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quarta-feira, 24 de abril de 2013

PM preso em operação comandou roubo


publicado em 31/05/2011 às 16h58: atualizado em: 31/05/2011 às 17h08 
Que resultou na morte de ambulante, diz Deic
Ao todo, sete foram detidos nesta terça-feira suspeitos de ataques a caixas eletrônicos
Fernando Gazzaneo, do R7




                    
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Grizar Junior/AE
O delegado Nelson Silveira Guimarães, diretor do Deic (Departamento de Investigação sobre Crime Organizado), afirmou que a quadrilha não era especializada apenas em roubo a caixas eletrônicos.

Um dos PMs presos nesta terça-feira (31) foi apontado pelo Deic (Departamento de Investigação sobre Crime Organizado) como o responsável pela tentativa de roubo que terminou com um ambulante morto na região do Ibirapuera, zona sul da capital, em abril deste ano. A informação foi confirmada pelo diretor do departamento, Nelson Silveira Guimarães. 

Segundo Guimarães, o policial, que está na corporação desde 2002, é suspeito de ser “o cabeça” de outros crimes na capital. Entre eles, estão uma tentativa de roubo a uma agência do
 banco Santander, na avenida Cupecê e um assalto à agência dos Correios, ambos na zona sul da capital. O PM também teria articulado um roubo à residência no Bom Retiro, região central da cidade. Nessa ocasião, dois homens foram presos vestindo uniformes da corporação. 

A operação, chamada de Caixa Preta, começou há dois meses e meio e já prendeu 26 pessoas de uma mesma quadrilha, sendo sete só nesta terça-feira. Entre elas, há quatro policiais militares (dois soldados e dois sargentos), um ex-PM, que foi expulso da corporação por brigar com um colega de
 trabalho, e outros dois homens.

O subcorregedor da Polícia Militar, Edson Silvestre, revelou que um dos PMs presos durante a operação já havia sido investigado por causa de uma infração durante uma operação.

De acordo ainda com o diretor do Deic, a quadrilha não era especializada apenas em roubo a caixas eletrônicos. Guimarães explicou, durante coletiva de imprensa, que investiga outras três quadrilhas, que atuam na Grande São Paulo e também em Campinas (a 98 km de São Paulo. O diretor do DEIC explicou ainda que esses grupos criminosos não atuam de maneira isolada no Estado.

- Nós já sabemos que essas quatro quadrilhas investigadas pela polícia atuam de forma interligada. Por exemplo, o comandante de uma delas pode ocupar um cargo de subordinado em outra organização criminosa.

O delegado ainda afirmou que, para proteger a investigação, não informaria se há outros PMs envolvidos nestas quadrilhas. Ele também estimou que "mais de cem pessoas" participam das quatro organizações criminosas.

Ação 

O diretor do Deic explicou que os policiais militares que participavam dos crimes não usavam fardas. Já os PMs que davam cobertura para os criminosos faziam este serviço durante o horário de trabalho na corporação. Magalhães não quis mais dar detalhes de como a quadrilha se articulava, mas deu alguns exemplos de como atuavam os policiais. 
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- Em um dos grampos telefônicos que fizemos ouvimos a conversa de um policial militar indicando uma mansão para os criminosos fazerem o serviço e depois avisando que a preta [jargão para policiais civis] estavam a caminho do local.

Em outra gravação feita pelo Deic, é possível ouvir um policial narrando todos os procedimentos para a explosão de um
 caixaeletrônico. Há também o registro de uma briga entre um sargento e outro PM, que não sabiam que participavam do mesmo esquema criminoso.

Um dos sete suspeitos presos, conhecido Andrezinho, era o responsável por aliciar policiais militares para dar cobertura aos crimes da quadrilha. Ele estava escondido em Manaus (AM) e foi detido logo após chegar em São Paulo.

Investigação da PM 

A Corregedoria da PM e a Polícia Civil investigam 26 policiais. A informação foi confirmada pelo comandante da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, na manhã desta terça-feira (31), à Rede Record. No último sábado (28), outros três policiais foram presos por tentar explodir o caixa de uma agência bancária, na avenida Armando Arruda Pereira, no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo.

Dois entraram pelos
 fundos e se preparavam para explodir os caixas, quando policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais), que passavam pelo local, desconfiaram e entraram no banco. 

Um terceiro policial foi preso suspeito de ajudar na ação. Ele estava em serviço, e, segundo a polícia, foi descoberto por causa de uma mensagem via SMS, avisando que o policiamento se aproximava do local em que os caixas seriam explodidos.

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