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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Delegados de Polícia de Goiás são presos

29/ 02/ 2012 | Categoria: Justiça, Polícia

  Suspeitos de integrar quadrilha dos caça-níqueis...

Durante toda a investigação, que durou cerca de 15 meses, foram identificados integrantes do grupo criminoso infiltrados na área de segurança pública

Goiânia/GoiásNa data de hoje (29), o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) e a Polícia Federal no Distrito Federal (PF/DF), com auxílio do Escritório de Inteligência da Receita Federal em Brasília, deflagraram uma operação contra a máfia dos caça-níqueis com atuação em Goiás e Distrito Federal e em mais quatro estados (ES, PA, RJ e TO), que operava há mais de 17 anos com a conivência de algumas autoridades de segurança pública.
Foram cumpridas pela PF oito prisões preventivas, 27 prisões temporárias, 10 ordens de condução coercitiva e buscas e apreensões em diversas localidades.
Carlinhos Cachoeira ganhou as manchetes nacionais em 2004 após parecer em uma gravação com o então presidente da Loterj, Waldomiro Diniz, que pedia propina para facilitar a entrada do empresário no mercado de jogos de azar no Rio de Janeiro. O dinheiro seria para a campanha eleitoral do PT e do PSB. O caso foi o primeiro escândalo de corrupção do governo Lula - Foto: Reprodução/Sebastião Nogueira/O Popular
Carlinhos Cachoeira ganhou as manchetes nacionais em 2004 após parecer em uma gravação com o então presidente da Loterj, Waldomiro Diniz, que pedia propina para facilitar a entrada do empresário no mercado de jogos de azar no Rio de Janeiro. O dinheiro seria para a campanha eleitoral do PT e do PSB. O caso foi o primeiro escândalo de corrupção do governo Lula - Foto: Reprodução/Sebastião Nogueira/O Popular
O trabalho articulado entre o MPF/GO e a PF/DF conseguiu desvelar uma quadrilha com exploradores diretos dos pontos em Goiânia e Valparaíso de Goiás, ou seja, galpões onde as máquinas caça-níqueis estão clandestinamente instaladas. Constatou-se a exploração cartelizada, com autorização a partir de um centro de comando, localizado em Goiânia e liderado por Carlinhos Cachoeira, um forte articulador que, com considerável poderio econômico, determinava o fechamento e abertura de casas de jogos no território de seu domínio. Verificou-se que, caso alguém ousasse abrir pontos de jogos no território dominado pelo grupo criminoso, policiais a serviço da organização eram demandados a fechar tais casas, mediante pagamento de propina.
Além de tal função, os agentes de segurança pública que atuavam em prol da organização criminosa, mediante o pagamento de propina, davam suporte ao normal funcionamento das casas do grupo, seja não realizando ações interventivas, seja comunicando os criminosos sobre iminentes trabalhos dos órgãos de persecução no enfrentamento à organização, especialmente para que as casas e máquinas caça-níqueis fossem transferidas de local.
“O grupo foi constituído e se especializando, ao longo do tempo, com clara estrutura empresarial voltada para fomentar, manter, estimular de forma cartelizada, um lucrativo mercado de exploração ilícita de jogos de azar. Vislumbra-se uma estrutura organizacional e piramidal complexa, com funções bem definidas na estrutura empresarial. A sua existência por mais de uma década foi suficiente para montar e organizar uma estrutura estável e entranhada no seio do Estado, com, inclusive, a distribuição centralizada de meios de comunicação para o desenvolvimento das atividades, com o objetivo de inviabilizar a interferência das agências sérias de persecução” enfatizam os procuradores da República Daniel de Resende Salgado, Lea Batista de Oliveira e Marcelo Ribeiro de Oliveira, responsáveis pelo caso.
Durante toda a investigação, que durou cerca de 15 meses, foram identificados como integrantes do grupo criminoso infiltrados na área de segurança pública: 02 Delegados de Polícia Federal de Goiania, 06 Delegados da Polícia Civil de Goiás, 03 Tenentes-Coronel, 01 Capitão, 01 Major, 02 Sargentos, 04 Cabos e 18 soldados da Polícia Militar de Goiás; 01 Auxiliar Administrativo da Polícia Federal em Brasília; 01 policial rodoviário federal, 01 agente da polícia civil de Goiás e 01 agente da polícia civil de Brasília; 01 sargento da Polícia Militar de Brasília, 01 servidor da Polícia Civil de Goiás; 01 servidor da Justiça Estadual de Valparaíso de Goiás.
Os trabalhos de investigação precisaram ser realizados na sede regional da Capital Federal em razão da enorme quantidade de servidores públicos da área de segurança pública (Policiais Federais, Rodoviários Federais, Civis e Militares) do Estado de Goiás envolvidos com o grupo criminoso organizado. “O recrutamento do braço armado do Estado pelo crime como instrumento de cobertura e proteção ostensiva ou velada dos estabelecimentos de jogos e da prática delitiva controlada por um poder centralizado e hierarquizado, foi capaz de gerar a desarticulação do Estado no enfrentamento à criminalidade. Tornou, em outras palavras, o Estado e a própria sociedade mais vulnerável”, afirmam os procuradores da República que atuam no caso.

Políticos
O empresário e ex-presidente da Câmara Municipal em Goiânia, Wladimir Garcês, está entre as pessoas presas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo. Segundo o advogado do empresário, Neiron Cruvinel, vai ser pedida a anulação da prisão preventiva. Caso o pedido não seja atendido, ele deverá entrar com um pedido de habeas corpus.

Policiais
A diretora-geral da Polícia Civil em Goiás, Adriana Accorsi, disse que a Polícia Civil contribuirá com as investigações do suposto envolvimento de policiais civis no caso. “Com certeza, iremos contribuir com o que for necessário para a investigação, para que a verdade seja revelada e também faremos investigações internas quanto aos fatos, que tenham relação com membros da Polícia Civil. A polícia, seja Civil, Militar ou Federal, deve trabalhar com fatos. Se existem fatos, que praticou [crimes] deve ser punido de acordo com a lei. Eu não tenho problema algum com isso”, declara.

Pirâmide criminal protegida por autoridades da ‘segurança’ pública
(Foto: Arte/O Popular/Ministério Público Federal em Goiás com adaptações)



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