Soldado
Victor Rodrigues Pinto da Silva tinha 29 anos de idade e estava na Polícia
Militar havia quase 7 anos. Sua esposa, Ana Carolina, está grávida do primeiro
filho do casalImagem:
Divulgação
Redação
São Paulo
09/08/2020 17h18Atualizada em 10/08/2020
11h18
Os corpos de três policiais militares, mortos em serviço após abordar um
falso policial civil na zona oeste de São Paulo, foram enterrados hoje, no Dia
dos Pais, em cemitérios diferentes. Dois deles deixam esposas grávidas.
O sargento José Valdir de Oliveira Júnior, de 37 anos, e os soldados
Celso Ferreira Menezes Junior, de 33, e Victor Rodrigues Pinto da Silva, de 29,
foram baleados na cabeça e não resistiram aos ferimentos. O suspeito Cauê
Doretto de Assis, de 24 anos, também morreu no confronto.
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O crime aconteceu na Avenida Politécnica, região do Butantã, na manhã de
ontem. Todos os policiais estavam lotados no 23º Batalhão da Polícia Militar
(23º BPM/M) e faziam parte da corporação havia 14, dez e sete anos,
respectivamente. Os corpos foram sepultados na Grande São Paulo e no interior.
Segundo o 23º Batalhão, o soldado Menezes foi enterrado no Cemitério da
Paz, no Morumbi, zona sul da capital. De família de policiais, ele era
divorciado e não tinha filhos.
Já o sepultamento do soldado Victor aconteceu no Cemitério Memorial
Parque da Paz, em Embu das Artes, na região metropolitana. Ele deixa a mulher,
que está grávida do primeiro filho do casal.
Por sua vez, o sargento Oliveira Júnior foi velado e enterrado no
Cemitério Municipal de Presidente Venceslau, no interior. Pai de uma
adolescente de 16 anos, ele também deixa a mulher grávida - e ela espera por
gêmeos.
O crime
No dia em que foram assassinados, os PMs notaram um Volkswagen Fox, de
cor branca, abordar uma motocicleta na altura do número 3.045 da Avenida
Politécnica. Por estranhar a ação, resolveram abordar o veículo.
Cauê Doretto de Assis, que estava ao volante do carro, teria então
descido, se apresentado como policial civil e avisado que estava armado. Em
seguida, os PMs teriam desconfiado, recolhido a pistola do suspeito e apanhado
os documentos para fazer a consulta de registro.
Um amigo de Assis estava no banco do passageiro. Na delegacia, ele
relatou que naquela hora o suspeito sacou uma segunda arma e surpreendeu os
PMs. O primeiro atingido teria sido o soldado Victor, que estava mais próximo
do criminoso, vítima de um disparo na têmpora.
O sargento Oliveira Júnior e o soldado Menezes também foram alvejados na
cabeça. A principal hipótese é que Menezes tenha conseguido revidar a agressão
e também tenha atingido Assis.
Os três PMs e o suspeito chegaram a ser levados ao hospital, mas não
resistiram. À polícia, o homem que estava no carona relatou não ter participado
do confronto e disse que "saiu correndo" quando ouviu os disparos.
"Ele sacou a (segunda) arma, atirou no policial aqui (soldado
Victor). Foi até a viatura e aí começou a troca de tiro intenso. Nisso, eu já
tava correndo e subi o barranco", declarou. "Eles estavam de costas
para a gente, por isso não puderam ter reação."
O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à
Pessoa (DHPP) e também pela PM, por meio de inquérito militar. Dependendo do
decorrer da investigação, o homem pode ser considerado suspeito ou testemunha do
caso.
Segundo a polícia, Assis chegou a responder por estelionato em 2019. Em
janeiro do ano passado, o suspeito também registrou uma queixa contra um PM
após supostamente ser ameaçado.
Pelas redes sociais, o governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), lamentou a morte dos policiais. "Minha
solidariedade às famílias dos nossos heróis da PM", declarou no Twitter.
O
presidente Jair Bolsonaro, ao fazer uma postagem em redes
sociais neste domingo, 9, para falar sobre coronavírus, também citou o caso.
"Lamentamos cada morte, seja qual for a sua causa, como a dos 3 bravos
policiais militares executados em São Paulo", escreveu.
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