Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Os grupos de extermínio em Goiás revela um Estado sem lei

Pubicado em: seg, jun 17th, 2013


OPERAÇÃO RESGATEA ampla divulgação dos acontecimentos escandalosos que vêm ocorrendo dentro da Segurança Pública de Goiás, tomou tamanha notoriedade que é impossível a qualquer cidadão aceitar de forma passiva as práticas horríveis e desrespeitosas por parte de integrantes das polícias de Goiás.
Operação Resgate
O último caso repercutido de forma negativa para o Estado foram as investigações da Polícia Civil na “Operação Resgate”, que desarticulou um grupo de extermínio composto por policiais militares, com a conivência do comandante, conforme foi mostrado em escuta telefônica autorizada pela Justiça, e que culminou com a prisão dos 17 policiais militares, acusados de fazerem parte do grupo em Goianira, distante a 30 km da capital Goiânia.
O delegado de polícia em Goianira, Ralph de Melo Gonzaga e o escrivão Áureo Nunes Tapajós foram afastados dos cargos, já que os mesmos são suspeitos de omissão nas investigações dos crimes, ocorridos no município. As prisões aconteceram no dia 09/06 em uma ação conjunta entre a Polícia Militar e Civil. Os dois servidores afastados, recentemente foram homenageado pela Assembleia Legislativa com a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, pelos relevantes serviços prestados na segurança pública de Goianira.
Embora não seja um caso isolado de Goiás, mas uma realidade de um quadro existente em todo país, as milícias e os grupos de extermínios compostos por policiais trás a tona discussões sobre o caminho da segurança pública e os novos conceitos que precisam com urgência de reformulação, tanto em sua base, quanto em sua fiscalização e punição dos agentes envolvidos, em especial —, ações bem planejadas de investigações e reformulação das corregedorias, livre de interferência escusas a sua real atribuição que é a de vigiar e apurar a conduta dos agentes, que, estando à disposição do Estado, cometem crimes e banalizam a atribuição da instituição de segurança.
Operação Sexto Mandamento
Em 2011, quando foi deflagrada a Operação Sexto Mandamento, pela Polícia Federal em Goiás, cujo principal objetivo era de prender policiais envolvidos em casos de homicídios, sob a alegação de que as vítimas eram apontadas pelos militares envolvidos, como que se tivessem reagido a abordagens. Sexto Mandamento foi o nome da operação, fazendo alusão ao versículo da Bíblia, no sexto mandamento, onde diz: “não matarás”.
Nesta mesma operação, integrantes do alto comando, inclusive um ex-secretário da segurança pública de Goiás, foram apontados como suspeitos de promoção de patentes a policiais que faziam parte do grupo investigado por homicídios e ocultação de cadáver.  A operação contou com a participação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Ministério Público de Goiás, do Poder Judiciário de Goiás, da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, bem como com os Comandos da Polícia Militar e da Polícia Civil de Goiás.
Operação Monte Carlo
Em 2012, outra grande operação levou à prisão policiais civis, militares e rodoviários,  acusados de envolvimento com jogos ilegais com as máquinas caça-níqueis. Na ocasião, 82 mandatos judiciais foram cumpridos, dentre eles, 37 de busca e apreensão, 35 de prisão e dez ordens de condução coerciva em cinco estados, entre eles: Goiás, Distrito Federal (DF) e Rio de Janeiro (RJ). As ordens de prisão foram expedidas pelo juiz Paulo Augusto Moreira, da 11ª Vara Federal de Goiânia.
Dentre os presos, estava o empresário Carlos Cachoeira, apontando nas investigações como sendo o principal operador e mantenedor dos jogos ilegais em Goiás, principalmente os bingos. Os mandatos de prisão se entenderam contra seis delegados da Polícia Civil de Goiás, o corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública e Justiça e do Comandante do Policiamento da Capital, o Cel. Sérgio Katayama. Os presos foram acusados de receberam propina no esquema dos jogos ilegais, praticados em Goiás.
As propinas eram pagas na forma de uma pirâmide, ou seja, cada membro da organização tinha um papal a cumprir, desde policiais que recebiam para fazer vista grossa e abastecer viaturas, até comandantes e delegados, tudo para que as máquinas dos jogos ilegais pudessem funcionar em Goiás, sem que seus operadores fossem incomodados, apontou investigações da polícia.
A crise na segurança pública de Goiás
Depois de tantas investigações e prisões de autoridades do meio policial, Goiás vem sendo marcado por escândalos consecutivos, como se fosse uma ressaca de um tsunami e que vem comprometendo de forma gradativa e desgastante o governador  Marconi Perillo, que inclusive, recentemente foi apontando pela revista Carta Capital, de manter uma central de grampos telefônicos, onde seus desafetos políticos e mesmo membros de sua base partidária eram espionados.
Isaías Sousa

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