Júlio Cesar de Arruda, que foi exonerado no último sábado, teria ameaçado chefe da PM do Distrito Federal no noite da invasão do Congresso Nacional, em Brasília
O ex-comandante do Exército, o general Júlio Cesar de Arruda, ameaçou o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o coronel Fábio Augusto Vieira, na noite do ataque do Congresso Nacional, no último dia 8. Arruda foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último sábado (21/1). A informação foi dada pela Bela Megale, colunista do jornal O Globo.
De acordo com a coluna, Arruda questionou ao chefe da PM do DF se ele pensava entrar no acampamento dos bolsonaristas montado em frente ao Quartel General do Exército sem autorização.
"Acho que eu tenho um pouco mais de tropa que o senhor, não é coronel?", questionou Arruda em referência ao número de policiais militares do DF que é menor que o do Exército.
Após a fala do ex-comandante, integrantes do governo federal viram a atitude como uma ação de Arruda para tentar impedir a desmobilização do acampamento dos bolsonaristas em frente ao QG do Exército.
O ex-comandante chegou a dizer ao Ministro da Justiça,
Flávio Dino, que funcionários enviados pelo governo federal não prenderiam
golpistas acampados em frente ao Quartel-General.
Atualmente, o coronel Fábio Augusto Vieira está preso, sob
suspeita de conivência com os terroristas que invadiram o Congresso Nacional,
em Brasília. Isso porque ele era o responsável pelo comando da tropa no dia da
invasão às sedes dos Três Poderes.
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