Essa e a verdadeira cara da nossa Segurança Publica

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terça-feira, 29 de abril de 2014

SECRETÁRIO OFERECE PROTEÇÃO A FAMILIARES DO MENINO MORTO NO RJ. PROTEÇÃO CONTRA QUEM, CARA-PÁLIDA?


Adolescente morto por militares da Vila Cruzeiro é enterrado em clima de revolta
Família do jovem não quer deixar a comunidade
 

O delegado José Pedro Costa da Silva, titular da 22ª DP (Penha), pretende retornar, nesta quarta-feira (28), à Vila Cruzeiro, para dar prosseguimento às investigações. Segundo o delegado, o prazo para concluir o relatório do caso é de 20 dias. Ele afirmou que quer ouvir os familiares de Abraão para poder conduzir as investigações. Além disso, Silva informou que pedirá a reprodução exata da movimentação dos agentes da Força de Pacificação para buscar entender melhor a situação.
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O menor foi alvejado, de acordo com o Comando Militar do Leste, durante um confronto entre traficantes e militares da Força de Pacificação que ocupam o complexo do Alemão e da Penha. Silva garantiu que o jovem não tinha passagem pela polícia. Ele afirmou já ter interrogado, nesta terça-feira (27), os oito militares que participaram da ação. Ainda na terça, o Exército recolheu as armas dos militares, que foram afastados das suas atividades, e as enviou para perícia.
O corpo de Abrãao da Silva Maximiliano foi sepultado no cemitério de Irajá, na Zona Norte, na tarde desta quarta-feira (28). Em meio ao clima de revolta de familiares, o primo do garoto, Wellington Lopes, voltou a dizer que ficou sob a mira do Exército no dia da morte de Abraão. Ele estendeu uma bandeira do Flamengo sobre o corpo de Abraão, lembrando que o primo via todos os jogos enrolado a ela.
O subsecretário de Direitos Humanos Antônio Carlos Biscaia foi ao sepultamento e disse que oferecerá proteção à família. Os familiares, contudo, falaram que vão recusar a ajuda e não pretendem deixar a comunidade.
Jornal do Brasil/montedo.com
Comento:
Com todo o respeito a dor dos familiares desse rapaz, mas o subsecretário foi oferecer proteção contra quem? Contra o Exército? Faça-me o favor!
Que hora para fazer demagogia barata em busca de votos, ex-deputado Biscaia!

SOLDADO DO EXÉRCITO FORAGIDO É SUSPEITO DE SER MEMBRO DE QUADRILHA EM MANAUS


Polícia prende dois homens após troca de tiros em rua de Manaus
Um soldado do Exército é suspeito de fazer parte da quadrilha.
Segundo a polícia, um quarto membro do banco está foragido.

Ana Graziela Maia
Um homem de 19 anos e um adolescente de 17 foram detidos após trocas de tiros com policiais da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), na madrugada desta quinta-feira (29). A dupla é suspeita de tentar assaltar uma drogaria localizada no posto de gasolina Texaco, Novo Aleixo, Zona Leste de Manaus. Um soldado do Exército é suspeito de fazer parte da quadrilha.
Segundo informações da Rocam, os policias avistaram quatro homens armados saindo do posto de combustível. Durante abordagem, os suspeitos efetuaram disparos de arma de fogo contra a viatura. Eles fugiram em duas motos, abandonando no local duas armas de fogo, sendo uma calibre 38 outra de 32.
No tiroteio, o jovem de 19 foi atingido com um tiro nas costas, mas conseguiu fugir na garupa de um dos comparsas. Na perseguição, a quadrilha abandonou uma das motos, que havia sido roubada horas antes de um mototaxista, nas proximidades do posto.
Ainda de acordo com a Rocam, o adolescente ferido foi localizado no Hospital Pronto-Socorro, João Lúcio, Zona Leste. Após exames na unidade, ele foi encaminhado para o 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Em depoimento, ele assumiu a autoria dos crimes e relatou informações sobre a quadrilha. O infrator informou à polícia que uma das motos utilizadas por eles era do soldado do Exército, lotado no 1º Batalhão de Infantaria da Selva (BIS). Ainda segundo ele, o soldado seria o responsável por organizar e também participava do assalto. Por meio do jovem, a polícia teve acesso ao endereço do soldado, e do quarto infrator.
A equipe da Rocam foi até aos locais informados, no bairro Coroado, Zona Leste, e apreendeu o adolescente de 17 anos. Os policiais encontraram com ele o dinheiro do assalto, um total de R$ 350,00 reais. O soldado do Exército e o quarto homem envolvido no caso estão foragidos.
O assaltante de 19 anos foi autuado em flagrante por formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e roubo. Ele será encaminhado para a cadeia pública Raimundo Vidal Pessoa, Centro, Zona Sul. O adolescente será encaminhado para a Delegacia Especializada em Apuração de Ato Infracionais (DEAAI).
A assessoria de comunicação do Comando Militar da Amazônia informou ao G1 que o Exército investiga o caso para tentar identificar se o suspeito apontado é soldado das Forças Armadas.

MPM PODE PEDIR EXUMAÇÃO DO CORPO DO RAPAZ MORTO NA VILA CRUZEIRO. POLÍCIA FARÁ RECONSTITUIÇÃO

30 de dezembro de 2011

Ministério Público Militar investiga morte de adolescente na Vila Cruzeiro
Abrahão Silva, de 15 anos, foi atingido durante troca de tiros com militares da Força de Pacificação, na última segunda

Cecília Ritto



Visão geral da Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro - 26/11/2010 (Felipe Dana/AP)
Após a morte de Abrahão Silva, de 15 anos, na Vila Cruzeiro, a Justiça Militar e a Polícia Civil entraram no circuito para esclarecer as circunstâncias da morte do adolescente, ocorrida na última segunda-feira. Nesta sexta-feira, Hevelize Pereira, procuradora do Ministério Público Militar, esteve no Complexo do Alemão em reunião com o comandante da Força de Pacificação, general Otávio do Rêgo Barros para buscar informações sobre a morte do rapaz. O encontro aconteceu por volta das 11h e terminou ao meio-dia. Depois disso, Hevelize foi até o local onde houve o crime, na localidade conhecida como mirante da Chatuba.
A Força de Pacificação abriu procedimento administrativo para apurar a primeira morte ocorrida em confronto com militares do Exército desde a ocupação dos complexos do Alemão e da Penha pelas forças de segurança, em novembro de 2010. Na versão dos militares que patrulhavam a área na segunda-feira, Abrahão estava com outros dois homens em uma atitude suspeita quando o grupo foi abordado. No momento em que se aproximaram do que parecia ser uma boca de fumo, os homens do Exército foram recebidos a tiros, segundo a Força de Pacificação.
A troca de tiros aconteceu às 22h de segunda. Na versão do Exército, o sargento que comandava a patrulha ordenou aos três que parassem de disparar. Depois, o oficial deu dois tiros para cima, seguido de disparos de bala de borracha. Sem que os tiros cessassem, o sargento apertou o gatilho do fuzil. O adolescente morreu e os outros dois fugiram. Já na versão de moradores e parentes, Abrahão não tinha qualquer envolvimento com o tráfico. Com o corpo do jovem, não havia documentos e nem arma.
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O Ministério Público Militar não descarta a possibilidade de pedir a exumação do corpo para analisar se o tiro foi de fuzil ou de pistola. Ou seja, se partiu dos militares ou de bandidos da Vila Cruzeiro. Os soldados que patrulhavam o local foram afastados de suas atividades até que as investigações terminem. A Polícia Civil também apura caso e já marcou a reconstituição do crime. Testemunhas e os militares envolvidos foram chamados a participar da simulação que ocorrerá na próxima quarta-feira para esclarecer detalhes do crime.
Veja.com/montedo.com

E AGORA? TIRO QUE MATOU ADOLESCENTE NO RJ NÃO SAIU DAS ARMAS DOS MILICOS!



Vila Cruzeiro: perfuração em corpo de menino não condiz com armas de militares
Polícia investiga se tiro foi feito por traficantes, que teriam usado pistolas

"O tráfico pressiona os moradores a acusarem o Exército. Apesar de os militares dominarem o território, o controle psicológico daquele local ainda é do tráfico."
(Procuradora da Justiça Militar Hevelize Jourdan)




Hevelize se reuniu com militares da Força de Pacificação-Divulgação/Exército

Marcelo Bastos
As chances de o tiro que matou Abraão da Silva Maximiliano, de 15 anos, na praça do Caracol, no Complexo da Penha, ter sido disparado por um traficante aumentaram, após o resultado parcial do laudo cadavérico feito pelo IML (Instituto Médico-Legal) no corpo do adolescente.
Uma fonte, que acompanha as investigações feitas pela Delegacia da Penha (22ª DP) e o inquérito policial militar instaurado pelo Exército, informou que, de acordo com o laudo, tanto a perfuração de entrada, quanto a de saída do projétil no corpo de Abraão, têm o mesmo tamanho.
- Um tiro de fuzil deixaria uma perfuração pequena na entrada, mas na saída deixaria um ferimento do tamanho de uma laranja, principalmente se fosse um tiro de fuzil calibre 7.62, o mesmo usado pelos militares no momento do suposto confronto, e a uma distância aproximada de 15 metros, a mesma entre os militares e o menor.
O orifício pequeno seria um forte indício de que o tiro que atingiu o adolescente partiu de uma pistola, armamento que não era usado pelos militares no momento do confronto. Outro aspecto que aponta na direção de traficantes é o fato de o tiro ter atingido Abraão de lado. Na posição em que estavam, o menor e os militares, seria mais provável que o tiro fosse frontal e não lateral.
- O tráfico pressiona os moradores a acusarem o Exército. Apesar de os militares dominarem o território, o controle psicológico daquele local ainda é do tráfico. Já há até informações de moradores passadas ao Disque-Denúncia confirmando a versão dos militares, de que houve confronto com traficantes.
Na última sexta-feira (30), a procuradora de Justiça Militar Hevelize Jourdan se reuniu com representantes da Força de Pacificação, no Complexo do Alemão. Ela disse que pretende pedir a exumação do corpo de Abraão, caso seja necessário.
- O laudo feito pelo IML é um exame médico legal, que determina a causa da morte, trajetória do projétil e danos causados pelo tiro, mas é ambíguo no que diz respeito ao calibre da arma que matou Abraão. Pode ter sido um tiro de fuzil ou de pistola calibre 9 mm. Isso é muito importante, porque os militares não usaram pistolas, só fuzis. Caso seja necessário um exame de balística mais aprofundado, nós vamos requisitar a exumação do corpo.
A procuradora admitiu que uma das hipóteses investigadas é de que o disparo que atingiu o adolescente possa ter partido de traficantes, que teriam trocado tiros com os militares no momento em que Abraão foi baleado. Entretanto, o projétil atravessou o corpo do jovem e não foi encontrado pela perícia.
- Nós queremos saber de qual arma partiu o tiro e quem é o autor. Se foi um tiro de fuzil, é um indicativo de que tenha partido da tropa. Caso tenha sido um tiro de pistola, pode ter sido disparado pelo tráfico. Agora, se houve excesso na conduta dos militares, eles serão punidos.
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Reconstituição no próximo dia 4
Para esclarecer as circunstâncias da morte do adolescente a Polícia Civil vai fazer uma reconstituição no próximo dia 4. Segundo o delegado José Pedro Costa da Silva, titular da 22ª DP, a reconstituição vai comprovar tudo o que tem sido dito nos depoimentos, tanto dos militares quanto das testemunhas e, para a polícia, é o exame principal para a conclusão do inquérito.
- A reconstituição será feita no mesmo horário do crime. Todos os militares envolvidos, os familiares do menino e as testemunhas vão participar. Queremos checar se o que eles dizem condiz com a realidade. Vamos verificar, por exemplo, a distância entre os militares e a vítima e a luminosidade, para saber se era possível ver o suposto traficante e identificá-lo a ponto de efetuar disparos.
O delegado explicou que a perícia de local não esclareceu dúvidas porque projéteis não foram encontrados, apenas alguns cartuchos, que serão periciados. O fato de o lugar ser aberto prejudica a análise de um confronto, por exemplo.
José Pedro informou que investigações feitas pela 22ª DP mostram que a praça do Caracol, onde aconteceu o tiroteio, era usado como ponto de venda de drogas, mesmo após a presença do Exército, que ocupou a região há pouco mais de um ano. O delegado lembrou, no entanto, que não há como saber se havia venda de drogas no momento em que Abraão foi morto.

Primo diz que foi ameaçado
Nesta quarta-feira, o primo da vítima, Welington Lopes da Silva, de 20 anos, prestou depoimento na 22ª DP. Ele chegou ao local do crime logo após Abraão ser baleado. Segundo o delegado, ele contou que um grupo de aproximadamente 20 militares estava no local e que o tiroteio durou aproximadamente um minuto, com direito a rajadas.
Welington também disse ter sido ameaçado pelos militares, enquanto tentava socorrer o primo.
- Eles apontaram a arma para mim. Eu disse que queria socorrer ele, mas eles disseram que eu iria morrer junto com ele para não contar nada à polícia. Vi meu primo caído e não pude socorrê-lo.
Dos quatro militares ouvidos formalmente, um admitiu ter feito um disparo de fuzil para o alto, outro admitiu ter disparado uma vez com uma escopeta carregada com armamento não-letal e os outros dois admitiram ter disparado seis vezes cada, com seus fuzis. As quatro armas foram recolhidas para perícia.

Militares foram afastados
De acordo com o Comando Militar do Leste, os oito militares envolvidos foram afastados das ruas e vão responder a Inquérito Policial Militar. Segundo com o coronel Malbatan Leal, porta-voz da Força de Pacificação, os militares continuam a trabalhar na unidade no Alemão, porém, sem atuar na patrulha nas ruas. Os agentes da 22ª DP também investigam de onde partiu o tiro de fuzil [?]que atingiu o jovem.
O Ministério Público Militar disponibilizou um telefone de atendimento ao cidadão para informações ou denúncias que possam colaborar com as investigações. O número é 0800 021 7500. A ligação é gratuita.
R7/montedo.com

Nota do editor:
[?] Note que, mesmo depois de praticamente admitir que o tiro foi de pistola, o repórter volta a afirmar que a investigação é sobre um tiro de fuzil. E viva a imparcialidade da mídia!

Comento:
Pela descrição da Procuradora, a dúvida sobre o tipo de armamento e munição que vitimaram o rapaz é apenas formal. A partir dessa constatação, fica mais fácil perceber a orquestração dos protestos contra os militares, no vídeo abaixo, postado na quinta-feira. Assista novamente e preste muita atenção:


GENERAL HELENO DETONANDO NO TWITTER!

GENERAL HELENO DETONANDO NO TWITTER!
Heleno, armado e perigoso


Leonel Rocha
Ex-comandante militar da Amazônia e da força de paz no Haiti, o general Augusto Heleno entrou de cabeça na política depois que foi reformado, em maio. Armado com o Twitter, ele atira para todos os lados. Eis um de seus petardos: “Se o Brasil um dia for sério, o mensalão vira (sic) um ‘case’ para mostrar como o Judiciário era lento, inepto e ‘engavetador’”. A oposição também leva bomba: “Papai Noel está procurando até agora um líder sem rabo preso pedido pela oposição”. E o governo não é poupado: “Como se tecnologia bastasse. Marketing puro”, diz, sobre a distribuição de tablets a estudantes. É a revanche de Heleno, que ascendeu ao posto mais alto da carreira, converteuse na principal liderança militar da história recente e foi impedido de fazer um discurso defendendo o regime militar na cerimônia de sua aposentadoria.
Felipe Patury-Isto É/montedo.com

SARGENTO GAY LACY ARAÚJO VAI SER REFORMADO


Militar que assumiu relação gay pede aposentadoria do Exército
Ele fez pedido com base em laudo que o julga 'incapaz' para serviço militar.
Laci de Araújo vive há 13 anos com outro sargento do Exército, em Brasília.



Iara Lemos

O segundo-sargento Laci Marinho de Araújo, 39 anos, que ficou conhecido por ter assumido a condição de homossexual e por manter uma relação estável de 13 anos com outro militar, ingressou nesta quinta-feira (29) com pedido de aposentadoria do Exército.
Araújo deu entrada no pedido com base em uma "ata de inspeção de saúde" do próprio Exército, na qual é considerado “incapaz definitivamente" para o serviço militar.
Segundo a assessoria do Comando Militar do Planalto, depois da tramitação do pedido, a aposentadoria do militar pode ser publicada em até 60 dias no "Diário Oficial da União".
A história de Araújo e do companheiro dele, Fernando Alcântara de Figueiredo, 38 anos, também segundo-sargento, foi revelada pela revista "Época", em maio de 2008. Na ocasião, ele já estava afastado do Exército por problemas de saúde.
Araújo chegou a ser preso, acusado de deserção (abandono) do serviço militar. Durante esse período, sofreu com crises de depressão. Araújo e Figueiredo argumentam que as crises foram agravadas, em parte, pelo preconceito que dizem ter sofrido em razão da relação homossexual. A assessoria do Comando Militar do Planalto informou que não se manifestaria sobre essa afirmação.
saiba mais
O laudo que permitiu ao militar pedir a aposentadoria afirma que Araújo tem “transtornos mentais”, "disfunção cerebral", “transtorno misto ansioso e depressivo”, "epilepsia" e "outras reações ao estresse grave".
O laudo, assinado por três militares, não o considera “inválido”. Por esse motivo, a aposentadoria, segundo Araújo, deve ser concedida de forma proporcional pelo Exército, de acordo com o tempo de serviço.



Fernando Alcântara de Figueiredo (esq.) e Laci Araújo,
no apartamento onde moram, em Brasília
(Foto: Iara Lemos/G1)
“Para mim, é uma imposição que eles [militares] estão fazendo. Vou me aposentar, mas ganhando menos do que eu recebo hoje. É como se eles quisessem se livrar de mim”, disse o militar ao G1.
Nascido no Espírito Santo, Araújo entrou na carreira militar há 18 anos por meio do curso preparatório para sargentos do Exército. Chegou a Brasília em 1995, e logo conheceu Figueiredo.
A relação entre os dois começou em 1997, e, desde então, os militares dividem o mesmo apartamento, de propriedade do Exército, na Asa Norte, em Brasília.

Quando a aposentadoria de Araújo for publicada, o casal terá de deixar o apartamento. Eles já receberam convites para morar em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas admitem interesse em permanecer em Brasília.
“A nossa vida está aqui, mas o apartamento é de minha responsabilidade no Exército. Vamos ter de buscar outro lugar para morar, e com um salário menor” , disse Araújo.
Companheiro de Araújo, Alcântara também diz enfrentar resistências no Exército. Desde 2008, quando Araújo foi preso, Alcântara pediu licença do serviço militar.

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Afastado dos trabalhos e sem receber remuneração, o sargento é responsável pelo Instituto Ser, que atende casos de militares vítimas de preconceito no meio militar. Embora ainda possa ser convocado pelo Exército, Alcântara não acredita que um dia possa voltar.
“Eu sinto que é como se eles [Exército] não merecessem minha presença. Por que pelo fato de eu ser homossexual meu sangue tem menos importância para eles que o de um heterossexual?", questiona o militar.
G1/montedo.com
Comento:
Se a memória não me trai, existe um equívoco na informação: a incapacidade definitiva gera um procedimento ex-officio, portanto, compulsório e não um pedido de 'aposentadoria', como diz a matéria.
Há mais uma mentira: Alcântara não está afastado, ele pediu licenciamento, não licença, do Exército. Com pressão ou não, saiu por que quis. Está afastado dos trabalhos (na vida civil) por conveniência ou incompetência.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Violência policial reprime protestos de estudantes contra reajuste de tarifa em Teresina e Vitória


Agressões por parte da Polícia Militar tomaram conta das principais ruas de Teresina, no Piuaí, e de Vitória, no Espirito Santo, em mais um dia de protestos estudantis contra o aumento das passagens de ônibus.
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O sétimo dia de manifestações do movimento #contraoaumento em Teresina, Piauí, terminou com violência policial contra os estudantes provocando confusão nas ruas da capital. Em uma marcha pacífica, os jovens ocuparam a Avenida Frei Serafim, principal via do centro, em protesto contra o reajuste de R$ 1,90 para R$ 2,10 nas passagens de ônibus, a ampliação da rede de integração da capital e a gratuidade da segunda passagem no sistema de integração de linhas.
Cerca de 600 policiais, mais a tropa de choque, participaram da repressão ao protesto. Balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta, foram disparadas contra a multidão.
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Aproximadamente 17 estudantes foram detidos de forma arbitrária e agressiva e levados para a delegacia. Na manhã da última quarta-feira (11) oito foram transferidos para penitenciárias estaduais do Piauí. Os presos não ficarão em celas separadas e dividirão o espaço com os outros presos das Casas. Advogados das entidades estudantis e sindicais estão tentando apresentar um pedido de habeas corpus coletivo para liberar as pessoas.
Já no centro de Vitória, os alunos interditaram as avenidas Getúlio Vargas e a Princesa Isabel. Houve confronto compoliciais da cavalaria e agressões por parte da PM.
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O assunto é um dos mais relatados nas redes sociais e os internautas chegaram a protestar contra o uso de bombas de efeito moral e tiros com balas de borracha pela PM. Duas pessoas foram presas na manhã da quarta-feira, mas a PM não soube informar se eram ou não estudantes.
Esse último protesto compõe uma séria de manifestações que acontecem desde o começo do ano e as razões vão além do aumento no valor da tarifa do transporte público: os estudantes querem o fim do monopólio no transporte coletivo e a reabertura da CPI do Transcol.
As passagens nas linhas municipais subiram neste domingo (8) de R$ 2,20 para R$ 2,35, enquanto nos seletivos passaram de R$ 2,30 para R$ 2,50. No sistema Transcol, as tarifas subiram de R$ 2,30 para R$ 2,45, enquanto nas linhas seletivas os preços variam de R$ 3,70 a R$ 4,25.

MPL Curitiba - Nota - Violência policial em ato contra o aumento da passagem

MPL - CURITIBAFeb 15

A truculência policial abateu-se sobre o Movimento Passe Livre Curitiba (MPL). O movimento estava em manifestação no dia 13 de fevereiro, seguindo uma jornada de luta de vários atos e panfletagens anteriores, reivindicando a redução da tarifa de ônibus para o patamar anterior (de R$2,20 para R$1,90), pela abertura da "caixa preta" da URBS e pelo passe livre, fundado na ampliação do direito de ir e vir. Mas como esperado, a polícia militar chegou ao local agindo já com violência ao empurrar e agredir manifestantes para que saíssem da avenida ? onde realizavam uma marcha e entregavam panfletos aos estudantes ali presentes, muitos dos quais integraram a manifestação. Cerca de 400 estudantes ocupavam as ruas.
A agressividade da polícia, sem espaço nenhum para o diálogo e totalmente despreparada para lidar com movimentos sociais, ultrapassou a agressão física no momento em que os policiais começaram a decretar voz de prisão para diversos manifestantes pacíficos. Em solidariedade aos manifestantes que estavam sendo detidos os estudantes gritavam palavras de ordem pela soltura dos manifestantes e ainda eram agredidos por porretes quando foram solidários tentando se aproximar para libertar os detidos.
Eis que o reforço da polícia militar chegou e distribuiu violência gratuita aos manifestantes, agredindo-os sem poupar esforços com chutes, socos e porretes. O número de feridos foi superior a 20 pessoas, detendo 7 manifestantes de forma truculenta. No saldo um estudante teve o braço quebrado, vários outros tiveram a mão e os dedos trincados ou quebrados e uma estudante fora atingida na nuca e sangrava. Além disso, a polícia apreendeu e destruiu várias câmeras e celulares que filmavam a truculência da repressão. O tumulto quase configurou-se como uma revolta popular, muito embora a força policial eficazmente tenha defendido os empresários do transporte coletivo.
Esse não é, de modo nenhum, um caso isolado. Em 2 de abril de 2008 um estudante foi encaminhado ao Hospital Evangélico após ser espancado pela Guarda Municipal em uma manifestação pelo Passe Livre. Em 15 de setembro um militante do MPL declarou ao Jornal *Comunicação* da UFPR quanto à possibilidade de aprovação do Passe Livre: "Recebemos argumentos que sempre negam o passe livre, dizendo que existem impedimentos orçamentários ou técnicos para a efetivação do passe. Isso quando não recebemos somente a polícia". Mais uma vez, o MPL e o conjunto da população de Curitiba receberam a polícia.
 Leia Mais: [MPL-Curitiba] Truculência Polícia deixa estudantes feridos - Nota do MPL | [Mpl Curitiba] Panorama após o ato 13 de Fevereiro
 Fotos: MPL Curitiba - algumas fotos da manifestação

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Polícia Federal invade Rádio Muda FM e apreende equipamentos

RÁDIOS LIVRESFeb 19

A Polícia Federal, em mais uma ação imoral, roubou todos os equipamentos da Rádio Livre Muda na madrugada do dia 19 de fevereiro na Unicamp-SP. Com ação abusiva doze policiais federais, 2 chaveiros e 1 delegado arrombaram a porta e levaram os equipamentos do patrimônio imaterial que há 18 anos proporciona comunicação livre para a cidade de campinas. Sem a presença da Anatel e o fato de terem levado os equipamentos, quando o recomendado é apenas lacrar, a ação pode também ser considerada ilegal. O próprio mandado assinado pela juíza Fernanda Soraia Pacheco Costa consta que a ação deveria ser feita juntamente com técnicos da Anatel. O processo é de 2006, o mandado foi assinado redigido no dia 21 de Junho de 2007 e certificado no dia 09 de Fevereiro de 2009.
São mais de 40 programas veiculados de domingo a domingo com programação diversa onde qualquer pessoa tem seu espaço para expressar seu pensamento através de músicas, textos, falas, poesia, zumbidos, silêncio e o que aparecer na programação. A rádio não tolera publicidade e se organiza com base nas discussões e atitudes dos indivíduos. Isso irrita os meios de comunicação hegemônicos que insistem em mentir sobre a falácia de que as rádios livres causam interferência na comunicação de aviões.
A reitoria da Unicamp manifestou apoio à Rádio Muda assim como inúmeras rádios livres e comunitárias de todo mundo. A Muda é referência na resistência contra o modelo de comunicação impregnado no Brasil onde apenas alguns grupos detém concessões públicas, muitos destes comandados por políticos como o Ministro das Comunicações Hélio Costa. Aliás, o atual governo não tem diferença nenhuma dos passados na política de comunicação, às vezes até pior.
Apesar da ignorância e falta de respeito a Muda deve continuar a manter vivo o movimento de Rádios Livres que vê neste acontecimento motivo para se fortalecer ainda mais e manter a comunicação livre por todo lugar. Procure-nos em uma freqüência da sua cidade.
Manifesto Rádio Muda FM
Assine a petição da rádio Muda: Rádio Muda Manifesta
Links sobre:
Processo contra a Rádio Muda é Segredo de Justiça | Polícia Federal fecha a Rádio Muda FM |Anatel e Polícia Federal tentam mais uma vez silenciar a livre comunicação | ANATEL quer fechar rádio Muda por conteúdo político do site | ANATEL E POLÍCIA FEDERAL TENTAM FECHAR RÁDIO MUDA PARTE 3 | Onda de repressão assola Rádios Livres pelo país | Polícia Federal apreende equipamentos da Rádio Livre Várzea do Rio Pinheiros | Para federação de delegados, operação contra rádios levanta dúvidas sobre PF | Legislação permite relação promíscua, dizem especialistas | O mito da interferência no espectro de rádio

Ocupação da Anatel:
Ocupacao da ANATEL em Porto Alegre | Ocupação da Anatel (RS) - vídeo | OCUPAÇÃO DA ANATEL | Ocupação da Anatel (SP) - vídeo



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Sem diálogo, Prefeitura de Mauá responde a trabalhadores sem-teto com balas e cassetetes

MORADIAFeb 20

Ao menos 19 sem-tetos organizados pelo MTST ficaram feridos e 79 foram detidos ontem durante a ocupação da prefeitura de Mauá, São Paulo. A ocupação lutava contra o despejo de uma ocupação no bairro Paranavaí que está para ser despejada. Ao menos uma pessoa foi baleada e outra está hospitalizada com ferimentos graves. Abaixo, segue nota integral divulgada pelo MTST sobre o ocorrido.
Nota Sobre a Ação Truculenta da Prefeitura e Guarda Civil Metropolitana de Mauá
Nesse dia 19 de Fevereiro mais de 200 famílias sem-teto organizadas pelo MTST saíram a luta para não serem despejadas pela Prefeitura de Mauá. São moradores do bairro Paranavaí que desde a ocupação de um terreno público que não cumpria sua função social, que não possui nenhum projeto governamental, e só era utilizado para ações criminosas como estupro, desova de cadáveres e tudo aquilo que uma comunidade não quer, foram em busca de um direito constitucional, o da moradia digna.
A coordenação do MTST, na ocupação realizada em setembro do ano passado, procurou desde o início dialogar com as autoridades locais, procurando a Prefeitura que mantinha um canal aberto com o movimento, chegando até a discutir o abastecimento de água para a ocupação.
Surpreendentemente, com a mudança de gestão na Prefeitura para o governo de Oswaldo Dias do PT - Partido dos Trabalhadores, esse canal foi fechado. Na única reunião que houve com a Prefeitura dia 26 de Janeiro, já havia uma liminar de reintegração de posse, concedida pelo judiciário local desde o dia 15 do mesmo mês, e a Prefeitura nada informou as representantes do movimento, revelando uma postura autoritária e negligente com a iniciativa de diálogo tranqüilo proposta pelo movimento.
Leia matéria completa
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O abuso de autoridade e a violência policial contra adolescentes pobres se repete

ESTADO VIOLENCIAFeb 26

No dia 19 por volta das 15h50 em Diadema, (região metropolitana de SP), cerca de vinte guardas da GCM, (Guarda Civil Metropolitana), depois de revistar e agredir o adolescente W. de 16 anos, entraram com armas em punho no local de atendimento do Projeto de Medida Sócio Educativa da região. Na presença de profissionais do projeto que prestavam assistência ao adolescente, os guardas em tons de ameaça e sem qualquer mandato judicial, tentaram arrastar o jovem para fora da sala da equipe técnica.
Fato lamentável que tem ocorrido no cotidiano das escolas voltou a acontecer na Escola Municipal de Ensino Fundamental Caio Sérgio Pompeu de Toledo, na Cidade Tiradentes, (Zona Leste de SP). No dia 16, a Coordenadora Pedagógica Ana Paula, depois de ter solicitado aos adolescentes que saíssem da quadra esportiva da escola e os mesmo terem saído, chamou a Guarda Civil Metropolitana que foi até aonde estavam os adolescentes e os arrastaram para a calçada da escola, forçando-os a colocar a mão na cabeça. Não satisfeitos a guarda invadiu um prédio, algemou e agrediu dois adolescentes.
Muitos são os adolescentes violentados pelo abuso de poder de policiais, chegando a graves conseqüências. O alvo costuma ser o mesmo: jovens da periferia. A higienização de classe e racial intensifica-se cada vez mais através de fatos como o estes, pertencentes a uma política elitista e racista. Se tamanha prática violenta foi feita na presença de profissionais de educação fica a prova de que as ações por detrás de muros e terrenos baldios são de extrema tortura.
Relatos: (Diadema - SP) | Cidade Tiradentes

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Polícia brasileira é uma das mais violentas do mundo, matando cinco por dia

Em 2012, 1.890 pessoas foram mortas em confronto com policiais em serviço


3998E50DCFA64C1FBDB2E3DAB2A4227DA polícia brasileira é uma das mais violentas do mundo, revela o 7º anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira em São Paulo. De acordo com o estudo, pelo menos cinco pessoas são vítimas da intervenção policial no Brasil todos os dias, manchando a imagem das corporações.
Em 2012, 1.890 pessoas foram mortas em confronto com policiais em serviço, seguido pelo México, com 1.652 assassinatos. África do Sul (706), Venezuela (704) Estados Unidos (410) e República Dominicana (268) aparecem em seguida na comparação entre países do continente americano.
“Esse índice é superior ao do México, que vive uma crise na fronteira com os Estados Unidos”, compara o sociólogo Renato Lima, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Também por essa razão, a popularidade da polícia nunca esteve tão baixa. Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) informa que 70% da população não confia nas polícias, mais popular apenas do que os partidos políticos, rejeitados por 95% dos brasileiros. Nos Estados Unidos, 88% da população confia em seus policiais, enquanto na Inglaterra esse índice é de 82%.
“Esse resultado está ligado não só aos assassinatos, mas à ineficiência nas investigações e mau atendimento recebido pela população”, avalia o Tenente Coronel da PM, Adilson Paes de Souza.
Por outro lado, os agentes também estão em perigo. Considerando as taxas de homicídioda população e de policiais, o risco de um agente morrer assassinado no Brasil é três vezes maior.

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Policial confunde PM com bandido e mata médico em delegacia de SP

Por iG São Paulo  - Atualizada às 


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Militar entrou na delegacia e disse estar sendo perseguido por bandidos. Plantonista achou que era invasão e começou a atirar

O médico Ricardo Seiti Assanome morreu após ser baleado na cabeça no 2° Distrito Policialde Santo André, na Grande São Paulo. A vítima estava no local na noite de sábado para registrar uma boletim de ocorrência e foi atingido por um policial que confundiu um PM com um bandido.
Relembre crimes que chocaram o Brasil
O militar entrou correndo na delegacia e disse estar sendo perseguido por bandidos. Um policial civil que estava de plantão e atua como agente de telecomunicações achou que se tratava de um ataque à delegacia e começou a atirar.
Além do medico, que chegou a ser atendido, mas morreu na tarde de domingo (27), duas pessoas ficaram feridas. O policial que efetuou os disparos foi preso em flagrante.

PMs são suspeitos de cometer chacinas na Grande São Paulo

Os jornalistas do SBT Fábio Diamante, Celito Esteves, Thaís Nunes e Guilherme Zwetsch mostraram, com exclusividade, a investigação nos casos de envolvimento de Policiais Militares em chacinas na Grande São Paulo. Crédito: SBT Brasil Leia mais notícias do Brasil e do mundo em Último Segundo.

PMs são suspeitos de cometer chacinas na Grande São Paulo - TV iG

Vereador que comandou greve de PMs em Salvador é preso

O presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, foi preso nesta sexta-feira (18/04) pela Polícia Federal. Marco Prisco liderou a greve da Polícia Militar (PM) da Bahia que terminou nesta quinta-feira (17/04) após decisão da categoria em assembleia. Prisco é vereador pelo PSDB da capital baiana, Salvador, e teve pedido de prisão preventiva ajuizado pelo Ministério Público Federal da Bahia (MPF/BA) no início desta semana. Durante três dias de paralisação, mais de 40 assassinatos foram registrados. Crédito: SBT Brasil Leia mais notícias do Brasil e do mundo em Último Segundo.

Vereador que comandou greve de PMs em Salvador é preso - TV iG

Opinião: Sonho das UPPs cariocas virou pesadelo

BRASIL

Casos de violência policial em favelas do Rio elevam desconfiança dos moradores com unidades pacificadoras. Para Astrid Prange, da redação brasileira da DW, casos como o de Amarildo enterram sonho de uma nova polícia.

Astrid Prange, da redação brasileira
Era bom demais para ser verdade. Quando em dezembro de 2008, policiais e soldados ocuparam a primeira favela do Rio de Janeiro, sequer um único tiro foi disparado. De lá para cá, cerca de 40 das 300 favelas cariocas foram "pacificadas". Traficantes de drogas tiveram que se mudar e procurar novos pontos de venda.
Mas, a menos de 50 dias da Copa do Mundo, o milagre parece estar se esfacelando perante a realidade. A aproximação do torneio de futebol parece atiçar os conflitos que estavam há tempos latentes dentro da sociedade brasileira. As recentes batalhas de rua em Copacabana mostram claramente que ficou para trás o tempo em que no Brasil as questões sociais eram simplesmente "resolvidas" com violência policial.
Ironia do destino, exatamente o governo do PT é que começa a sentir a revolta popular. Seus programas sociais tiraram nos últimos anos milhões de pessoas da pobreza. No entanto, o avanço social foi acompanhado por uma grande desilusão, pois muitos brasileiros logo se deram conta que o crescimento da renda não vem automaticamente acompanhado por mais direitos civis. A revolução dajustiça social proclamada pelo PT se volta, paradoxalmente, contra seus próprios criadores.
A diferença entre sonho e realidade é enorme. Mesmo se hotéis de luxo são inaugurados em favelascom vista para o mar, o contraste há séculos existente entre as comunidades negligenciadas e as partes privilegiadas da cidade não foi superado. Moradores das favelas continuam tendo que se contentar com escolas deficitárias, empregos mal remunerados e um sistema de saúde sucateado. Os progressos muitas vezes permanecem longe das expectativas.
E mais: quem mora na favela ainda é considerado como um potencial traficante ou assaltante. A última vítima desse preconceito implacável foi o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o ano passado, após ser detido "por engano", confundido com um traficante por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Testemunhas afirmam que ele foi torturado até a morte. Dez policiais militares envolvidos no incidente estão presos.
O caso Amarildo enterrou para sempre a esperança de uma polícia nova e realmente pacífica. O desejo inicial de moradores de favelas de, finalmente, serem tratados com respeito pela polícia se transformou numa rejeição generalizada ao novo conceito de polícia pacificadora, deixando patente a certeza de que a tortura ainda é um método usado pela polícia brasileira quase 30 anos após o fim da ditadura militar.
Ainda não foi esclarecido se o dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, encontrado morto na terça-feira na favela Pavão-Pavãozinho, foi mais uma vítima dessa violência policial arbitrária. A guerra diária entre polícia e traficantes de drogas pode custar a vida de mais outros inocentes, como Amarildo. A história de sucesso da polícia pacificadora precisa de um milagre para virar realidade.

DW.DE


Opinião: Sonho das UPPs cariocas virou pesadelo | Brasil | DW.DE | 25.04.2014


Vereador que comandou greve de PMs em Salvador é preso

Vereador que comandou greve de PMs em Salvador é preso

Brasil | 19/04/2014 - 07h35

O presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), Marco Prisco, foi preso nesta sexta-feira (18/04) pela Polícia Federal. 

Marco Prisco liderou a greve da Polícia Militar (PM) da Bahia que terminou nesta quinta-feira (17/04) após decisão da categoria em assembleia. Prisco é vereador pelo PSDB da capital baiana, Salvador, e teve pedido de prisão preventiva ajuizado pelo Ministério Público Federal da Bahia (MPF/BA) no início desta semana.
 

Durante três dias de paralisação, mais de 40 assassinatos foram registrados
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Crédito: SBT Brasil


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