Agente chegou a dizer ainda que eles estavam armados, o que é rebatido pelos parentes das vítimas
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O pescador Wanderson Jesus Martins, 23, que tinha assinado a carteira de trabalho no último dia 4 como carregador, foi morto nesta terça em operação da polícia na Ilha
Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
Rio - Em depoimento na Divisão de Homicídios da Capital (DH), um policial civil que participou da operação no Morro do Dendê, nesta terça-feira, admitiu ter atirado nos moradores Gilson da Silva dos Santos, de 12 anos, e Wanderson Jesus Martins, de 23 anos. O agente chegou a alegar que os dois estariam armados. Porém, esta versão é negada pelos famíliares das vítimas, que afirmam que eles estavam comprando pão em uma padaria quando foram baleados.
As mortes geraram protestos de moradores da comunidade ontem em frente à 37ª DP (Ilha do Governador) e nas proximidades do Dendê. Um grupo chegoua entrar em conflito com policiais, que usaram bombas de efeito moral para disperar os manifestantes. O comércio foi fechado durante o protesto.
Em entrevista ao DIA , parentes do Wanderson Martins acusaram os policiais pela morte do pescador e da criança, antes mesmo do depoimento do agente. Os corpos das vítimas foram velados nesta manhã no Cemitério do Cacuia, no mesmo bairro, e serão enterrados nesta tarde.
"Minha mãe está melhor agora, já chorou, se conformou, a ficha caiu. A namorada dele está em estado de choque. O filho do Wanderson, de 4 anos, já sabe que o pai morreu. Ele está com um vizinho nosso", contou um parente do pescador. Ao DIA , o familiar relatou relatou como foram mortos o adolescente e o homem.
"Eles eram amigos e estavam nessa padaria que funciona no quintal de uma casa. O Wanderson tinha ido comprar pão para o seu filho ir para a escola. Quando o helicóptero da polícia começou a atirar, eles se esconderam dentro de um banheiro na padaria, com medo. Os policiais, que estavam a pé, mandaram eles saírem de dentro da padaria. Assim que o Wanderson saiu, os policiais atiraram contra ele. Eles deram um tiro primeiro na perna e depois na barriga", relatou.
De acordo com o familiar, o menor, que estava no chão do banheiro, viu o Wanderson ser morto pelos policiais. "Eles deram três tiros para dentro do banheiro. Um pegou na cabeça, outro atingiu o peito e o terceiro foi no braço da criança", disse. Ainda segundo o familiar, após atirarem nos dois moradores do Dendê, os policiais espalharam próximo aos corpos drogas que estavam em uma mochila que havia sido apreendida com traficantes.
Manifestantes protestaram contra mortes no Dendê e lançaram pedras contra policiais na Ilha; Agentes usaram bombas e comércio da região foi fechado
Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia
De acordo com a Polícia Civil, as armas dos policiais envolvidos na ação foram apreendias para perícia. No local onde ocorreram as duas mortes, já foi realizada perícia e a Delegacia de Homicídios da Capital (DH) instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do caso. Testemunhas e familiares de Gilson e Wanderson prestaram depoimento na tarde desta terça-feira.
- Jack Vagner · Quem mais comentouNESSA HORA TODO MUNDO ESTÁ COMPRANDO OU ESTAVA TRABALHANDO NUMA OBRA COMO SEMPRE. PARABÉNS AO POLICIAL E AOS POLICIAIS CIVIS! COMO OS CIDADÃOS DE BEM QUE MORAM NO ASFALTO ESTÃO MORRENDO NAS MÃOS DOS DE MENORES FAVELADOS, ENTÃO NÃO HÁ PORQUE TER PIEDADE QUANDO UM FAVELADO MORRE, ATÉ PORQUE NENHUM FAVELADO FAZ MANIFESTAÇÃO QUANDO MORRE UM INOCENTE NAS MÃOS DE BANDIDOS COMO FOI NO CASO DO MÉDICO QUE FOI MORTO COVARDEMENTE POR MENORES, E QUE PROVAVELMENTE SÃO MORADORES DE FAVELAS, QUE NA VERDADE SÃO LUGARES LIXO. TENHO MINHAS DÚVIDAS QUANTO A INOCÊNCIA DESSES DOIS QUE MORRERAM.
- Aline Bonifácio · Seguir · Quem mais comentou · Jornalista: Assessoria de Imprensa e Comunicação Interna na empresa UFF
- Osman Osmarino · Quem mais comentouA RESPOSTA
Só há uma resposta para a conclusão que se chega sobre os mesmos tipos de crimes que ora e outra se repetem em territórios não tão diferenciados em todo o entorno que se forma a cidade partida, feudalizada e sitiada pela criminalidade desmesurada e imperante no cotidiano cacete da população cada vez mais refém e alvo da intolerância dos algozes da hora, como se tem sido até então.
Ah, sim, a resposta: "BANALIZAÇÃO"
osman16:37cidadedeniteróirj4ªfeira20maioano2015oanod ocarneiro demadeira - Joacir José Almeida · Seguir · Quem mais comentou · Self-employed na empresa Técnico em contabilidadeJá tomaram o depoimento do dono da padaria?
- Reinam Dutra Sereno · Seguir · Escola da vidaO Delegado vai dizer que o cara que atirou, era um PM, que estava sem farda.
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