Segunda-Feira, 26 de Junho de 2017, 22h:00 | Atualizado:
No entanto, 4 coroneis e dois cabos presos pela Justiça seguem detidos
CLÁUDIO MORAES Da Editoria
O juiz substituto da Vara Criminal Especializada de Justiça Militar de Cuiabá, Bruno de Oliveira Marques, determinou há pouco a soltura do corregedor geral da Polícia Militar de Mato Grosso, o coronel Alexandre Correa Mendes, e também do diretor de Inteligência da PM, tenente coronel Victor Paulo Fortes Pereira. Eles estavam detidos administrativamente desde a última sexta-feira acusados de vazar informações sigilosas de um inquérito policial militar que apura um grupo de oficiais e praças que fizeram intercpetações telefõnicas nos anos de 2014 e 2015 no Estado.
Mendes e Fortes foram denunciados pelo governador Pedro Taques (PSDB) de terem vazado na manhã de sexta-feira que o secretário afastado da Casa Militar, Evandro Lesco, e o também secretário-adjunto, Ronelson Barros, seriam alvos de uma operação através de mandados determinados pelo desembargador Orlando Perri de Almeida. A conversa teria sido ainda testemunhada pelos secretários Airton Siqueira, titular da pasta de Justiça e Direitos Humanos, e José Adolpho de Lima, da Casa Civil.
Após ser informado da situação, o governador encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rui Ramos, e ao coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro, que preside o inquérito que investiga o caso, cobrando providências. Com base no pedido de Taques, Catarino determinou as prisões alegando que os dois oficiais estariam tentando atrapalhar as investigações.
No pedido de liberdade dos dois oficiais, o advogado Hélio Nishiyama argumentou que o coronel reformado da PM, Jorge Catarino Morais Ribeiro, não poderia ter determinado a detenção dos dois oficiais por falta de provas. Também foi citado que Catarino não respeitou a hierarquia militar diante dos fato que os dois coroneis estão na ativa.
Hélio ainda destacou os dois militares só poderiam serem presos por decisão judicial. Mendes e Fortes devem se posicionar em relação as acusações do governador ainda nesta terça-feira.
Apesar de corregedor da PM, Alexandre Mendes decidiu não participar mais das investigações de grampos telefônicos ilegais no Estado. Em ofício ao comando da corporação, ele detelhou que foi informado pelo desembargador Orlando Perri de que seu telefone pessoal foi alvo de "barriga de aluguel" em setembro de 2014, mais precisamente durante a campanha eleitoral.
Mendes e Fortes haviam recebido uma prisão administrativa de 30 dias. Eles já deixaram o Comando Geral da PM.
OUTROS PRESOS
Após a denúncia no Fantástico (Rede Globo) do esquema de arapongagem sobre centenas de autoridades, a Justiça já determinou a prisão de quatro coroneis e dois praças da PM. No dia 23 de maio, o juiz Marcos Faleiros determinou a prisão do coronel Zaqueu Barbosa, ex-comandante da PM, e do cabo Gerson Luiz Correa Júnior.
Já na última sexta-feira, além de Lesco e Barros, o desembargador Orlando Perri mandou prender o tenente coronel Januário Antônio Edwiges Batista, comandante do 4º Batalhão da PM em Várzea Grande, e o cabo Euclides Luiz Torezan, que estava cedido ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Todos seguem presos em unidades da PM nas duas maiores cidades do Estado.
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