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domingo, 13 de junho de 2021

Processo de expulsão de coronel pedófilo da PM é suspenso; salário é de R$ 34 mil

02/10/19 17:07

Coronel Pedro Chavarry continua recebendo salário
Coronel Pedro Chavarry continua recebendo salário Foto: Reprodução
Carolina Heringer
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O Tribunal de Justiça do Rio suspendeu, no último dia 19, o processo de expulsão do coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte, condenado por ter estuprado uma menina de 2 anos em 2016. Os desembargadores da 5ª Câmara Criminal decidiram aguardar o resultado definitivo de um recurso de apelação no qual Chavarry recorre da condenação. O coronel continua integrando os quadros da PM e recebendo salário. Em setembro, ele ganhou R$ 34.614,16 brutos, de acordo com informações do Rio Previdência.

Crianças estupradas por grupo de pedófilos eram levadas vendadas para locais dos abusos

Em maio de 2017, Chavarry foi condenado a 11 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção ativa, pois além de ter abusado da criança, ofereceu dinheiro aos policiais militares que o prenderam em flagrante. Ele foi flagrado com uma menina de dois anos, nua, dentro de seu carro. Ela estava com a calcinha revirada. O veículo do coronel estava estacionado em um posto de gasolina.

Condenado, coronel reformado é acusado, com outros dez, de abusar de irmãos


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Como o EXTRA revelou no último domingo, Chavarry é alvo agora de um novo processo. O oficial é acusado de envolvimento com um grupo de pedófilos. Os homens, segundo investigação da Polícia Civil do Rio, usavam duas casas na Zona Norte do Rio para abusar sexualmente de uma criança e um adolescente, que são irmãos. O inquérito da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) revelou que o pai e o avô paterno das vítimas eram responsáveis por “agenciá-las”. Ao todo, 11 acusados foram denunciados em junho deste ano pelo Ministério Público estadual do Rio por estupro de vulnerável e já são réus em um processo na Justiça.

As investigações começaram depois que um parente das vítimas procurou a delegacia. A criança reconheceu Chavarry em uma das reportagens veiculadas na imprensa quando ele foi preso, em setembro de 2016, e acabou revelando que já havia sido estuprada pelo militar. A partir daí, a vítima relatou o envolvimento de seu pai e de seu avô, acusados não só de estuprá-la mas também de receber pagamento de homens que mantinham relações sexuais com ela e seu irmão. Os abusos sofridos pelas vítimas duraram ao menos três anos, de 2016 a 2019.

A polícia descobriu que as crianças eram levadas para duas casa abandonadas na Zona Norte da cidade, onde eram estupradas. A maioria dos acusados dos abusos fazia parte de um grupo de amantes de carros antigos que costumavam participar de encontros. Em depoimento à polícia, testemunhas relataram que as vítimas apanhavam e eram ameaçadas para que não contassem sobre os crimes. O avô, segundo os depoimentos, ainda filmava os estupros.

Exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal constatou que a criança vítima dos estupros já não era mais virgem. Também foi constatado que ela foi agredida. O coronel Pedro Chavarry é acusado de ter estuprado os dois irmãos dentro de seu próprio veículo e também nos locais de encontro de carros antigos. Segundo a investigação, os abusos aconteceram antes de sua primeira prisão.

A primeira audiência do caso foi marcada para o próximo dia 7, quando as vítimas serão ouvidas. Dos 11 réus, nove estão presos e dois, foragidos. Chavarry é um dos que estão atrás das grades. Ele está no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói.

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