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sexta-feira, 4 de junho de 2021

Denúncia do MPRJ diz que associação de moradores de Rio das Pedras funciona como cartório da milícia

 Milícia é classificada como 'intocável' pelo MP

Milícia é classificada como 'intocável' pelo MP Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo
Vera Araújo
Publicado em04/06/21 04:30

Nos anos 1990, Rio das Pedras ficou conhecida como a favela que não tinha tráfico. Por trás da “pacífica” comunidade, havia um grupo de moradores, a maioria vinda do Nordeste, que resolvia as questões à base da faca ou da bala. Com o crescimento habitacional, um grupo de paramilitares passou a cobrar pela segurança e a extorquir dinheiro dos moradores, cobrando por vários serviços, sendo o mais lucrativo o mercado clandestino da construção civil.

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Para se vender imóveis por lá, os negócios precisam ter o aval da Associação de Moradores de Rio das Pedras, que cobra pelas transações. O local funcionaria ainda, segundo investigações policiais, como um QG da milícia. Representantes da entidade não foram localizados para comentar a denúncia.


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“Cartório paralelo”

A confirmação dessa prática veio por meio de documentos apreendidos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio, durante a Operação Intocáveis, de 22 de janeiro de 2019. Essa foi a primeira grande ação realizada no local, que também alcançou a Muzema, favela vizinha, na qual se chegou ao esquema de milicianos como o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Adriano da Nóbrega, morto na Bahia em fevereiro do ano passado. A ação do Gaeco ganhou o nome de “Intocáveis” justamente porque nunca ninguém ousou a investigar os milicianos das duas favelas.

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Entre o material apreendido na Associação de Rio das Pedras e em um imóvel da milícia na Muzema, havia notas promissórias e cheques em nomes de moradores locais.

Na denúncia da Operação Intocáveis, consta ainda que a milícia de Rio das Pedras e da Muzema são responsáveis pela extorsão de moradores e comerciantes com cobranças ilegais de taxas de “serviços”. Para regularizar imóveis ilegais, a quadrilha tem desde contador a despachantes para pagar propinas. O grupo das duas comunidades seria formado por policiais da ativa.

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Conforme interceptações telefônicas, a Muzema estaria sob o domínio do major da ativa da PM Ronald Paulo Alves Pereira. O oficial é apontado como parceiro de Adriano na exploração do setor imobiliário. Outro miliciano com muitas propriedades no local, boa parte alugada, é o primeiro-tenente reformado Maurício Silva da Costa, o Maurição. Ambos estão presos no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte

Denúncia do MPRJ diz que associação de moradores de Rio das Pedras funciona como cartório da milícia

Denúncia do MPRJ diz que associação de moradores de Rio das Pedras funciona como cartório da milícia

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2 Comentários

  • MAXIMILIEN DE ROBESPIERRE
    Nesta associação, se a reportagem por lá adentrar, flagra fotos do BURRO FALANTE, do flavinho chocolate e familicia do marginal BOZO, além das expressões como; "meu patrão" e o salvador do país. milicianos desta região se expandiram para as redondezas e ou cercanias e atuam com conluio de policiais militares. FORA BURRO BOZO LADRÃO DE GASOLINA FALANTE. 
  • Rtrtreterry Gfhhtg
    Eu digo mais, caros representantes do Ministério Público: não é só cartório mas sim uma "grade" para a formação de políticos que almejam apenas explorar a população local, e depois se alastrarem para outros cantos da Cidade. Como comentei ontem aqui, a solução para o local é derrubar tudo e limpar a área de vez. Caso contrário isso não terá fim....... 


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