O estudante de ciências sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, foi internado em estado grave após um golpe de cassetete no rosto, desferido por um policial militar durante manifestação na última sexta-feira (28). O golpe desfigurou seu rosto, levando-o a passar por procedimento cirúrgico grave neste sábado (29) e colocando sua vida em risco.
O PM em questão, como mão repressora do Estado, já esteve envolvido em pelo menos quatro ocorrências de agressão, inclusive contra menores em situação de rua – casos ocorridos entre 2008 e 2010. Sua pancada foi tão forte que quebrou o cassetete no rosto do universitário com apenas um golpe, levando ao traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas que desfiguraram seu rosto.
A vítima corria quando foi atingida brutalmente pelo PM. O cassetete se partiu com a violência do golpe. Veja:
Diversas fotos e vídeos foram divulgadas nas redes sociais, tanto ao vivo quanto nos dias em que se seguiram, em defesa dos manifestantes e contra a truculência dos fascistas da PM. Em um dos vídeos é possível ver que há uma confusão no local e a ação da polícia contra os grupos, onde Mateus aparece correndo sozinho, de forma inofensiva, quando é atingido do nada na cabeça indo ao chão imediatamente. Em geral, foi possível ver participantes dos protestos relatando os abusos, como as imagens de uma mulher sendo espancada junto a uma criança por golpes de, pelo menos, quatro policiais.
Essa verdadeira ditadura atual é grave, sendo reforçada pelo cinismo, visível nas notas de “esclarecimento” – já conhecidas da direita inimiga do povo – onde declararam sobre mais esse caso de agressão: “a corporação condena veementemente as agressões sofridas, a SSPAP não compactua com esses atos que ferem a ética da corporação cuja missão é proteger vidas”. Também esconderam o fato de que a versão da corporação mudou durante o dia, inicialmente declarando não haver relato de confronto. Mais tarde, quando vídeos e fotos evidenciaram o fato, alteraram sua declaração.
A PM goiana do governador Marconi Perillo (PSDB), dispara seu número de mortes de forma alarmante, já sendo muito bem conhecida pela maneira fascista como trata estudantes e trabalhadores. No maio do ano passado, por exemplo, reprimiu com violência – uso de bombas de gás e cassetetes – diversas manifestação de estudantes secundaristas, que protestavam contra a privatização da educação por meio de Organizações Sociais (OS) e a militarização do ensino público no Estado. Na ocasião foram feridos vários estudantes e tantos outros foram detidos na ação fascista da PM.
A polícia está subordinada aos interesses da burguesa golpista contra os trabalhadores. Os movimentos populares não podem aceitar os ataques dessa corporação, devendo se organizar para responder à altura a caça aberta aos trabalhadores no País. Por isso é urgente lutar contra o golpe que aprofunda a violência e a ditadura aberta dos golpista contra o povo.
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