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quarta-feira, 9 de junho de 2021

“Ceifaram a vida da minha filha e falaram que foi troca de tiros”, diz pai de jovem grávida assassinada


Kathlen Romeu tinha 24 anos e estava grávida de 4 meses (Foto: Reprodução)

  • Luciano Gonçalves, pai de Kathlen Romeu, criticou postura da PM

  • Jovem de 24 anos morreu após ser atingida durante uma ação da Polícia Militar no Complexo do Lins

  • Pai afirma que tinha ajudado filha a se mudar com medo da violência no local

Luciano Gonçalves, pai de Kathlen Romeu, jovem de 24 anos grávida que morreu em uma ação da PM no Rio, fez duras críticas à postura da Polícia Militar.

“A minha filha faleceu. Ceifaram a vida da minha filha e falaram que foi troca de tiros. Não foi. Como foi ela, poderia ser eu, uma pessoa do bem e falariam que eu era vagabundo. Na maioria das vezes não é confronto”, declarou ao jornal O Globo.

Em nota oficial, a PM disse que agentes foram atacados ao entrar no Beco do 14 e, então, a troca de tiros começou.


O pai de Kathlen revelou que havia tirado a filha do Complexo do Lins com medo da violência do local. “Era a coisa mais especial da minha vida. Cheia de sonhos, inteligente, tinha sonhando ser blogueira, modelo. Ela estava na melhor fase da vida”, relevou Luciano Gonçalves.

Sobre a gravidez da filha, ele revelou que havia sido um susto para a família, mas que todos consideraram uma benção. Kathlen estava grávida de 4 meses e, no dia em que foi morta, fez postagens dando bom dia ao bebê.

“A gravidez, no começo foi um susto. Ninguém esperava, mas foi a coisa mais maravilhosa da minha vida. Uma benção de Deus foi a gravidez da minha filha. Ela estava apreensiva, mas feliz. Ele estava apreensiva porque tinha parado de trabalhar, mas eu disse que ela não ficaria desamparada.”

Relato da avó de Kathlen

A avó de Kathlen Romeu, jovem grávida de 4 meses que morreu após ser atingida durante uma ação da Polícia Militar, classificou o ocorrido como “um crime bárbaro”.

Ela relatou à TV Globo que, junto com Kathlen, estava indo ao trabalho da filha. Naquele momento, a rua estava tranquila. De repente, elas foram surpreendidas pelo tiroteio.

“Foi tudo muito de repente. A minha neta caiu, começou muito tiro. Quando eu puxei ela caiu, eu me machuquei ainda, me joguei para proteger ela, que está gravida. Eu só vi um furo no braço dela e gritei para eles me ajudarem a trazer. Perdi minha neta e meu bisneto”, disse a mulher, chorando.

A avó ainda revelou à TV Globo que Kathlen havia se mudado do local com medo da violência. “Aquela minha rua tá muito perigosa. Eu não queria ter perdido minha neta e perdi desse jeito estúpido. Uma garota que trabalha, que estuda, formada. Só isso que eu tenho a dizer, eu não tenho mais nada. Perdi minha neta num tiroteio bárbaro que a gente não culpa de nada.”

“Ceifaram a vida da minha filha e falaram que foi troca de tiros”, diz pai de jovem grávida assassinada

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