A Polícia de São Paulo concluiu o inquérito sobre as chacinas nas cidades de Osasco, Itapevi e Barueri, em agosto deste ano. A confirmação foi anunciada hoje (18) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Sete pessoas, seis policiais militares e um guarda civil metropolitano, foram indiciadas. Uma delas foi presa ainda em agosto e os demais em outubro, por suspeita de participação no crime.
Segundo a secretaria, o inquérito elaborado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) foi concluído no dia 1º de dezembro e encaminhado à Justiça do estado. A secretaria informou ainda que uma oitava pessoa foi presa por ameaça às testemunhas do caso. Os nomes não foram revelados porque o processo se encontra em segredo de Justiça.
A motivação dos crimes pelos quais elas foram indiciadas não foi informada. De acordo com a secretaria, nas chacinas ocorridas em Itapevi, Osasco e Barueri 23 pessoas morreram e sete ficaram feridas.
A Corregedoria da Polícia Militar prossegue com as investigações, que estão em fase de instrução.
Presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Rildo Marques criticou o fato do inquérito, apesar de concluído, seguir sob segredo de Justiça. Para ele, a sociedade precisa saber quem matou e o motivo pelo qual as chacinas ocorreram.
Jornal GGN - Ao menos quatro pessoas que testemunharam na apuração da Corregedoria da Polícia Militar sobre a chacina que deixou 19 mortos na Grande São Paulo tiveram seus dados, como nomes e endereços, divulgados no processo em trâmite na Justiça Militar, sem sigilo. Já na investigação conduzida pela Polícia Civil foi decretado segredo de justiça.
Um tenente da reserva, uma das testemunhas expostas na investigação da Corregedoria, disse que recebeu ameaças de morte através de telefonemas e pelas redes sociais, segundo a Folha de S. Paulo. Ele diz que vai processar o Estado por danos morais e que seu depoimento foi distorcido. "Meu nome foi vinculado como parte, não como testemunha".
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Jornal GGN - Documentos da Corregedoria da PM enviados para Justiça Militar mostram que ao menos sete dos 18 policiais militares suspeitos de participar nos ataques que deixaram 19 mortos na Grande São Paulo estavam de plantão no momento do crime. A informação pode ser um álibi na defesa dos suspeitos ou indicar omissão ou conivência dos superiores com a atuação dos PMs.
Os sete policiais integram o policiamento de moto do 42º Batalhão de Osasco, que é responsável pela patrulhamento na região dos ataques. 18 PMs que foram alvos de mandados de busca e apreensão cumpridos por ordem da Justiça Militar após pedido da corregedoria.
Da Folha
Pelo menos sete dos 18 policiais militares suspeitos de participação nas mortes em série de duas semanas atrás na Grande São Paulo estavam de plantão na corporação no momento do crime.
A informação, que consta de documentos enviados pela Corregedoria da PM à Justiça Militar, pode ser um álibi na defesa dos suspeitos ou indicar que seus superiores foram omissos ou coniventes com a atuação dos policiais.
Os assassinatos numa só noite em Osasco e Barueri totalizaram 19 nesta quinta-feira (27), após a morte de uma garota de 15 anos que estava internada desde a noite do crime.
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Jornal GGN - Morreu, na madrugada desta quinta-feira (27), a estudante Letícia Vieira Hillebrand da Silva, de 15 anos, que estava internada no Hospital Regional de Osasco depois de levar um tiro no abdômen, se tornando a 19ª vítima dos ataques ocorridos no último dia 13 em Osasco e Barueri.
Letícia foi baleada junto com uma amiga, quando voltava para casa. Ela é a única mulher entre as vítimas.
Da Folha
A estudante Letícia Vieira Hillebrand da Silva, 15, morreu na madrugada desta quinta-feira (27) e se tornou a 19ª vítima da série de ataques em Osasco e Barueri (Grande SP) no dia 13.
Ela era uma das seis pessoas que tinham ficado feridas na noite do crime. Estava internada no Hospital Regional de Osasco após levar um tiro no abdômen, mas não resistiu e morreu com infecção abdominal.
Letícia é a única mulher dentre os 19 mortos. A adolescente foi baleada com uma amiga, uma motorista de 27 anos que já recebeu alta, quando voltava da casa de colegas.
Ela era filha única e cursava a sétima série em uma escola estadual. "Era uma jovem de talento, que poderia ter um bom futuro. E nos deixou dessa forma", disse uma professora durante o enterro de Letícia.
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Jornal GGN - Ações da Corregedoria da Polícia Militar contra os suspeitos de participar da chacina ocorrida na Grande São Paulo tem causado mal-estar com a força-tarefa criado pelo governo estadual para investigar os assassinatos. A Corregedoria tem tomado iniciativas isoladas e sem o conhecimento dos integrantes da força-tarefa, formado por policiais civis.
Eles acreditam que as ações do órgão da PM pode ter alertado eventuais suspeitos e atrapalhado as investigações. Entre sexta e sabádo, a Corregedoria apresentou dois pedidos de busca e apreensão contra 18 policiais e um segurança particular suspeitos de envolvimento nos assassinatos. Segundo a Folha de S. Paulo, os policiais da força-tarefa só tomaram conhecimento das buscas através da imprensa. Ainda de acordo com o jornal, delegados teriam cobrado uma ação do governo para frear a Corregedoria.
Da Folha
Entre sexta (21) e sábado (22), a PM apresentou dois pedidos de busca e apreensão contra 18 policiais e um segurança particular suspeitos de envolvimento nos assassinatos em Osasco e Barueri, na noite do último dia 13.
Os pedidos foram atendidos pela Tribunal de Justiça Militar e, assim, a Corregedoria apreendeu objetos que podem ajudar no esclarecimento dos crimes. Tudo isso, porém, sem o conhecimento dos integrantes da força-tarefa, todos eles de diferentes departamentos da Polícia Civil.
Essa iniciativa isolada da PM irritou membros desse grupo. Na visão deles, alertou eventuais suspeitos e pode ter atrapalhado a apuração.
Jornal GGN - Nesta quarta-feira (26), o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), pedirá para a Justiça a prisão temporário de Fabrício Emmanuel Eleutério, policial militar suspeito de participar da chacina ocorrida e Osasco e Barueri no dia 13. Eleutério foi reconhecido por uma das testemunhas como o autor do disparo que deixou uma pessoa ferida.
Em sua defesa, oss advogados do policial apresentaram gravações, documentos e mensagens de celular que comprovariam sua inocência. Em prisão administrativa desde o sábado, o PM responde a cinco processos e já havia sido preso em 2013, sob suspeita de integrar um grupo de extermínio.
Jornal GGN - Preso sob suspeita de envolvimento na chacina ocorrida na Grande São Paulo, o soldado Fabrício Emmanuel Eleutério, integrante das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, responde a cinco processo e já foi preso em 2013, suspeito de fazer parte de um grupo de extermínio. Antes da prisão, ele atuava na área administrativa da corporação e era obrigado a cumprir medidas restritivas como ficar em casa aos finais de semana e não se aproximar de testemunhas de processos.
Eleutério é o primeiro preso suspeito de participar dos ataques em Osasco e Barueri, que deixaram 18 mortos.
Do Estadão
Soldado Fabrício Emmanuel Eleutério nega, mas foi reconhecido por testemunha e já responde a cinco processos
O soldado Fabrício Emmanuel Eleutério, integrante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), está preso administrativamente sob suspeita de envolvimento na chacina de Osasco e Barueri, que deixou 18 mortos. O PM foi reconhecido por uma fotografia mostrada a uma testemunha, que o identificou como autor do disparo que feriu uma pessoa na Rua Suzano, no bairro Vila Menck, em Osasco, um dos dez pontos de ataque. Ele é o primeiro suspeito detido nas investigações do caso.
Da Folha
Hélio Schwartzman
SÃO PAULO - A PM paulista se referiu aos policiais suspeitos de ter liderado a chacina do último dia 13 como "bandidos que integram temporariamente a instituição". É isso mesmo? Esse gênero de crime é resultado apenas de algumas maçãs podres que se infiltraram na corporação ou há algo de institucional aí?
Gostamos de pensar o delinquente ou como um maluco que não controla suas ações, ou como um agente racional que decide cometer crimes pesando fatores como benefício esperado e a chance de ser apanhado.
Experimentos conduzidos por pesquisadores como Dan Ariely sugerem que as coisas podem ser mais complicadas. Pelo menos em condições de laboratório, as pessoas incorrem mais em infrações à norma quando têm a oportunidade de racionalizá-las do que quando o pesquisador aumenta a probabilidade de o trapaceiro não ser apanhado.
Jornal GGN - Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) fizeram um ato em uma aula do professor e secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, na manhã de ontem (24). Os alunos queriam protestar contra a chacina ocorrida na Grande São Paulo, que resultou em 18 pessoas assassinadas. O secretário, que integra o Departamento de Direito de Estado da faculdade, foi convidada para participar de uma audiência pública que vai acontecer hoje (25), em Osasco.
Do Estadão
Estudantes disseram que a prática é 'institucionalizada' na PM e cobraram presença de Alexandre de Moraes em audiência pública
Cerca de 40 estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) fizeram uma intervenção em uma aula da graduação do professor e secretário da Segurança Pública Alexandre de Moraes na manhã desta segunda-feira, 24.
O objetivo dos alunos foi protestar contra a chacina em Osasco, região metropolitana, em que 18 pessoas foram assassinadas no dia 13 deste mês. O ato foi pacífico e durou poucos minutos. Além disso, os estudantes convidaram o secretário, que é docente do Departamento de Direito do Estado da instituição, a participar de uma audiência pública que ocorerrá nesta terça-feira, 25, em Osasco. O convite também foi feito em outras salas além da que Moraes lecionava.
Jornal GGN - Em sua primeira manifestação pública sobre a chacina que deixou 18 mortos em Osasco e Barueri, a Polícia Militar do Estado de São Paulo disse que não se pode generalizar “toda uma classe de trabalhadores por causa de atos supostamente praticados por bandidos que integram temporariamente a instituição”. A Corregedoria da PM investiga a participação de 19 suspeitos no crime, sendo que 18 seriam policiais militares e um civil casado com uma policial.
No final de semana, a Corregedoria cumpriu mandados de busca e apreensão em residências de PMs, procurando indícios que provem a participação de suspeitos nos ataques. Dois sobreviventes disseram ter visto um veículo da PM acompanhando um dos carros que transportava os atiradores.LEIA MAIS »
Jornal GGN - Na manhã de ontem (20), um grupo de integrantes da ONG Rio de Paz fez um ato em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), cobrando do Governo do Estado de São Paulo o esclarecimento sobre a autoria da chacina que deixou 18 mortos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, na semana passada.
Do Estadão
Ao menos dez manifestantes usaram mordaças e ficaram por cerca de uma hora segurando faixa com a inscrição: 'Quem matou os 18?'
SÃO PAULO Integrantes da ONG Rio de Paz fizeram um ato na manhã desta quintafeira, 20, em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na região da Avenida Paulista, contra a chacina que resultou em 18 mortes e deixou seis feridos em Osasco e Barueri no último dia 13.
TER, 18/08/2015 - 15:57
ATUALIZADO EM 18/08/2015 - 16:01
Jornal GGN - A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que a Corregedoria da Polícia Militar irá ouvir todos os policiais militares que trabalhavam em Osasco e Barueri na noite da chacina que deixou 18 mortos.
32 PMs do 42º batalhão, de Osasco, e do 20º batalhão, em Barueri, prestarão depoimentos na condição de testemunhas para colaborar nas investigações.
Nesta segunda (17), o secretário de Segurança Pública também disse que tem uma lista dos suspeitos dos ataques na Grande São Paulo, afirmando que eles foram praticados por ao menos dez pessoas, divididas em três grupos.
Da Folha
A Corregedoria da Polícia Militar começa a partir desta terça-feira (18) a ouvir todos os policiais militares que trabalhavam em Osasco e Barueri, na Grande SP, na noite da chacina mais violenta do ano.
Pelo menos 10 criminosos participaram da chacina em que 18 pessoas foram assassinadas na semana passada na Grande São Paulo. Segundo o secretário de Estado da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, as investigações identificaram três grupos responsáveis pelos ataques feitos na última quinta-feira (13) em Osasco, Barueri e Itapevi. “São, no mínimo, 10 criminosos envolvidos. As imagens apontam que havia quatro pessoas no [carro] Peugeot e mais duas em uma motocicleta, em Osasco”, disse hoje (17) Moraes.
As testemunhas começaram a ser ouvidas. Ainda na tarde de hoje, deverão ser tomados os depoimentos das vítimas que sobreviveram à chacina. Três baleados permanecem internados, sendo um em estado grave. Os laudos indicam o uso de armas de quatro calibres: 380, 45, 38 e 9 milímetros (mm). O caso é investigado por uma força-tarefa composta por 70 policiais civis e técnico-científicos, além da Corregedoria da Polícia Militar.
SEG, 17/08/2015 - 13:50
ATUALIZADO EM 17/08/2015 - 14:00
Da Revista Fórum
“Hoje era para todo mundo estar de preto, em respeito às vidas que foram tiradas. Mas eu sei de uma coisa: aqui na Paulista não tem disparo acidental. Na periferia tem, todo dia. E o que acontece com o policial que causou isso? Nada”, disse Julio César Mendes. Assista a seu depoimento
Por Redação
Os manifestantes que, neste domingo (16), foram à Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra a corrupção confirmaram sofrer de indignação seletiva. Um rapaz que carregava cartaz relembrando as vítimas da chacina em Osasco diz ter sido “convidado a se retirar” do protesto.