Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Morte de cinegrafista da BAND em operação

Morte de cinegrafista da BAND em operação polícial faz sindicato rever segurança
 Enviado em 06/11/2011 06/11/2011 22h35 -

 Atualizado em 06/11/2011 22h41 Em nota, a Bandeirantes disse que "toma todas as precauções para garantir a segurança de seus jornalistas nas coberturas diárias no estado do Rio". Segundo a empresa, o colete usado por Gelson era do "modelo permitido pelas Forças Armadas". Mas, segue a nota, "o jornalista foi atingido por um tiro de fuzil, provavelmente disparado por um traficante. A bala atravessou o colete". Os policiais conseguiram retirar Gelson da linha de tiro, mas não conseguiram sair do local. O cinegrafista chegou a ser socorrido em um carro da PM e foi levado para uma UPA, mas não resistiu e morreu. O repórter cinematográfico deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Cruz às 7h40 já com parada cardíaca. Segundo o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, foram tentadas as manobras de ressucitação. "Mas ele, infelizmente, já deu entrada em óbito", disse. O corpo do cinegrafista foi levado para o IML no começo da tarde deste domingo. Colegas muito emocionados foram ao local. O corpo do cinegrafista está sendo velado no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio, e será enterrado nesta segunda-feira (7). 20 anos de profissão Gelson tinha mais de 20 anos de profissão e trabalhou em algumas das principais emissoras de TV. Recebeu importantes prêmios por coberturas jornalistas de casos policiais. Ele foi um dos cinco mortos na operação. Os outros quatro corpos, que segundo as investigações, são de traficantes, foram levados para um hospital na Zona Oeste. Até o começo da noite nove pessoas já tinham sido presas, entre elas o chefe do tráfico local. As operações da PM continuarão por tempo indeterminado. A Divisão de Homicídios investiga a morte do cinegrafista e de tarde peritos estiveram na área do tiroteio. Repercussão A morte de Gelson repercutiu entre associações e entidades de classe. Em nota a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República afirmou que "o episódio reforça em toda a sociedade o sentimento de gratidão e de solidariedade a todos os profissionais de todas as categorias que, como Gelson, arriscam-se em suas tarefas diárias em prol dos brasileiros." A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão lamentou a morte do cinegrafista e manifestou solidariedade aos familiares, colegas e amigos. A Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro (Arfoc-Rio) afirmou que os jornalistas precisam se capacitar para esse tipo de cobertura e, quando julgar necessário, se recusar a arriscar a vida em situações como essa. A Arfoc também exigiu do governo do estado a prisão do autor do disparo. O Instituto Internacional de Segurança da Imprensa também espera que os bandidos que assassinaram o jornalista sejam presos, julgados e que recebam as penalidades cabíveis na legislação brasileira. O presidente da Associação Brasileira de Impresa (ABI), Maurício Azedo, disse que é obrigação de toda empresa avaliar os riscos a que seus profissionais estão submetidos. Mas lembrou que o jornalista não deve abdicar jamais do seu dever de informar. "O papel do jornalista é buscar a informação. Evidentemente que ele tem que buscar a informação em condições que representem a sobrevivência dele e a obtenção, com eficácia, daquilo que é seu objetivo: a busca da notícia. Mas abrir mão dessa possibilidade, isso representaria uma capitulação e uma negação do jornalismo", disse Azedo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário