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quarta-feira, 16 de abril de 2014

A verdade virá à tona...

A verdade virá à tona...


Pedimos licença para a publicação de mais um artigo do colunista Luis Tôrres, que transmite à sociedade o que poderá ser mais um escândalo envolvendo supostos defensores dos direitos humanos (sim, eles também não são ‘santos’; uma rápida pesquisa no Google nos leva a essa constatação).
A direção do presídio feminino Júlia Maranhão, de João Pessoa, vem sofrendo constantes perseguições por alguns setores de seriedade duvidosa, e eis que, agora, após o resultado de uma sindicância da Secretaria da Administração Penitenciária, “o feitiço pode virar contra o feiticeiro”.
Busquemos a verdade e lutemos pela justiça.
Confira o artigo:

DETALHES DE RELATÓRIO REVELAM FALSIFICAÇÃO DE CARTAS CONTRA DIRETORA DE PRESÍDIO FEMININO
O resultado final da sindicância  que  apurou  denúncias de tortura  no  presídio  feminino  Júlia  Maranhão,  em   João Pessoa, dá  mote para outras investigações. Entre as constatações  a que chegaram os membros da Comissão (na foto  ao  lado),  após  ouvir  testemunhas   e   analisar documentos, uma foi a de que foram anexadas à  denúncia, formulada  pelo  Conselho  dos  Direitos  Humanos,  cartas falsificadas contra a diretora Cinthya Araújo. 

Anunciadas como se fossem escritas por apenadas, as tais cartas anônimas apresentavam trechos inteiros semelhantes, apesar de terem  supostamente sido escritas por pessoas e períodos diferentes.  Ao comparar as cartas, constatações impressionantes. Além disso, algumas cartas traziam as apenadas falando em Ditadura Militar e outros termos que dificilmente fariam parte do vocabulário de pessoas de baixa instrução.
Veja trechos do relatório:
Numa carta, fls. 299, uma detenta relata que “... presenciei uma cena diguina de ditadura militar...” . Indaga-se: Em que pese a média de idade das apenadas do Júlia Maranhão ser de 35 anos ou menos, como pode uma pessoa sem muita instrução ter conhecimento de como era uma cena na época da ditadura militar, que teve seus tempos de tortura no fim da década de 60 inicio da de 70, ou seja, muitos anos antes do nascimento das supostas missivistas?

Outro fato relevante é que na quase totalidade das cartas as detentas relatam que viram a presa Adriana sendo torturada e sofrendo agressões. Como poderiam ter presenciado tais cenas se Adriana estava no isolado e que as celas/pavilhões não tem a visão de tal local?
A sindicância afastou a veracidade das denúncias. Pra afastar a tese de que a apenada Adriana Paiva cometeu suicídio por causa de ser vítima de torturas, a sindicância apresentou diversas evidências. A primeira de que a apenada já sofria de distúrbios psíquicos e ficou internado no hosptal psiquiátrico Juliano Moreira de 2005 a 2009. Depoimentos da própria mãe da apenada, de outras detentas e de um juiz também reforçaram a tese do desequilíbrio mental de Adriana.
A questão agora é saber quem foi responsável por forjar cartas denunciando torturas nos presídios. E se houve conivência de membros do Conselho dos Direitos Humanos. Parodiando o velho Umberto Eco, para quem todo livro supõe outro, toda investigação dá mote pra outra. 

Matéria retirada na íntegra do site ParaibaemQAP com Luis Tôrres | 03 MAI 2013 | 09:18

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