As declarações, segundo consta na decisão, foram feitas em 1º de outubro e 25 de outubro de 2018Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo
O cabo André Oliveira Gasparini, do 25º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo, foi expulso da instituição após gravar e enviar áudios com críticas a seus superiores em um grupo de WhatsApp. As declarações, segundo consta na decisão, foram feitas em 1º de outubro e 25 de outubro de 2018.
Segundo a acusação, o conteúdo dos áudios de Gasparini era difamatório e desrespeitoso, "com ofensas e críticas depreciativas de atos praticados pelo comandante (...) e assuntos governamentais atrelados à Bonificação por Resultados, instituída pela Lei Complementar Estadual 1.245/14".
As críticas se referiam ao planejamento operacional desenvolvido para o controle dos indicadores criminais. Gasparini disse:
O Coronel Tahara é muito ligeiro. Puxa toda operação toda semana aí... Vai a Rocam [Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas] de todos os batalhões para o 14. Chega no domingão, as Rocam do 14 está tudo (sic) de folga e a gente tem que ficar indo aí fazer operação na área do 14. Para quê? Para baixar índice, para os caras ganharem bônus. (...) O Japoronga, a essa hora, está enchendo o rabo de shimeji, de sushi, sashimi.
O cabo também fez críticas à forma com que era feita a bonificação por resultados, ofendendo outros PMs:
Os mikes da banda vai (sic) receber cinco pau... O mike da UIS que te trata mal lá... Nem atende o seu telefone... A banda, o cara que vai lá, sopra um instrumento lá. Meu... Vai ganhar cinco pau... O CPA que não faz p*rra nenhuma, fica o dia inteiro... Aquelas desgraças, tudo aquartelado, sem fazer car*lho nenhum. É o dia inteiro com o c* sentado naquela cadeira, não combate o crime, não prende ninguém. Não patrulha p*rra nenhuma... E os caras têm que ganhar cinco contos, mano. (...) É injusto demais, vai tomar no c*, 'cê' é louco.
"Posto isto e, pelo que consta dos autos, discordo do proposto pela autoridade instauradora e decido expulsar da instituição o cabo (...) André Oliveira Gasparini, do 25° BPM/M", conclui a decisão.
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