Flagrante mostra tenente da PM agredindo dono de bar em SP
Homem deu socos e chutes no comerciante porque ele discutiu com um vizinho, que é soldado da PM. Agressão foi gravada por câmeras.
Um flagrante de violência de quem justamente deveria proteger: um tenente da PM deu socos e chutes no dono de um bar em Barretos, no interior de São Paulo, porque o comerciante discutiu com um vizinho, que é soldado da PM.
As brigas do comerciante com o policial, que mora bem perto do bar, começaram há seis anos por causa de música alta. Edmar Garcia disse que é constantemente ameaçado. “Uns dois meses atrás eles entraram jogando bomba, armado e sem identificação, nenhum dos policiais, quatro viaturas”, conta o dono do bar.
Para registrar as ameaças, o comerciante instalou oito câmeras dentro e fora do bar. A comprovação veio na última quinta-feira. Dentro do bar os policiais militares de Barretos começaram uma sessão de pancadaria. O que eles não imaginavam é que essa violência toda estava sendo gravada por uma câmera.
Por volta das 8h30, o policial à paisana, vizinho do comerciante, acusa Edmar de ter jogado uma bomba na casa dele. Logo chega o reforço: 12 PMs em quatro viaturas.
O segundo tenente Marcos Rogério Okada Veiros cumprimenta o soldado e, sem dizer nada, parte para cima de um cliente do bar. O homem cai e mesmo sem reagir é estrangulado pelo policial. “Ele só me xingava e me enforcava. Eu não falei nenhum palavrão, não falei nada pra ele e fui simplesmente agredido”, conta a vítima.
Em seguida é o dono do bar que passa a ser agredido. Outro soldado armado dá cobertura. O tenente Okada dá socos e chutes e, descontrolado, ainda quebra uma cadeira na cabeça do comerciante. Sem qualquer acusação e ainda ferido, ele é algemado, preso e levado para frente da casa do PM. “O Marcos Okada me jurou de morte, ele não me prometeu que ia matar não, ele jurou que iria me matar”, lembra o dono do bar.
O irmão do comerciante, que é advogado, denunciou o caso ao comando da PM. “Infelizmente a polícia que era para proteger o cidadão ela hoje traz medo. Não vejo explicação”, disse Edson Garcia.
A polícia abriu inquérito e a Secretaria de Segurança afastou da rua o tenente Marcos Okada.
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