Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

PM agride mulher em abordagem em Macapá; governo diz que afastará policiais...

Carolina 

Carolina Marins e Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

20/09/2020 12h28

Um policial militar foi flagrado em vídeo agredindo uma mulher negra durante uma abordagem, em Macapá. Nas imagens, enquanto policiais revistam dois homens, a mulher reclama com os agentes. Um deles tenta imobilizá-la, dá uma rasteira e a derruba. Já no chão, a mulher é agredida com um soco no rosto.

Ao UOL, o corregedor Edilelson Batista informou que a vítima é uma pedagoga de 39 anos. A corregedoria determinou que os PMs envolvidos na abordagem fossem afastados das atividades para serem investigados e um inquérito foi instaurado.

Há ainda imagens de dois agentes levantando a mulher e um homem algemados. A mulher é levada a uma viatura, enquanto uma criança que assistia à cena de dentro de casa, ao lado de quem gravou a ação, se desespera e chora. A menina chama a mulher de "tia" em vários momentos.

A abordagem ocorreu na noite de sexta-feira (18). De acordo com a GloboNews, o vídeo foi feito pelo filho da pedagoga.

Ela e o marido foram detidos sob acusação de desacato e, segundo a emissora, pagaram R$ 800 de fiança para serem liberados.

O casal foi a uma delegacia da mulher da capital amapaense para registrar um boletim de ocorrência pela agressão.

Segundo o coronel, já foi feito o contato com a mulher agredida, mas ela não pôde comparecer hoje à corregedoria e é esperada amanhã. "Já foi mandado colher as provas, inclusive vídeos de dentro da delegacia onde teria ocorrido o delito contra ela", diz.

"A instituição não coaduna com esse tipo de comportamento. Esse foi um fato isolado", disse o corregedor.

Em publicação nas redes sociais, o governador do estado, Waldez Góes (PDT), lamentou a ação da PM e disse que a abordagem foi "recheada de atitudes racistas".

"Determinei ao Comando Geral da Polícia Militar uma apuração criteriosa e rápida dos fatos mostrados no vídeo. Cenas como essa não podem ser toleradas e não podem se repetir", afirmou Góes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário