Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

sábado, 20 de abril de 2013

Policiais suspeitos de espancar e extorquir metalúrgico


VIOLÊNCIA

Em Maracaípe..

Vítima é usuária de drogas, mas foi confundida com um traficante e acabou espancada. Ele denunciou os acusados, que estão foragidos

Publicado em 24/08/2012, às 10h22

Do JC Online

Vítima apanhou por aproximadamente 1 hora /

Vítima apanhou por aproximadamente 1 hora

Cinco policiais militares e dois civis estão sendo investigados sob acusação de torturar e extorquir, na quarta-feira (22), um metalúrgico na Praia de Maracaípe, em Ipojuca, Região Metropolitana do Recife. De acordo com as investigações da Delegacia do Cabo, os policiais, integrantes da Equipe Malhas da Lei, do 18º Batalhão de Polícia Militar, cometeram a infração quando investigavam o tráfico de drogas na praia do litoral sul. Até então, apenas uma pessoa, um informante do grupo, foi presa. Os policiais são considerados foragidos.

O metalúrgico foi identificado como Carlos Deivson Soares de Arruda, 35 anos. Ele confessou ser usuário de drogas e contou para a polícia que a sessão de espancamento ocorreu na noite da última quarta-feira (22), quando ele foi até Porto de Galinhas comprar cocaína. Ao chegar na praia, foi abordado pelos policiais, que investigavam o tráfico de drogas na região e o confudiram com um traficante. Carlos contou que foi levado para dentro do mangue e espancado por aproximadanente 1 hora.

"Cada palavra que eu dava só aumentava o espancamento. Estava com uma corda amarrada no pescoço. A crueldade só parou quando um policial de uma viatura da PM chegou no momento que eu apanhava e disse aos policiais que me batiam que eu não era o traficante que eles procuravam", informou o metalúrgico Carlos Deivson.

Ao perceber o engano, e com o receio que a vítima denunciasse o caso, os policiais ameaçaram o metalúrgico e foram embora levando a moto de Carlos Deivson.

Sem se intimidar com a ameaça, a vítima foi até a Delegacia do Cabo para denunciar os agressores. No momento que estava na delegacia, recebeu um telefonema de um dos policiais envolvidos no espancamento. O militar cobrava R$ 5 mil para que a moto fosse devolvida. Orientado pelos policias da Delegacia do Cabo, Carlos Daivson marcou um encontro com os agressores em um posto de gasolina na PE-60.

Um flagrante foi montado e, no momento que recebia o dinheiro da extorsão, Osmar Vítor de Barros, que não é policial, mas trabalha como informante para os policiais que agrediram o metalúrgico, acabou detido. "Já sabemos o nome dos sete policiais envolvidos no espancamento e tortura. Fomos na casa deles, mas não conseguimos localizá-los. Mas vamos continuar as investigações", informou o delegado Antônio Resende. "Vou pedir a prisão preventiva dos sete", completou Resende.

O 18º Batalhão também vai abrir um processo administrativo para apurar o ocorrido.


Nenhum comentário:

Postar um comentário