28/11/2015 09h06 - Atualizado em 28/11/2015 17h53
Militar estava no estacionamento de um supermercado na Serra.
As quatro armas, encontradas com ele, foram roubadas em maio.
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Um soldado da Polícia Militar foi preso nesta sexta-feira (27) quando tentava vender armas pertencentes à corporação para criminosos. A prisão aconteceu no estacionamento de um supermercado, em Carapina, na Serra, Grande Vitória. O militar foi conduzido para o Quartel General da corporação, onde está detido.
Uma outra pessoa, que compraria a arma, foi conduzida para a Delegacia Regional de Serra.
O corregedor da Polícia Militar, Ilton Borges, informou que quatro pistolas calibre ponto 40 foram encontradas com o soldado. Três das armas pertencem ao lote de armas furtadas da sede do 6º Batalhão da Polícia Militar, na Serra. A quarta arma está com a numeração raspada. O furto de um arsenal da Polícia Militar aconteceu em maio de 2015.
Borges também disse que o soldado já era investigado pela corregedoria desde a época da ocorrência. "Fizemos as investigações e chegamos a ele como autor. Porém, não havia materialidade. Hoje, conseguimos detê-lo no momento em que ia fazer a venda das armas", afirmou o Coronel Ilton Borges.
Além disso, durante as apurações, foi descoberto que o soldado já havia vendido pelo menos uma arma furtada do Batalhão. "Ele teve participação efetiva no furto", enfatizou o corregedor.
O militar foi conduzido para o Quartel General da corporação. Ao ser levado para prestar depoimento, o soldado se reservou ao direito de permanecer calado. Com ele tambem foi encontrada uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de terceiro.
Além do processo criminal, o soldado vai responder a um processo administrativo para avaliar a conduta dele, e pode ser expulso. Por enquanto, ele continuará preso no quartel pois foi autuado em flagrante pelo crime de furto qualificado.
"Vamos apurar se ele poderá, mediante a gravidade dos fatos, continuar ou não na corporação. Em razão da natureza gravíssima da conduta atribuída a esse policial militar ele vai responder também a um processo administrativo demissionário, cujo objetivo é avaliar se ele tem ou não condições de permanecer na corporação. Vai ser dado direito de defesa a ele e no final o comandante geral vai decidir", afirmou.
Sobre a identificação de quem seria o comprador das armas, o Coronel informou que se trata de um criminoso, e que as investigações deste caso continuam. "A gente têm as informações e será tudo repassado para a Polícia Civil de que esse indivíduo pretendia usar essa arma que ele ia adquirir para empreitada criminosa", conta Borges.
*Com colaboração de Glacieri Carraretto, do Jornal A Gazeta.
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