O bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, preso por envolvimento em atos antidemocráticos, e o ex-presidente Jair BolsonaroImagem: Reprodução/Facebook
A lista inclui PMs, integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de um bombeiro preso ontem em operação da Polícia Federal. O levantamento foi feito pelo jornal O Globo e confirmado pelo UOL.
Todos são suspeitos de algum envolvimento no 8 de janeiro, quando bolsonaristas golpistas invadiram e depredaram as sedes dos 3 Poderes em Brasília. Eles repetem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para alegar fraude das eleições, além de defender pautas golpistas, como intervenção militar, e pressionam pela saída do presidente Lula (PT).Veja a lista:
Roberto Henrique de Souza Júnior, bombeiro preso ontem pela PF em Campos dos Goytacazes (RJ). Ele é suspeito de financiar os atos golpistas em Brasília.
Após a prisão, o Corpo de Bombeiros instaurou um inquérito para apurar a conduta de Roberto Júnior. Segundo O Globo, ele se candidatou a deputado federal em 2018 pelo Patriota, ligado à base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não se elegeu.
O sargento Rogério Caroca Barbosa e a major Onilda Patrícia
de Medeiros Silva são alvos de um procedimento disciplinar aberto na
Corregedoria da Polícia Militar da Paraíba. Aposentados, ambos aparecem na
lista de presos durante os atos golpistas.
Cinco agentes de Minas Gerais também foram detidos em Brasília: os sargentos Amauri Silva, Carlos Ibraim Gomes, Maurício Onezimo Jaco e Sergio de Souza Magalhães, além do subtenente Nilton Barbosa dos Santos.
O subtenente reformado José Paulo Fagundes Brandão e Arthur de Lima Timóteo, ex-cabo da Aeronáutica, também aparecem entre os presos.
Segundo o jornal O Globo, outras cinco pessoas são investigadas por suspeita de participação nos atos. Elas não aparecem na lista de presos da PF, divulgada na última sexta-feira (13):
Os oficiais da reserva Adriano Camargo Testoni e Ridauto
Lúcio Fernandes foram identificados após a publicação de conteúdos nas redes
sociais. Testoni foi indiciado pelo Exército após xingar superiores durante a
invasão em Brasília.
Já o general Fernandes, que atuou como diretor de Logística
do Ministério da Saúde na gestão do também general Eduardo Pazuello, reclamou
de PMs que usaram spray de pimenta contra bolsonaristas.
Sargento da PM do Distrito Federal, Ednaldo Teixeira Magalhães, publicou vídeos enquanto participava da invasão aos 3 Poderes em Brasília. No Instagram, ele incentivou bolsonaristas a bloquear rodovias e a participar de atos golpistas após as eleições.
Silvério Santos, PM da ativa em Goiás, postou fotos durante os atos golpistas com o rosto pintado de verde e amarelo. Ele convocou seguidores a ir a Brasília e agora responde a uma investigação interna.
O capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna também publicou uma foto em frente ao Congresso em 8 de janeiro. Depois disso, ele foi exonerado do cargo que ocupava no Ministério da Defesa há quase uma década.
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