atualizado às 09h57

Começam a depor...

Os interrogatórios dos quatro acusados de envolvimento no assassinato de Paulo César Farias, conhecido como PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, devem começar nesta quinta-feira. Antes, no entanto, serão ouvidos dois peritos que defendem uma tese diferente da apresentada pela equipe de perícia chefiada por Fortunato Badan Palhares. Segundo este, ouvido durante a sessão de ontem, Suzana matou PC e suicidou-se em seguida. A promotoria alega que o casal foi morto por outras pessoas, com participação ou conivência dos réus, que trabalhavam como seguranças do empresário.
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Palhares conta que Sanguinetti não quis participar do processo
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Caso PC Farias: há conflitos entre os laudos, diz jurista
Após os interrogatórios dos réus, o julgamento passará para a fase dos debates entre acusação e defesa. Segundo a assessoria do Tribunal de Júri de Maceió, onde ocorre o julgamento, o juiz  Maurício Breda, da 8ª Vara Criminal, quer concluir o caso até sexta-feira.
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Perito dá explicações sobre manchas de sangue na cena do crime
Estão sendo julgados Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, policiais militares que trabalhavam como seguranças de PC. Tesoureiro da campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, PC Farias era apontado como uma das pessoas mais próximas do então presidente. Ele foi denunciado por sonegação fiscal, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito.
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Palhares fala sobre ligações de Suzana momentos antes do crime
O caso
Os policiais militares Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva trabalhavam como seguranças de PC Farias e são acusados de homicídio qualificado por omissão. Paulo César Farias e Suzana Marcolino foram assassinados na madrugada do dia 23 de junho de 1996, em uma casa de praia em Guaxuma. À época, o empresário respondia a vários processos e estava em liberdade condicional. Ele era acusado dos crimes de sonegação de impostos, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito. A morte de PC Farias chegou a ser investigada como queima de arquivo, já que a polícia suspeitou que o ex-tesoureiro poderia revelar nomes de outras pessoas que teriam participação nos mesmos ilícitos.
Entretanto, a primeira versão do caso, que foi apresentada pelo delegado Cícero Torres e pelo legista Badan Palhares, apontou para crime passional. Suzana teria assassinado o namorado e, na sequência, tirado a própria vida. A versão foi contestada pelo médico George Sanguinetti, que descartou tal possibilidade e, mais tarde, novamente questionada por uma equipe de peritos convocados para atuar no caso. Os profissionais forneceram à polícia um contralaudo que comprovaria a impossibilidade, de acordo com a posição dos projéteis, da tese de homicídio seguido de suicídio.