Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Em cada batalhão da PM tem um grupo de extermínio”

Por Tatiana Merlino
Fonte: Caros Amigos
Em cada batalhão da PM tem um grupo de extermínio”Primeiro, identificam-se os “bilões” de cada batalhão, que, na gíria  da Polícia Militar (PM), são os policiais mais violentos. Depois, eles  são chamados para integrar os “caixas-dois”, como são conhecidos os  grupos de extermínio de cada batalhão.Para o “trabalho”, geralmente usam viaturas da Rota e da Força Tática – ou Forjas Trágicas, como são  apelidadas. O caixa-dois é formado por três integrantes, sendo um deles  escoltado até um local seguro, onde tira a farda, coloca uma roupa civil e usa uma moto ou um carro para orientar ou executar os assassinatos.  Geralmente, atuam em sua área de circunscrição de trabalho.
Quando o serviço acaba, chega uma viatura, encarregada de recolher as cápsulas e pedir para o pessoal do comércio lavar o local. O importante é adulterar a cena do crime. Em seguida, coloca-se a vítima no carro,  e, mesmo que esteja morta, ela é levada ao hospital. Quando necessário,  usam o “kit vela” ou “kit flagrante”: uma porção de entorpecente e uma  arma fria colocada na mão do cadáver, para justificar o homicídio. Às  vezes, também deixam um celular junto à vítima.
“O caixa-dois funciona quando não dá para fritar na resistência  [justificar o assassinato como decorrência de suposto confronto com a  PM]”, explica um policial civil, que investigou grupos de extermínio  formados por policiais militares. “A maior parte deles participa do  negócio, mesmo quem não mata. É até uma questão de subordinação  hierárquica ao ao comando.”
Na maioria dos casos de extermínio, seja na capital, litoral ou interior, o modus operandi das ações é praticamente o mesmo. Atiradores em carros de cores escuras,  vestindo toucas ninja e roupas pretas, e manejando, na maioria das  vezes, armas de calibres 9mm, .380 ou .40.
PUNIÇÃO
A regra do batalhão é: o PM se negou a torturar, a matar? Vai para o  PAO: Pelotão de Apoio Operacional, espécie de punição dada pelo comando  de alguns batalhões da PM paulista a policiais que se negam a participar de ilegalidades e abusos, como torturas, matanças e grupos de  extermínio. O castigo consiste em fazer ronda do lado de

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