O mal-entendido gerou tensão entre as polícias no fim de semana
Marjorie Basso
Uma confusão no fim de semana estremeceu a relação entre as polícias Civil e Militar em Balneário Camboriú e, a menos que uma medida seja tomada logo, o clima pode piorar.
O responsável pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Balneário Camboriú, delegado Osnei de Oliveira, informou ontem que pretende entrar com uma ação judicial contra a Polícia Militar e outra contra o Estado por conta da prisão, segundo ele equivocada, de um policial de sua equipe.
O caso começou, de acordo com o delegado, por volta das 4h30min de sábado quando um PM atirou contra um dos investigadores da DIC. O disparo não atingiu o policial civil, que foi algemado e preso em seguida.
Estava ocorrendo uma confraternização da DIC e esse policial chegou lá para supostamente atender uma ocorrência. Primeiro disse que era em função de ter uma pessoa armada, depois que se trataria de um assalto — conta o delegado.
O mal-entendido foi em um salão de festas anexo a uma loja na Avenida Alvim Bauer. Quatro policiais da DIC permaneciam no local quando um PM atirou contra um deles, segundo o delegado. Em seguida dois policiais militares entraram no local e a situação só não se agravou porque, ainda conforme o delegado, os investigadores não reagiram.
Oliveira, que havia deixado a confraternização por volta da 1h, foi acionado e foi à delegacia da comarca, para onde o policial havia sido levado. Lá, após se inteirar da situação, o delegado disse que ouviu o policial militar apresentar versões distintas para justificar o disparo contra o investigador.
Ele chegou a dizer que o policial (civil) o insultou e disse em depoimento que eu cheguei na delegacia em visível estado de embriaguez. Tenho receita médica de medicamentos que estou tomando e por isso nem posso beber — diz.
O delegado esclarece que a confraternização era dos policiais da especializada e os presentes estavam em horário de folga. Segundo ele, além de levar o investigador preso o policial militar também insultou os demais civis.
Além de tudo houve violação de domicílio. Espero que a Secretaria de Estado de Segurança Pública tome providências e de agora em diante só discuto com eles (PM) no papel — enfatiza Oliveira, que diz ter feito todas as comunicações cabíveis, inclusive ao comando da PM.
O comandante da 3ª região da Polícia Militar, tenente-coronel Atair Derner Filho, informou que as providências sobre o caso estão sendo tomadas. A corporação instaurou um inquérito policial militar para apurar o que houve. De qualquer modo, a PM entende que se tratou de um fato isolado que não vai abalar a relação entre as polícias.
O SOL DIARIO
Nenhum comentário:
Postar um comentário