BARREIRO
PMs alteraram cena do crime
Militares que trocaram tiros com policial civil e o marido dela recolheram as armas do local
PUBLICADO EM 29/04/15 - 20h23
Três policiais militares participam, supostamente, de um tiroteio inesperado, um mecânico morre e uma policial civil é atingida. Mesmo assim, eles vão embora com as armas do “episódio”, sem prestar socorro, e informam no boletim de ocorrência que uma pistola (roubada de outro militar, em 2013), era do morto. O Código de Processo Penal determina que toda cena de crime deve ser inteiramente preservada, mas os policiais, nesse caso, ignoraram a lei. Esse é só um dos vários desencontros de que ainda não se tem respostas nesse crime.
“Como eles (militares) levaram as armas, não sabemos se as que estavam no batalhão são as mesmas do crime. Eles teriam que acionar outra guarnição que assumisse as armas no local, principalmente por estarem envolvidos”, explicou o delegado responsável pela investigação, Alexandre Oliveira da Fonseca, da Delegacia de Homicídios do Barreiro.
O crime ocorreu na noite desta terça-feira, e os policiais, que estão agora no quartel da PM, foram autuados em flagrante por homicídio consumado e tentativa de homicídio e responderão por disparo de arma de fogo, omissão de socorro e fraude processual – esse último se deve à alteração da cena do crime.
O mecânico Filipe Sales, 32, levou oito tiros, sendo quatro nas costas, de policiais que estariam praticando “tiro ao alvo”, à paisana e com armas particulares. O local escolhido por eles para o treinamento extraoficial foi uma mata ao lado da casa da policial civil Fabiana Aparecida Sales, mulher do mecânico, que foi atingida por dois disparos. A condição de saúde dela é estável.
Quebra-cabeças. Será a partir das respostas da policial, que será ouvida formalmente nesta quinta-feira, que o “quebra-cabeça” desse crime começará a se encaixar. Também nesta quinta-feira, segundo o delegado Fonseca, serão divulgadas informações mais concretas da linha de investigação, incluindo execução.
A que se tem até o momento é que Fabiana e o marido escutaram os tiros e foram à mata armados ver o que estava acontecendo. “Sabemos que a vítima (Sales) trabalhava no ramo da venda de ouro e estava tentando tirar porte de arma de fogo na Polícia Federal”, disse o delegado-chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa, Osvaldo Wiermann Júnior.
Além de grande quantidade de projéteis, foram encontrados na mata barras de sabão, balões e tábuas, que seriam usadas como alvos.
Bestia
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henrique
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