá para a lousa e escreva cem vezes, para não esquecer jamais: “colheita” é de milho e mandioca; de depoimento é “coleta”.
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